Como ficou a relação de Vargas com os paulistas?

Perguntado por: abrito . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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Embora tivessem perdido sua hegemonia política, os paulistas apoiaram Vargas com a esperança de que ele convocasse eleições para a Constituinte e para presidente. No entanto, o tempo passava e isso não acontecia. Desta maneira, uma forte oposição ao governo Vargas foi iniciada pelos fazendeiros paulistas.

Além de exigirem uma nova Constituição e uma nova eleição de imediato, os paulistas também estavam insatisfeitos com os interventores nomeados por Vargas para o estado. Eles exigiam que o interventor de São Paulo fosse um “paulista e civil”.

Apesar de ter perdido a luta por falta de armas e de estrutura, os paulistas acabaram vitoriosos politicamente, já que poucos meses depois, em 3 de maio de 1933, foram realizadas as eleições para a Constituinte, que elaborou uma nova Carta Magna para o Brasil.

Os paulistas reivindicavam a promulgação de uma nova Constituição, além da realização de novas eleições presidenciais e a maior autonomia do estado.

Os paulistas resistiram por três meses depois foram serrotados militarmente pelas forças de Getúlio Vargas. Os resulta foram: reconstitucionalização do pais, a elaboração de uma constituição promulgada, a convocação da Assembleia Nacional Constituinte em 1934, atc.

Embora tenham perdido os conflitos militares travados com as tropas federais e assinado a rendição em 3 de outubro de 1932, os paulistas se consideram vitoriosos pois garantiram, a partir da pressão revoltosa, que Vargas promulgasse a Constituição de 1934.

A derrota dos paulistas fez com que alguns deles fossem para o oeste onde, anos mais tarde, descobririam novas jazidas de ouro nos atuais estados do Mato Grosso e Goiás.

Antagonistas em 1932, paulistas fizeram parte da base do governo de 1934 até 1937, sendo fundamentais para que Vargas derrotasse opositores e pudesse dar o golpe de Estado que deu origem ao Estado Novo. Vargas em campanha com o povo: a face política e popular.

Uma das principais causas do conflito foi a ruptura da política do café-com-leite - alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo, que caracterizou a República Velha (1889-1930). Sem poder, a classe dominante de São Paulo passou a exigir do governo federal maior participação.

Esses grupos estavam descontentes com a crise econômica, o desemprego, a corrupção e a falta de participação politica.

O conflito
O líder dos paulistas era o bandeirante Borba Gato. A batalha mais trágica da Guerra dos Emboabas foi travada em uma região chamada de Capão da Traição (local próximo da atual cidade de Tiradentes). Os paulistas foram derrotados pelos emboabas, que passaram a dominar a região.

A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista foi o primeiro grande levante contra a administração de Getúlio Vargas e também o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.

Na fase provisória, Vargas tomou as primeiras medidas centralizadoras, enfraquecendo o Legislativo e fortalecendo o Executivo. No âmbito regional, apoiou seu poder nos interventores que nomeava. Também ampliou o aparato da burocracia, criando instituições como o Ministério do Trabalho.

A imagem que outros brasileiros têm dos paulistanos piorou na última década, mostra pesquisa Datafolha feita no início de dezembro. Os nascidos em São Paulo são vistos como mais egoístas, invejosos e orgulhosos. Além disso, a ideia segundo a qual trabalhariam mais do que os compatriotas caiu.

Apressados, os paulistanos não costumam parar por qualquer motivo. Eles andam rápido, têm cara de mau e se você tentar falar com eles, provavelmente dirão: “estou com pressa” ou ainda, “deixa para a próxima”. Mas calma, o paulistano não é tão ruim quanto parece.