Como funciona a hierarquia do PCC?

Perguntado por: sassuncao . Última atualização: 19 de maio de 2023
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O comando do PCC é formado por um conselho de sete criminosos, seis deles presos e um foragido. O chefe maior, que tem ascendência sobre os demais, é Marco Willians Herbas Machado, o Marcola. O conselho compõe a Sintonia Final, que é o alto comando criminoso. Há "sintonias" regionais e diretorias.

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, número 1 do PCC, foi condenado a mais 30 anos de prisão. A condenação se refere a Operação Ethos, que investigou a criação de um núcleo jurídico da facção, conhecido como Sintonia dos Gravatas. O PCC contratou pelo menos 40 advogados para cuidar dos interesses da organização.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo núcleo investigativo da RecordTV, mostram que 53 facções estão espalhadas pelo país, sendo o PCC a mais dominante. O CV está em 13 e no Distrito Federal.

Com o tráfico de drogas como sua principal fonte de lucro, o PCC (Primeiro Comando da Capital) proíbe o uso abusivo de entorpecentes e o consumo das chamadas 'drogas proibidas' entre os 'irmãos' -- como a facção refere-se aos seus integrantes.

Funcionamento. O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem cerca de 30 mil membros em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia. A facção criminosa mantém suas principais ações no estado de São Paulo, onde estão cerca de 8 mil de seus membros em 90% dos presídios paulistas.

2. Tudo 3. No Rio de Janeiro, é usado como gíria por apoiadores da facção Terceiro Comando Puro (TCP) para indicar que a área está sob controle, tranquila ou identificar apoiadores.

A documentação indica que a facção movimentava mensalmente entre R$ 100 mil e R$ 350 mil com a compra de drogas, aquisição de armas, munição e veículos, pagamentos a advogados, remessa de dinheiro para seus líderes e empréstimos para os integrantes.

Organizações do crime como PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) se rivalizam na disputa por territórios e têm atuação nacional. A facção de origem paulista está presente no DF e em outros 24 Estados.

Felipe era considerado o inimigo número 1 do PCC (Primeiro Comando da Capital). Foi ele quem levou para a morte os chefes da facção Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, assassinados a tiros em 15 de fevereiro de 2018 na região metropolitana de Fortaleza (CE).

Ele também mantinha os líderes presos informados, com destaque para Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre pena de mais de 340 anos, sendo apontado como líder máximo da facção. Ao ser preso em 2022, ele já atuava como número 2 do PCC.

Conhecido no mundo do crime como Colorido, Valdeci Alves dos Santos, de 50 anos, era o número 2 da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) quando recorreu a botox e cirurgia plástica para mudar a aparência e fugir da polícia.

O gesto simboliza a luta contra opressão, democracia e liberdade de expressão.

A possibilidade de sair ou não do movimento também depende do tipo de facção a que o jovem pertence. O Comando Vermelho (CV) tende a ter leis rígidas e severas. Dificilmente um jovem consegue deixar o grupo.

"Após a exclusão, ocorre a inserção do indivíduo no livro negro da organização criminosa, podendo ser essa exclusão 'com retorno' ou 'sem retorno'", aponta a investigação da polícia. Quando a exclusão ocorre por motivo de dívida financeira, é mais fácil o retorno à facção.

O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os ""irmãos" do crime.

O grupo usava o símbolo chinês do equilíbrio yin-yang em preto e branco, considerando que era "uma maneira de equilibrar o bem e o mal com sabedoria".

A Origem do Código. A combinação 1533 tem origem no “Alfabeto Congo”, um sistema de codificação usado pelo Comando Vermelho do Rio de Janeiro nas décadas de 1970 e 1980. A numeração representa as letras P, C e C, seguindo o alfabeto brasileiro na década de 1990, antes da inclusão das letras K, W e Y: 15 – P de Primeiro.