Como identificar o anacoluto?

Perguntado por: mmagalhaes . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
4.8 / 5 8 votos

O anacoluto é caracterizado por quebrar a estrutura sintática do enunciado, isolando um elemento no início, que acaba sem função sintática. O anacoluto é uma figura de linguagem relacionada à sintaxe do enunciado, ou seja, à estrutura da sentença e à relação das palavras que a compõem.

Pleonasmo é a repetição intencional com o objetivo de enfatizar uma ideia. Anacoluto é a falta de conexão sintática entre o início da frase e a sequência de ideias. Silepse é a concordância ideológica e não gramatical.

Hipérbato e anacoluto
O hipérbato é caracterizado, como já ficou claro, pela inversão, o que pode dificultar a leitura. Às vezes, no caso da sínquise, pode mesmo provocar o não entendimento. Já o anacoluto caracteriza-se por uma quebra sintática ocorrida entre o início da frase e o seu final.

O anacoluto também aparece na literatura, como neste trecho do conto “O iniciado do vento”: “Desculpe-me. Vim eu mesma trazer o café. Essas criadas de hoje não se pode confiar nelas.”

Anáfora é uma figura de linguagem que se caracteriza pela repetição de uma mesma palavra ou expressão no início de cada oração ou sentença. Por afetar a estrutura do enunciado, é classificada como figura de sintaxe (ou figura de construção).

O pleonasmo, quando não usado intencionalmente como figura de estilo, passa a ser um vício de linguagem. Para contrapor os dois, normalmente a figura de linguagem é designada pleonasmo literário, enquanto a redundância desnecessária é denominada pleonasmo vicioso.

A redundância, também chamada de pleonasmo vicioso, ocorre de maneira não intencional no discurso. Porém, quando se usa um pleonasmo propositalmente para reforçar algum sentido no enunciado, trata-se de uma figura de linguagem.

Onomatopeia de som de instrumentos musicais: ratimbum: (ra = caixa, tim = pratos, bum = bombo) Onomatopeia de relógio: tic-tac ou tique-taque. Onomatopeia de bater na porta: toc-toc. Onomatopeia de choro ou pessoa triste: sniff sniff.

Os termos como e por exemplo transmitem ambos a ideia de exemplificação. Isso quer dizer que a construção “como, por exemplo” configura um pleonasmo. Esse fato não configura um erro em si, pois a redundância trazida pelo pleonasmo pode ocorrer por dois motivos.

Metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra que consiste na substituição de uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação. Desse modo, é possível apontar a metonímia nas seguintes frases: O fazendeiro precisava de muitos braços para o trabalho daquela semana.

Existem dois tipos de pleonasmos: pleonasmo literário e pleonasmo vicioso. O pleonasmo literário é utilizado para destacar uma ideia, sendo muito encontrado na linguagem literária. Nesse caso, o pleonasmo não é considerado erro, encaixando-se no que conhecemos como “licença poética”.

O polissíndeto consiste na repetição de uma conjunção coordenativa. O assíndeto é caracterizado pela ausência de conjunção coordenativa. A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras no início de versos ou orações.

Por ser um recurso estilístico que remete ao exagero, a hipérbole costuma ser utilizada para dar uma intensidade muito maior ou menor àquilo que se quer dizer, dando ênfase ao efeito do discurso. Veja no exemplo: Eu estou congelando de frio!

PARALELISMO - Consiste na repetição da mesma estrutura sintáctica. Se é apenas uma palavra ou expressão que aparece repetida no início de vários versos ou frases, estamos perante uma anáfora. Se a repetição abrange toda a estrutura frásica, trata-se de um caso de paralelismo, que, muitas vezes, inclui a anáfora.

Para clarificar melhor, veja abaixo os exemplos: Aliteração: “O pato pateta pintou o caneco” (Vinícius de Moraes) – repetição das consoantes “p” e “t”. Assonância: “Minha foz do Iguaçu/Pólo sul, meu azul/Luz do sentimento nu (Djavan) – repetição da vogal “u”.

Anástrofe aplica-se só à inversão da ordem natural das palavras, ao passo que hipérbato(n) tem sentido mais lato, pois também para a inversão da ordem habitual das frases. Rigorosamente é esta a diferença.

A diferença entre anáfora e catáfora refere-se à anáfora como estratégia linguística, e não como figura de linguagem. A anáfora trabalha com a retomada de elementos apresentados anteriormente na frase ou no texto, a catáfora faz o processo de referenciar-se elementos que serão apresentados posteriormente.

Existem os seguintes tipos de coesão textual: coesão referencial, coesão lexical, coesão por elipse, coesão sequencial e coesão por substituição.