Como foi a exclusão e inclusão indígena no começo da República?

Perguntado por: iguterres . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Isso significa que os indígenas não tinham direito à atuação e representação nas votações e decisões, nem mesmo em questões envolvendo suas próprias terras. Além disso, no início da República, os povos indígenas não eram aceitos em suas diferenças.

RESPOSTA: A polêmica era sobre a legitimidade da catequese promovida pela Igreja Católica. Enquanto alguns defendiam a catequese religiosa com o argumento da experiência histórica, outros propunham uma catequese laica, mais adequada à república recém-instituída no Brasil.

Índios eram vistos, na sociedade da época, como incapazes de administrar a si próprios, bem como de alcançar a civilização desenvolvida durante o período colonial, imperial e de grande parte do período republicano brasileiro. Inexistia qualquer preocupação com o reconhecimento de nacionalidades distintas.

Além disso, no início da República, os povos indígenas não eram reconhecidos em sua diversidade. Eles eram vistos de modo homogêneo, e sua multiplicidade cultural não era valorizada. Dias, Adriana Machado.

As principais mudanças das políticas indigenistas no período republicano consistiram na promoção da pauta indígena devido a demarcação das principais terras destinadas a esses povos. Também ocorreu a criação da Fundação Nacional do Índio (Funai) no ano de 1967.

Depois da Independência, os direitos que os índios conquistaram no antigo regime colonial, como a liberdade, a posse territorial e a condição de vassalos da Monarquia, precisavam ser ratificados, e para isso era importante a constituição de uma visão histórica de longa duração sobre as relações construídas e pactuadas ...

Resposta: Na realidade, a partir da Constituição de 1824, sabe-se que os indígenas brasileiros passaram a ser dotados de direitos, juntamente com o restante da população. Nesse viés, foi a partir de tal documento que os povos indígenas de fato passaram a ser incluídos nas questões judiciais brasileiras.

Pela primeira vez em 1934 os índios tiveram seus direitos garantidos constitucionalmente. Resguardou aos silvícolas a posse de suas terras vedando sua alienação.

Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro.

O resultado apresentado pelo procurador em seu Relatório é estarrecedor: matanças de tribos inteiras, torturas e toda sorte de crueldades foram cometidas contra indígenas no país, principalmente pelos grandes proprietários de terras e por agentes do Estado.

Devastação, violência, fome, doenças e morte de milhares de indígenas yanomami em sua terra, em Roraima. Esse foi o retrato do Brasil no período da ditadura militar. Além da tortura, censura e assassinato de milhares nas cidades e no campo, a ditadura causou um genocídio entre os povos indígenas brasileiros.

Na língua deles, o lugar chamava-se Pindorama, Terra das Palmeiras. O primeiro encontro entre portugueses e índios foi marcado pela curiosidade dos dois povos que não se conheciam.

No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola. Nos séculos seguintes, milhares de vítimas morreram ou foram escravizadas nas plantações de cana-de-açúcar e na extração de minérios e borracha.

A Constituição de 1988 estabeleceu que os direitos dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam são de natureza originária. Os índios têm a posse das terras, que são bens da União. “A necessidade de demarcação da terra indígena é a espinha dorsal de toda a luta ancestral da população indígena no Brasil.

A Constituição Federal do Brasil de 1824 não contemplava a existência dos povos indígenas, considerando, assim, que a sociedade brasileira era homogênea.

O primeiro contato entre portugueses e índios foi marcado pelo espanto diante do novo, do diferente. Inicialmente, não houve violência, mas sim um contato amistoso e movido por boa disposição.

Ao longo de todo o período colonial, os índios foram enquadrados no universo legal português como súditos da Coroa. O enquadramento valia tanto para os que acabaram classificados na legislação como “índios mansos” como para aqueles que não aceitavam viver pacificamente ao lado dos portugueses, os “índios bravios”.

Neste período, decretou-se o fim do voto censitário (baseado em renda), instituindo-se o voto para os brasileiros maiores de 21 anos. Entretanto, foram excluídos analfabetos, padres, soldados e mulheres. Na República Velha, o número de eleitores cresceu, mas não chegou a ultrapassar, em média, 3% da população do país.