Como funciona as luzes da tornozeleira eletrônica?

Perguntado por: emoraess . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Se a tornozeleira estiver com a luz piscando na cor verde : A comunicação está normal e não há violação. Se a tornozeleira piscar a cor vermelha: A tornozeleira irá vibrar e emitir bip a cada 5 minutos até que se coloque na tomada.

Assim é o 'Botão do Pânico', criado para que vítimas de violência doméstica tenha contato direto com a polícia, caso se sintam ameaçadas. O equipamento é ligado a uma tornozeleira eletrônica e, quando acionado, avisa a central de monitoramento, que envia uma viatura até o local onde essa mulher estiver.

COMO FUNCIONA O MONITORAMENTO? A tornozeleira eletrônica funciona por meio do sistema de GPS e informa a movimentação e a localização em tempo real da pessoa para a Central de Monitoração Eletrônica (CME). A Central tem também orienta a pessoa monitorada no cumprimento de suas obrigações e direitos.

Se a tornozeleira piscar a cor azul: Procure ficar em local aberto, ou perto da janela até que a luz azul se apague. Se a tornozeleira piscar a cor roxa: A tornozeleira irá vibrar e emitir bipes a cada 5 minutos.

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que manter tornozeleira eletrônica descarregada configura falta grave e possibilita regressão de regime, pois se trata de desobediência à ordem de manter o aparelho em funcionamento, incidindo na hipótese do art. 50, inciso VI, c.c. o art.

Cada tornozeleira possui “área de inclusão” pré-definidas, ou seja, regiões a que seus detentores podem ir. Isso é programado conforme o tipo de pena que receberam. Alguns não podem sair de casa. Outros podem ir ao trabalho e voltar até um determinado horário.

Caso haja prisão em flagrante por novo delito, o texto permite a imediata retirada da tornozeleira, já que houve conversão em prisão preventiva.

O trabalho externo para presos em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica é possível, desde que respeitadas as condições impostas pelo juiz. Essa medida pode auxiliar na ressocialização e reintegração dos detentos, contribuindo para a diminuição da criminalidade.

A autonomia da tornozeleira fica entre 19h e 24h com transmissão contínua de dados.

De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), cada tornozeleira tem um custo de R$ 245 por mês, débito que será repassado ao presidiário.

O Conselho Nacional de Justiça recomenda, na mesma norma, que a determinação do uso da tornozeleira eletrônica para pessoas em cumprimento de pena seja revista a cada 180 dias, podendo ser prorrogada por igual período.

146-C, II, da LEP, o apenado submetido ao monitoramento eletrônico tem que observar o dever de inviolabilidade do equipamento, no caso a tornozeleira eletrônica, não podendo remover, violar, modificar ou danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração, ou mesmo permitir que outrem o faça.

Em casos de violência doméstica e familiar, a justiça pode determinar a monitoração eletrônica. Nesse caso, a pessoa monitorada (acusado) deve manter-se afastada das pessoas indicadas pelo juiz.

A autoridade competente para determinar o uso da tornozeleira é o juiz ou tribunal. LEP, art. 146-B.

A tornozeleira eletrônica é o equipamento que fica atado ao tornozelo da perna direita de sentenciados, por período determinado judicialmente, e impõe rígido controle e fiscalização de movimentação em perímetro pré-determinado.