Como foi a economia no governo do Bolsonaro?

Perguntado por: vribeiro . Última atualização: 2 de maio de 2023
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O início do governo Bolsonaro se deu sob grandes expectativas de recuperação da economia. Após uma longa depressão, os índices de confiança de consumidores e empresários retomavam os níveis de seis anos antes. As taxas de juro caíam, e os preços das ações subiam.

Em 2022 como um todo, o indicador ficou em 5,79%. Esse foi o 4º ano consecutivo em que os preços ficaram acima do teto da meta. Para 2022, a meta era de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (5%).

O presidente Lula, em seu primeiro mandato (2003-2006), fez a economia crescer, em média, 3,5% ao ano. Um número modesto, mas que representou um salto em relação ao período 1995-2002, em que FHC governou o país.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou uma Medida Provisória nesta segunda-feira 12 para aumentar o salário mínimo de R$ 1.212 para R$ 1.302. A MP ainda precisa ser avalizada pelo Congresso, mas já tem força de lei e passa a valer em 1º de janeiro de 2023.

Assim, o governo Bolsonaro tem as duas maiores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua: 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, período de pandemia e flexibilização crescente das modalidades de contratação. A menor continua sendo a registrada em 2014 (6,9%).

Durante os anos do governo Lula, o PIB brasileiro teve um crescimento médio de 4% ao ano |3|. Esse cenário de crescimento econômico, conforme citado, ancorou-se, sobretudo, no crescimento das exportações de matérias-primas e commodities do Brasil para nações em vertiginoso crescimento, como a China.

Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

Dividendos e concessões
Em 2022, o governo recebeu R$ 87,9 bilhões em dividendos e participações das suas empresas, alta de 85,1% em relação ao ano anterior. Já a receita com concessões e permissões subiu 343%, atingindo R$ 47,5 bilhões em 2022. Foram as duas maiores altas percentuais pelo lado da receita.

Durante o primeiro governo Lula a inflação estava em 6,4%, ante 6,26% de Bolsonaro, uma diferença que não é tão grande entre os candidatos.

Lula assumiu seu primeiro mandato após o ano de 2002 terminar com uma inflação acumulada de 12,53%, segundo dados do IPCA. Foi o maior índice desde 1995, mas os números voltaram a descer já em 2003. Em 2006, a inflação acumulada chegou a 3,14% e se manteve praticamente estável nos anos seguintes.

De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta do governo Lula, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano passou de 4,60% para 5,31%.

Durante a década de 1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de 10%.

Nos últimos 20 anos, de 2002 a 2022, o Brasil teve uma média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% ao ano, de acordo com cálculos da consultoria MB Associados. O segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010) foi o que teve a maior média de crescimento desde os anos 1990, com 4,6% ao ano.

Milagre econômico (1969–1973)
Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda.

Mais sobre o assunto
Já o BB registrou ganhos de R$ 90 bilhões. Aqui, no entanto, vale mencionar que a instituição estatal quase bateu o recorde durante o mandato de Jair Bolsonaro, quando lucrou R$ 89 bilhões.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou uma medida provisória com o valor do salário mínimo para 2023. A previsão é que o piso nacional passe para 1.212 reais para 1.302 reais, um aumento de 7,4%, ou 90 reais.

O que Lula anunciou? O salário mínimo passará para R$ 1.320, aumento de R$ 18 em relação ao valor em vigor. O novo mínimo passa a valer a partir de amanhã (1º). O reajuste de R$ 18 garante um aumento real de 2,8% em 2023.

Sob o comando de Dilma, o Brasil tem registrado os menores índices de desemprego da história. Em dezembro do ano passado, a taxa foi de apenas 4,3%, a menor de todos os tempos.