Como funciona a eletricidade do peixe-elétrico?

Perguntado por: ocardoso3 . Última atualização: 19 de maio de 2023
4.8 / 5 9 votos

Peixes elétricos tornaram-se elétricos desligando uma das duplicatas do gene do canal de sódio nos músculos e mantendo-o ligado em outras células. O estudo afirma que com o tempo os músculos que teriam se contraído passaram então a gerar eletricidade, e o órgão elétrico se desenvolveu.

"No caso do poraquê, 80% do corpo é responsável pela produção de eletricidade, que é produzida pelos músculos do corpo, por isso a descarga é tão grande. Quanto maior o tamanho do bicho, maior a sua capacidade de emitir descarga elétrica.

Os órgãos elétricos do poraquê são compostos por células diferenciadas a partir dos músculos. Essas células, conhecidas como eletrócitos, produzem uma pequena descarga elétrica, mas como cada órgão é composto por milhares delas, que se descarregam ao mesmo tempo, podem ser gerados mais de 600 volts em uma só ação.

A espécie tem hábitos noturnos e costuma se alimentar de outros peixes, alguns mamíferos e até insetos. Dessa forma, quando os estímulos nervosos do animal são transformados em eletricidade, a descarga emitida pode ser fatal a seres humanos.

Uma nova espécie do peixe elétrico poraquê pode emitir uma descarga de 860V. Até então, a maior voltagem registrada em peixes elétricos era de 650V. Os poraquês alcançam cerca de 2,5 m de comprimento e, dentre todos os peixes, são os únicos que emitem fortes descargas elétricas.

O peixe elétrico gera eletricidade através dos órgãos que se localizam ao longo de quase todo o corpo. Derivam de tecidos musculares, modificados que, em vez de contrair, como fazem os músculos, liberam energia para o meio ambiente.

Sua capacidade de gerar eletricidade vem de três duplas de órgãos localizados na barriga. Elas são feitas de células chamadas eletrócitos. Cada órgão possui até 6 mil dessas estruturas, que unidas permitem a geração de uma corrente.

É um peixe carnívoro, alimentando-se de peixes, invertebrados aquáticos e terrestres, mamíferos e insetos.

Uma delas, que recebeu o nome científico de E. voltai, emite a maior descarga já registrada em um ser vivo, dando um choque de 860 volts: quase quatro vezes a voltagem que há em uma tomada doméstica.

"Disparados simultaneamente por 10 indivíduos, em teoria esses choques podem gerar uma descarga de 8.600 volts!", diz de Santana. Se o peixe-elétrico produzisse descargas elétricas contínuas, o gasto energético seria enorme. Por isso ele economiza energia através de pulsos elétricos de baixa voltagem.

O poraquê possui células modificadas capazes de gerar eletricidade, os eletrócitos. Quando ameaçado, produz uma descarga elétrica que pode chegar a 500 volts, o suficiente para matar um homem adulto. O choque é terrível: os músculos se contraem de forma tão intensa que é impossível controlar os movimentos.

Ocorrem quando há transferências de cargas elétricas entre a atmosfera e a terra. A maioria dessas descargas ocorre das nuvens para a terra (descargas descendentes), mas também é possível que ocorram da terra para as nuvens (descargas ascendentes).

A formação do raio
Entre duas nuvens de cargas elétricas opostas, próximas uma da outra, forma-se um campo elétrico muito intenso. Quando sua intensidade atinge um valor superior à rigidez dielétrica do ar (3x106 V/m), ocorre a descarga elétrica.

Ela pode produzir uma descarga elétrica que varia de 300 a 1500 volts.

O termo “poraquê” vem da língua tupi e significa “o que faz dormir”, em referência às descargas elétricas que produz. Além deste nome, também é chamado de enguia, enguia-elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu ou peixe-elétrico (embora não seja o único peixe-elétrico existente).