Como Malthus explica o crescimento populacional com os alimentos e qual a sua consequência?

Perguntado por: amesquita . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A teoria malthusiana diz que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, havendo um descompasso entre elas. A teoria malthusiana versa sobre o crescimento populacional acelerado e a produção de alimentos desproporcional.

A teoria malthusiana estava embasada, mediante a preocupação com o crescimento desordenado da população, na adoção de políticas de controle populacional. Desse modo, propunha-se a adoção de políticas de controle de natalidade, além da diminuição de políticas assistencialistas.

Segundo a teoria malthusiana, mudanças comportamentais, como a abstinência sexual e o adiamento dos matrimônios, seriam algumas das medidas para conter o crescimento populacional. No entanto, essas medidas seriam direcionadas principalmente às camadas mais pobres da população.

Segundo a Teoria Malthusiana, o crescimento da população se daria em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32…), enquanto que a produção dos alimentos seguiria o modelo de progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10…). A conclusão é que o crescimento da população seria maior do que a quantidade de alimento produzido.

O declínio populacional, portanto, traria boas notícia para o meio ambiente, com menos poluição e emissão de carbono. Eles também veem o crescimento da população como um “problema”, responsável pela fome, pobreza e desequilíbrio mundial.

Críticas ao Malthusianismo
Uma das principais críticas que se faz a Malthus era que ele não contou com o progresso científico na agro-pecuária. Este fez que a produção de suprimentos fosse suficiente ou maior do que o crescimento populacional e possibilitasse que todos pudessem ser alimentados.

A teoria malthusiana foi considerada errada porque o ser humano aprimorou suas técnicas de produção, conseguindo garantir recursos suficientes para toda a população mundial. Contudo, muitos ficam sem alimento devido a maneira que sua distribuição ocorre.

O que é a Teoria Malthusiana:
Essa linha de raciocínio é conhecida como lei de Malthus. De acordo com os estudos de Malthus, após um período de 200 anos a população seria 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos, o que seria uma grande catástrofe para o mundo.

O crescimento populacional de um determinado território ocorre através de dois fatores: a migração e o crescimento vegetativo, esse último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade.

Afinal, a teoria malthusiana sugeria que a miséria e a disseminação de doenças, catástrofes e guerras ajudariam a conter o crescimento populacional acentuado.

Sendo assim, Malthus propôs dois conjuntos de soluções para combater a superpopulação: soluções naturais e soluções morais. Para ele, a ocorrência de epidemias e catástrofes naturais eram mecanismos naturais que colaboravam para levar pessoas a óbito e promover um equilíbrio na população.

O pensamento malthusiano considera que a população mundial cresceria seguindo uma progressão geométrica enquanto a produção dos alimentos ocorreria apenas em uma progressão aritmética.

Logo, a Teoria Malthusiana defendia métodos conservadores para a diminuição do crescimento da população, como a abstinência sexual, o planejamento familiar e o controle gestacional.

Já a teoria Neomalthusiana defendia que o aumento da população e o aumento da miséria estavam associados. De acordo com essa tese, quanto mais pessoas, maior seria a pobreza. Logo, continuaria sendo necessário o controle da natalidade, mas dessa vez, com o uso de métodos contraceptivos e de políticas antinatalistas.

Teoria de Thomas Malthus
Malthus percebeu que o crescimento populacional havia dobrado entre os anos de 1785 e 1790, em consequência da grande produção de alimentos, das melhores condições sanitárias e do aperfeiçoamento no combate às doenças, resultado da Revolução Industrial ocorrida nessa época.

As ideias de Malthus parecem ter influenciado também o naturalista britânico Charles Darwin na elaboração da teoria da seleção natural. Malthus acreditava que, devido à escassez de recursos, as pessoas iriam lutar pela sua sobrevivência, e que os vencedores seriam aqueles que tivessem alguma vantagem sobre os outros.

A teoria neomalthusiana e o controle populacional
Sendo assim, o neomalthusianismo difere da tese de Malthus pela substituição do fator moral e individual no controle das taxas de natalidade pela promoção de métodos contraceptivos pelos governos.

O crescimento acelerado da população mundial trouxe consequências para o meio ambiente, como desmatamento e esgotamento de solos, e também ampliou problemas sociais, como a fome, uma preocupação mundial que está associada à distribuição de riquezas.

Segundo o estudo, embora o aumento da população global contribua para a degradação ambiental, incluindo as mudanças climáticas, é o aumento de renda per capita que mais impulsiona o aumento da produção e do consumo e das emissões de gases de efeito estufa.

A principal consequência socioeconômica da redução da taxa de natalidade e, consequentemente, do envelhecimento populacional é a redução da chamada População Economicamente Ativa (PEA). Logo, países que passam por esse fenômeno demográfico apresentam uma redução da mão de obra disponível para trabalho.

Sim. Na realidade, a gente pode verificar que a população do planeta está consumindo de modo cada vez mais acelerado. Nessa dimensão da realidade, tal fato representa um alerta com relação à capacidade produtiva (alimentos de origem animal e vegetal) em todas as partes do planeta.