Como ler exame histerossalpingografia?

Perguntado por: rparis . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Resultados normais: Os resultados obtidos devem mostrar o desenho triangular do útero, com as três pontas bem visíveis pelo contraste. As trompas devem ser finas, formando ondulações que não fiquem tão perto do útero. O extravasamento do meio de contraste na cavidade peritoneal de forma homogênea precisa ser observado.

Histerossalpingografia. costuma ser usada para verificar a presença de problemas das trompas de Falópio. Radiografias são tiradas à medida que um meio de contraste radiopaco é injetado através do colo do útero. O meio de contraste delineia o interior do útero e das trompas de Falópio.

5O exame usado pra diagnosticar trompas obstruídas ou com aderência se chama Histerossalpingografia.

"A paciente se deita, injetamos um líquido de contraste através da vagina, pelo canal cervical do útero. O contraste vai subindo pela cavidade uterina e extravasa pelas trompas. Esse extravasamento - chamado de sinal de Cotte positivo - indica que a permeabilidade está ok", explica Nathalia.

As duas últimas incidências são chamadas de Cottê imediato e Cottê tardio, realizadas respectivamente após o final da injeção de contraste e após 15 minutos. A cavidade uterina normal aparece com forma triangular e contorno regular.

Se houver passagem do contraste das trompas para dentro do abdômen, então elas são permeáveis (abertas), com o que é possível a reprodução natural (se os outros elementos diagnósticos forem normais).

Se há a saída do contraste pelas trompas para a pelve, significa que as trompas são pérvias e portanto funcionantes, se não há, existe algum grau de obstrução, dilatação, aderência e/ou até hidrossalpinge (acúmulo de líquido nas trompas).

Este contraste podia retirar as “rolhas” dentro das tubas, desobstruindo-as em alguns casos, e algumas pacientes engravidavam após o exame. Hoje não utilizamos mais este tipo de contraste devido ao risco de alergia grave e maior dor ao exame.

Os sintomas iniciais se assemelham a uma gestação normal, como menstruação atrasada, mamas doloridas, náuseas e teste de gravidez positivo. Outros sintomas como, dor pélvica importante com sangramento vaginal, que pode ser mais ou menos intenso, escuro ou aguado que o normal, reforçam a suspeita da gravidez tubária.

Nesse caso, não há um tratamento medicamentoso ou cirúrgico que possa reverter o quadro, ou seja, não é possível desobstruir as trompas. O exame principal para se identificar a obstrução tubária é a histerossalpingografia (HSG), exame que avalia as trompas e a cavidade uterina.

O exame tem duração média de 30 minutos e não requer cuidados pós-exame. A paciente retoma suas atividades diárias imediatamente. A HSG apresenta uma particularidade: se as causas da infertilidade estiverem relacionadas à obstrução tubária, a mulher pode engravidar depois do exame.

Adenomiose; Tuberculose genital, especialmente tubária; Hipoplasia uterina e tubária (tubas filiformes e sinuosas); Miomas.

Mesmo com o diagnóstico de trompas obstruídas é possível engravidar, porém é necessária a avaliação médica para definir o melhor procedimento. As possibilidades vão desde cirurgias para desobstrução até tratamentos de Reprodução Assistida, através da Fertilização in vitro.

Como é o tratamento para trompas obstruídas?

  1. Uma das opções é a cirurgia laparoscópica de desobstrução, mas com chances baixas de sucesso.
  2. A outra é a fertilização in vitro e procedimentos de reprodução assistida, em que a fecundação ocorre artificialmente fora do útero!

Quando há identificação de alterações, pode ser necessário repetir o procedimento.

Sabe o que é? Pois trompas enoveladas são quando as tubas uterinas, local onde ocorre a fecundação do óvulo com o espermatozoide, estão tortas. Nesse sentido, existe um estreitamento dos canais, muitas vezes impossibilitando o encontro dos gametas, e assim dificultando a gravidez.

Falhas de enchimento do contraste no útero estão relacionadas com alterações como miomas, pólipos, malformações uterinas. Tubas com diâmetro aumentado sugerem hidrossalpinge (acúmulo de líquido dentro das tubas), condição que pode prejudicar a fertilização e a implantação do embrião.

A prova de Cotté é um procedimento realizado no exame de histerossalpingografia para observar se houve uma dispersão adequada do contraste no útero. Se o resultado da prova de Cotté por negativo, significa que as trompas estão obstruídas por alguma razão, o que pode ser a causa da infertilidade da mulher.