Como identificar as constelações?

Perguntado por: abotelho . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A identificação das constelações se dá por meio da observação. Quando se pode observar um conjunto de estrelas ou corpos celestes reunidos em uma determinada região do céu, isso é denominado constelação.

Esses conjuntos de estrelas são classificados em quatro grupos, sendo que a localização é o principal critério dessa divisão: Boreais (Hemisfério Celeste Norte), Austrais (Hemisfério Celeste Sul), Zodiacais (próximas dos limites entre os Hemisférios Celestes Norte e Sul) e Equatoriais (“cortadas” pelo Equador Celeste).

Uma constelação fácil de enxergar é Órion, mostrada na figura acima como é vista no hemisfério sul. Para identificá-la devemos localizar 3 estrelas próximas entre si, de mesmo brilho, e alinhadas. Elas são chamadas Três Marias, e formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador.

Constelações que podem ser vistas no Brasil
Órion: Ela pode ser vista durante todo o verão e facilmente identificada no céu pela presença das Três Marias, que juntas formam o cinturão de Orion.

Abra os braços e aponte o esquerdo na direção em que o Sol se põe. Fazendo isso, você se colocará de frente para o Norte e de costas para o Sul. A melhor época para observar estrelas é no inverno, em dias frios e secos. Nessa época, a quantidade de nuvens é menor, deixando o céu mais limpo para as estrelas.

Para encontrar o Cruzeiro do Sul você pode recorrer a duas estrelas da constelação do Centauro, muito brilhantes, conhecidas como guardiãs da cruz. Elas estão sempre próximas do Cruzeiro do Sul, como se estivessem guardando a cruz e apontando sua direção: Alfa do Centauro e Beta do Centauro.

Norte (N): o lado que fica a sua frente ao estender o braço direito na direção em que o Sol nasce. Sul (S): o lado que fica em suas costas ao estender o braço direito na direção em que o Sol nasce.

As Três Marias são estrelas pertencentes à constelação ocidental de Órion, uma constelação que fica completa no nosso céu, durante toda a noite, somente durante o verão.

As estrelas piscam no céu noturno por causa de turbulências ocorridas na atmosfera, de uma forma simplista a imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando há um desequilíbrio na atmosfera (agitação), a luz da estrela recebe um desvio para vários rumos diferentes.

A Betelgeuse é uma Gigante Vermelha, ou seja, um corpo espacial que está na fase avançada de evolução estelar e atingiu um tamanho colossal devido a mudanças dentro de seu núcleo. A ESA observa que seu escurecimento (ou perda de brilho) começou em outubro de 2019 e durou até meados de fevereiro de 2020.

Além das constelações austrais (sul) e boreais (norte), há as constelações equatoriais, situadas próximas ao Equador Celeste (Órion), e as constelações zodiacais, localizadas próximas aos limites entre norte e sul celestes.

No total, a União Astronômica Internacional divide o céu em 88 constelações, mais da metade dessas (42) são inspiradas em animais reais (como o escorpião) ou mitológicos (como a fênix).

Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação.

O The Night Sky é uma plataforma em que pode criar um poster com um mapa do céu personalizado. Ou seja, pode colocar num poster o aspeto do céu naquele dia exato da sua vida. Cada noite é representada por estrelas e constelações que podiam ser vistas no céu num determinado momento no tempo e no espaço.

Algumas constelações só podem ser vistas completamente por alguém que se encontra num hemisfério terrestre. Por exemplo, a Ursa Menor, por quem está no Hemisfério Norte, e o Octante, por quem está no Hemisfério Sul.