Como ficaram os negros depois da abolição?

Perguntado por: exavier . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Aqui no Brasil, os negros ficaram sem acesso à terra e sem qualquer tipo de indenização por tanto tempo de trabalho forçado, geralmente analfabetos, sujeitos a todo tipo de preconceito, levando a muitos dos recém-libertos a permanecerem nas fazendas em que trabalhavam, vendendo seu trabalho em troca da sobrevivência.

A escravidão foi encerrada devido aos diversos movimentos de resistência direta de negros e negras em todo o território nacional e porque, economicamente, não se sustentava. Em 1850, a comercialização de escravizados foi proibida – o que inviabilizou muitas transações e a manutenção do status social daquela época.

A lei concedeu liberdade total aos escravos que ainda existiam no Brasil, um pouco mais de 700 mil, abolindo a escravidão no país. A sanção dessa lei resultou numa vitória dos conservadores que aboliram escravidão sem pagar indenização aos fazendeiros.

Vale lembrar que os negros eram tratados como mercadoria, não como indivíduos passíveis de direitos. Por isso, eles eram submetidos desde a palmatória até a serem presos de cabeça para baixo e cobertos de mel para que insetos pudessem atacá-los.

A dívida perdurou até 1950. Com ou sem escravidão, o colonialismo sempre gerou desigualdades. Afinal, a população das colônias pagava impostos para manter o padrão de vida de seus dominadores, tendo pouco acesso a empregos, educação formal e à Justiça.

Os negros que não moravam nas ruas passaram a morar, quando muito, em míseros cortiços. O preconceito e a discriminação e a ideia permanente de que o negro só servia para trabalhos duros, ou seja, serviços pesados, deixaram sequelas desde a abolição da escravatura até os dias atuais.

Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.

Pergunta inevitável que sempre fazem para dona Ladeisse é por que justamente Redenção se tornou a primeira cidade brasileira a libertar seus escravos, 15 meses antes do restante da então Província do Ceará, a pioneira no País, e cinco anos antes de ser proclamada a abolição da escravatura em todo o Brasil.

No passado, elas viviam submetidas ao trabalho duro, castigos e grande violência. Com o fim da escravidão, elas tornaram-se livres dos jugos impostos pelo senhor, mas não conseguiu livrar das péssimas condições de trabalho e baixa remuneração pelas quais passaram.

Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.

A abolição da escravatura foi abolida por meio da Lei Áurea, libertando mais de 700 mil escravos. Essa conquista foi fruto da luta dos escravos, do movimento abolicionista e da sociedade civil brasileira. O processo de abolição foi bastante lento, pois as elites brasileiras não desejavam abrir mão do trabalho escravo.

A abolição da escravatura no Brasil não foi resultado da benevolência do Império, como muitos acreditam. Essa conquista foi resultado do engajamento popular contra essa instituição, e a pressão popular sobre o Império foi o fator que fez com que a escravidão fosse abolida em 13 de maio de 1888.

Os casos de trabalho escravo no Brasil atual acontecem principalmente na zona rural dos municípios, associados ao extrativismo mineral e à atividade agropecuária em sua maioria. Mais de 60 mil pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão no Brasil entre 1995 e 2022.

Ela proibiu o comércio ultramarino escravos no Brasil e foi importante para iniciar o processo gradual da abolição. Além de proporcionar a diminuição da quantidade de escravos no Brasil, também tornou o comércio de escravos cada mais caro. Visto que agora os senhores não podiam mais comprar escravos vindos da África.

A condição de vida dos africanos e dos negros escravizados nascidos no Brasil era extremamente precária. Além de serem submetidos ao trabalho forçado, os escravos eram submetidos a um tratamento degradante e humilhante, não tendo direito a tratamento médico, à educação e a qualquer tipo de assistência social.

Em termos absolutos, os países com mais escravos são Índia (13.956.010), seguida de China (2.949.243), Paquistão (2.127.132), Nigéria (701.032), Etiópia (651.110) e Rússia (516.217).