Como Karl Marx enxerga o ser humano?

Perguntado por: aazambuja . Última atualização: 3 de maio de 2023
4.6 / 5 9 votos

Humanos como produtores livres e intencionais. Em várias passagens ao longo de seu trabalho, Marx mostra como ele acredita que os seres humanos são essencialmente diferentes de outros animais. Os homens podem ser distinguidos dos animais pela consciência, pela religião ou por qualquer outra coisa que você goste.

O marxismo, na sua forma pura, defende que deve haver uma revolução pela qual a classe operária toma para si os meios de produção e o governo, suprimindo a burguesia e os seus meios de hegemonia e manutenção do poder, que constituem os conjuntos chamados infraestrutura e superestrutura.

Karl Marx, em sua teoria, elaborou uma análise científica do capitalismo, estabelecendo também a forma pela qual ele seria superado. Marx defendia que a história da humanidade era baseada na luta de classes, isto é, na luta de uma classe explorada contra uma classe de exploradores.

O processo de humanização em Marx é compreendido e analisado fundamentalmente a partir da categoria trabalho. O trabalho é característica distintivaimportante do homem em relação aos demais animais. Assim, o próprio processo de hominização esteve intimamente ligado ao trabalho.

Marx considerava que não se pode pensar a relação individuo e sociedade separadamente das condições materiais em que essas relações se apoiam. Para ele, as condições materiais de toda sociedade condicionam as demais relações sociais.

No entendimento de Marx, portanto, o ser humano se constitui como ser social por meio de suas atividades de trabalho. Segundo ele, o exercício dessas atividades diferencia os homens do ambiente natural, porque lhes permite criar uma sociedade não apenas biológica, mas essencialmente social.

1. "A história se repete, a primeira vez como tragédia, e a segunda como farsa." Essa é talvez a frase mais famosa de Marx. Nela, o que está posto é uma reflexão sobre a importância de se conhecer os acontecimentos passados a fim de transformar o presente e o futuro, evitando reproduzir os erros já cometidos.

São três as principais influências de Karl Marx: as filosofias de Hegel e de Ludwig Feuerbach, e a teoria econômica de David Ricardo. Suas teorias foram incorporadas às teorias marxistas segundo a compreensão de mundo de Marx.

Marxismo é um método de análise socioeconômica sobre as relações de classe e conflito social, que utiliza uma interpretação materialista do desenvolvimento histórico e uma visão dialética de transformação social.

Karl Marx, intelectual alemão fundador da filosofia comunista.

O sociólogo alemão Karl Max defendia a ideia de que a desigualdade social estava atrelada ao modo de produção capitalista. A concentração de riqueza na mão da minoria, na sua visão, não era justo e por isso argumentava que o proletariado deveria se rebelar contra o sistema e provocar mudanças socioeconômicas.

O trabalhador deve produzir algo a mais, que é o lucro daquele que compra sua força de trabalho. Assim, reforça Marx que: A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias, é essencialmente produção de mais-valia. O trabalhador produz não para si, mas para o capital.

O método em Marx é um movimento dialético que parte da sua concepção ontológica da realidade social, em que o ser social produz suas próprias condições objetivas e subjetivas de existência e, por isso, teoria, método e concreto social constituem uma unidade metodológica.

Um conceito fundamental do marxismo é o materialismo histórico-dialético. Para Marx, a realidade não é estável, ela é um processo de transformação progressivo e constante.

O animal forma apenas segundo a medida e a carência da species à qual pertence, enquanto o homem sabe produzir segundo a medida de qualquer species, e sabe considerar, por toda parte, a medida inerente ao objeto; o homem também forma, por isso, segundo as leis da beleza.

Utilizando o materialismo dialéctico, Marx explica o modo como as sociedades humanas se desenvolvem. Dizia ele que as mudanças sociais ocorrem de acordo com as forças dinâmicas internas da sociedade que, em consequência, são o resultado das relações de produção da sociedade.

Inicialmente, Marx caracteriza o trabalho como uma interação do homem com o mundo natural, de tal modo que os elementos deste último são conscientemente modificados para alcançar um determinado propósito. O trabalho é a forma pela qual o homem se apropria da natureza a fim de satisfazer suas necessidades.

Aqui entra a essência da relação homem-natureza em Marx: o homem é corpóreo, o homem é natureza. Para Marx, se o homem se externaliza assentando objetos efetivos estranhos é porque a essência humana não é apenas o espírito filosófico, mas também forças essenciais objetivas.