Como identificar hérnia de disco na ressonância magnética?

Perguntado por: hvasconcelos . Última atualização: 22 de maio de 2023
4.8 / 5 19 votos

Sim, é possível identificar a hérnia de disco nas imagens da RM. Para tanto, é preciso verificar detalhes do disco intervertebral que saiu de sua posição normal, passando a comprimir as raízes nervosas que integram a coluna. Os sinais evidenciados pela ressonância devem ser complementados pelo exame clínico.

Interpretação das imagens do exame de RM
As mais comuns na coluna são o T1, T2 e o STIR. Nestas imagens identificamos as estruturas anatômicas através de áreas de hipossinal (escuras) ou hipersinal (brancas). Alterações na distribuição normal do sinal em cada sequência podem identificar diferentes tipos de lesões.

A hérnia discal é caracterizada pelo deslocamento do disco intervertebral, que pode levar a sintomas como dor nas costas e sensação de queimação e formigamento. O problema pode ser classificado de acordo com a região da coluna que é afetada, podendo ser cervical, torácica ou lombar.

As imagens ponderadas em T1 mostram de forma ideal a anatomia de tecidos moles e gordura (p. ex., para confirmar uma massa que contém gordura). Imagens ponderadas em T2 mostram, idealmente, líquidos e patologias (p. ex., tumores, inflamação, trauma).

Quando ocorre o abaulamento discal, o anel fibroso ainda está intacto, podendo estar distendido, mas ele não foi rompido. Já quando o caso evolui para uma hérnia de disco, há rompimento do anel fibroso. A coluna vertebral tem diversas vértebras e elas recebem letras e números, conforme sua localização.

Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1).

Perda da força muscular, que causa sensação de fraqueza; Formigamento e dormência na região da hérnia e em membros inferiores e superiores; Dificuldade para realizar movimentos, por conta da dor.

A pior posição para quem tem hérnia de disco, especialmente na região lombar, é permanecer sentado por longos períodos. Esta posição coloca uma pressão adicional sobre os discos da coluna lombar, aumentando a compressão no disco afetado.

Na ressonância, a gliose aparece como pontos ou áreas brancas maiores. Quando há áreas brancas extensas, significa que há confluência dos focos, o que pode gerar uma preocupação médica maior. Além das lesões, a angiopatia também pode estar relacionada com infartos lacunares e microsangramentos.

Bexiga urinária. Para finalizar o tour pelos órgãos abdominais, ficou faltando falar da bexiga, pois também há a ressonância magnética da bexiga. A bexiga é um órgão pélvico que armazena a urina, por isso, é observada como uma bolsa de líquido branco na ressonância magnética.

Essas lesões são classificadas em graus, sendo: grau 1 ¾ a lesão de menos de 5% das fibras, sem perda de força ou restrição ao movimento; grau 2 ¾ a lesão de até 50% das fibras, com perda parcial da força; grau 3 ¾ a ruptura completa músculo-tendinea, com ou sem retração muscular, com perda da força e função(7).

Vocês já ouviram falar sobre Síndrome do Piriforme? Pois bem, é uma patologia que pode levar a confusão, pois seu diagnostico pode ser confundido com outras, como por exemplo as Hérnias de disco lombares. A síndrome do Piriforme é uma forma de neuropatia que envolve compressão do Nervo Ciático pelo músculo piriforme.

O sintoma mais comum é a dor ciática, uma dor aguda irradiando pela face lateral ou posterior da perna até ao pé, e que é causada pela pressão da hérnia discal sobre as raízes dos nervos L5 ou S1. A dor de costas pode estar presente, mas por si só não é suficiente para levar ao diagnóstico de uma hérnia de disco.

A hérnia lombar é uma condição em que o disco intervertebral se projeta para fora da coluna vertebral, comprimindo os nervos e causando dor. Quando a dor é incapacitante, o paciente pode ter direito a benefícios previdenciários, como o BPC-LOAS ou a aposentadoria por invalidez.

CAUSAS INFLAMATÓRIAS
Na RM, tipicamente se apresentam como lesões hiperintensas em T2, com realce variável pelo meio de contraste (Figura 1). Os achados podem regredir após o tratamento(6).