Como Freud atendia seus pacientes?

Perguntado por: edinis . Última atualização: 23 de maio de 2023
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Em 1886, Freud abriu seu consultório em Viena para atender pacientes com distúrbios nervosos. Ele tentou usar a hipnose de forma terapêutica, mas acabou desenvolvendo outra técnica: tratar pessoas com a chamada talking cure (tratamento pela palavra), que se tornou a base de toda psicoterapia.

A técnica mais utilizada em psicanálise é, de fato, a associação livre. O psicanalista precisa deixar o paciente se expressar, sem interferir ou orientar o pensamento do analisando. Trata-se de uma técnica que implica a escuta do analista, que deve ser uma escuta ativa e pressupor de uma atenção flutuante.

Freud foi pioneiro na ideia de que forças inconscientes influenciam o comportamento e a personalidade do indivíduo. Ele acreditava que eventos da infância e conflitos inconscientes, geralmente relacionados a impulsos e agressões sexuais, moldam a experiência de uma pessoa na idade adulta.

Depois de formar-se, em 1881, queria trabalhar com pesquisa, mas, para juntar dinheiro para o seu casamento, escolheu atender em um consultório situado na capital (hoje, o Museu Freud de Viena). Aos 26 anos, Freud apaixonou-se por uma moça chamada Martha Bernays.

Freud argumentou que muitos dos comportamentos humanos são motivados por impulsos inconscientes e traumas psicológicos não resolvidos, que se originam na infância. Esses traumas e impulsos podem levar a comportamentos aparentemente irracionais ou autodestrutivos.

Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.

Freud sofreu com um câncer de laringe. Ele chegava a fumar mais de 20 charutos por dia. Ao longo dos anos, passou por mais de 30 cirurgias para retirar tumores que tomavam conta de sua boca. Apesar disso, ele nunca parou de fumar.

O principal objetivo da psicanálise é ajudar o paciente a compreender a origem de seus comportamentos disfuncionais, traumas e pensamentos equivocados. Ele aprende que muitas das suas atitudes e modos de pensar de hoje possuem relação com acontecimentos do passado que deixaram marcas.

O método psicanalítico consiste em: observação, investigação e interpretação.

A abordagem psicanalítica é aquela na qual o terapeuta busca ver o paciente em seu conjunto completo e não somente os sintomas que ele apresenta ou as circunstâncias atuais de sua vida. Essa é uma modalidade de psicoterapia de percurso, pois o acompanhamento terapêutico do paciente costuma estender-se por muitos anos.

Ele acreditava que boa parte daquilo que vivemos — emoções, impulsos e crenças — surge a partir de nosso inconsciente e não é visível pela mente consciente. Lembranças traumáticas, por exemplo, ficam “bloqueadas” na memória de um indivíduo, mas continuam ativas sem sabermos e podem reaparecer em certas circunstâncias.

O principal objetivo da psicanálise é a interpretação de suas representações mentais, como sonhos, desejos, pensamentos e lembranças. É a partir desta abordagem que o psicanalista visa entrar em contato com o subconsciente e oferecer ao paciente a possibilidade de autocura, afirmam os psicólogos.

Ao afirmar que a psicanálise não é religiosa, Freud não nos surpreende. Porém, ao afirmar que ela também não é anti-religiosa, causa-nos uma certa surpresa. Assim, ele próprio descarta a utilização da psicanálise (quer no campo da teoria, quer no campo da prática) como um instrumento anti-religioso.

Freud não atendeu crianças, mas deixou em sua construção teórica toda a importância do infantil, principalmente no que tange a questão da sexualidade na formação das neuroses, o que influenciou no surgimento da psicanálise com crianças.

foi o pseudônimo atribuído a Bertha Pappenheim, paciente de Breuer no que se tornaria o famoso caso relatado no livro “Estudos sobre a histeria” (Freud & Breuer). Embora existam estudiosos que comentam que o caso foi repassado para Freud, o que se sabe é que Breuer sozinho fez este atendimento (sem Freud).

Contudo, por não se considerar um hipnotizador muito bom e, principalmente, por se dar conta de que as melhoras obtidas por seus pacientes não se mantinham com o passar do tempo, o fundador da Psicanálise decide abandonar tanto a hipnose quanto o método criado por Breuer.

Na acepção freudiana, felicidade trata-se da realização do programa do princípio de prazer, ou seja, obter prazer e evitar desprazer. Freud mostra que este programa é irrealizável por limitações não só culturais, como também psíquicas.

Em outras palavras, o objetivo é traçar o percurso histórico que conduziu Freud à descoberta fundamental da psicanálise – o inconsciente –, partindo do período dos “Estudos sobre a Histeria” (Freud, 1980/1893-1895) até alcançar os seus desenvolvimentos subseqüentes.