Como funciona a terapia centrada no cliente?

Perguntado por: upires . Última atualização: 18 de maio de 2023
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A Terapia Centrada no Cliente postula que o terapeuta não pode estabelecer metas eficazes para o sujeito, devido à sua falta de conhecimento do que é a experiência real daquela pessoa. O terapeuta jamais saberá como é exatamente sentir o que o cliente relata.

São elas: a consideração positiva incondicional; a empatia; a congruência.

Segundo ele, os sentimentos e as percepções se misturam com as experiências vividas. Na relação terapêutica, o terapeuta tem o papel de um participante ativo do encontro terapêutico, ao invés de um mero observador, enquanto que a pessoa atendida é tomada como a base da relação terapêutica.

É desenvolvida a teoria das atitudes facilitadoras, segundo a qual o psicoterapeuta deve apresentar três condições para que ocorra o crescimento do cliente: empatia, aceitação positiva incondicional e congruência.

Assim, Rogers (2009) estabeleceu três atitudes facilitadoras – a congruência, a consideração positiva incondicional e a compreensão empática, todas inter-relacionadas e complementares, compreendidas como vivências do terapeuta, e não como técnicas a serem aplicadas.

São quatro fases: não diretiva, reflexiva, experiencial e coletiva.

A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) é uma abordagem Humanista que utilizo durante os atendimentos, levando em conta a autenticidade, congruência e aceitação incondicional, através de uma escuta qualificada e sem julgamento procurando fortalecer o vínculo entre cliente e terapeuta proporcionando um ambiente de acolhida ...

O processo terapêutico na ACP é rico e apresenta uma proposta para o cliente, ou seja, que ele possa assumir o papel de ser o dono e condutor deste processo, enquanto o psicoterapeuta atua como um facilitador durante a jornada.

Para Rogers, o terapeuta apenas facilita o processo. Em seu ideal de ensino, o papel do professor se assemelha ao do terapeuta e o do aluno ao do cliente. Isso quer dizer que a tarefa do professor é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a seu modo.

No entendimento de Carl Rogers, o aluno possui uma potencialidade natural para aprender, especialmente quando o professor oportuniza ao aluno o contato com situações/problemas que fazem parte da vida cotidiana em um clima de autonomia, liberdade e expressão de sentimentos, onde ele sinta-se motivado a aprender a ...

Rogers definiu aprendizagem como sendo uma “insaciável curiosidade” inerente ao ser humano e que a sua essência é o significado (Rogers, 1986:28-30), o que significa que o foco está no processo e não no conteúdo da aprendizagem. O professor deve ter em conta que os alunos aprendem aquilo que para eles é significativo.

Uma das regras que o terapeuta segue reza que ele deve estar "calmo" para fazer um bom atendimento. Ao discriminar em seu corpo o estado de ansiedade, ele pode comportar-se emitindo comportamentos, ainda encobertos verbais, dizendo só para si "Eu tenho que me acalmar".

Durante as sessões com o psicólogo, os pacientes são convidados a falar sobre os problemas que causam sofrimento em sua vida, como instabilidade financeira, conflitos familiares, baixa autoestima, insatisfação profissional, problemas conjugais e dilemas pessoais.

A ACT não busca mudar o conteúdo de pensamentos
A TCC procura combater pensamentos disfuncionais através de técnicas que apontem as distorções cognitivas, ou seja, o quanto uma pessoa interpreta de maneira errada a realidade.

O profissional deve tentar compreender as questões problemáticas trazidas pelo paciente a partir das percepções dele. Não se trata de se colocar no lugar do outro com exatidão. É, na verdade, procurar se aproximar da percepção do paciente para aprofundar a avaliação dos seus incômodos.

O aconselhamento se concentra nos problemas e situações atuais. A psicoterapia se concentra em problemas crônicos ou recorrentes. O aconselhamento analisa situações ou comportamentos específicos, a psicoterapia é uma abordagem geral que analisa os padrões gerais.

Rogers (1961/1987) afirma que a empatia surge como condição essencial no processo terapêutico, ao possibilitar que o terapeuta seja capaz de captar o mundo do cliente. Grant (2010) sublinha essa colocação de Rogers lembrando que, enquanto condição facilitadora, ela é parte essencial do trabalho dos terapeutas.

Em um de seus artigos mais conhecidos, Rogers afirma que três atitudes do terapeuta são essenciais para que uma mudança de personalidade possa ocorrer com o cliente, sendo elas, congruência, empatia e consideração positiva incondicional (ROGERS, 1992).

A ACP é uma das primeiras vertentes da Psicologia Humanista e deve sua sistematização ao psicólogo norte-americano Carl Rogers, que aponta para uma perspectiva de homem e das relações humanas e valoriza a potência de desenvolvimento do ser humano.