Como fica o corpo por dentro depois de uma histerectomia total?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 18 de maio de 2023
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A histerectomia laparoscópica e vaginal está associada a menos dores no período pós-operatório. A distenção abdominal (“barriga inchada”) pode ocorrer nos primeiros dias após a cirurgia. O intestino geralmente demora 12 a 24 horas a restabelecer o seu normal funcionamento, podendo acumular alguns gases.

Recuperação da função urinária
Após uma cirurgia vaginal é frequente demorar mais tempo do que o habitual para esvaziar a bexiga. Em cerca de 5%-10% dos casos pode haver um esvaziamento incompleto, ou seja, não se conseguir eliminar toda a quantidade de urina contida na bexiga.

O tempo de duração do inchaço, um efeito do procedimento cirúrgico, varia em cada caso, mas segundo o também ortopedista Vinícius Magno, o edema geralmente desaparece entre duas a quatro semanas após a cirurgia. “Contudo, há casos em que o inchaço leva até três a seis meses para desaparecer.

Esse processo de cicatrização é relatado muitas vezes como sensação de peso, dor, fisgadas, em alguns casos até a limitação para alguns movimentos específicos. O que posso dizer é que “fisgadas” leves são esperadas e habituais no pós operatório e estão relacionadas ao processo de cicatrização.

Recuperação e Cuidados pós-operatórios da histerectomia
Os cuidados pós-operatórios são: Deambulação precoce, começando no mesmo dia da cirurgia. Não ficar deitada na cama. Ande ou fique sentada na poltrona, inicialmente sempre com ajuda da enfermagem.

A formação de aderências pós-operatórias geralmente pode ser minimizada por uma técnica cirúrgica cuidadosa, utilizando os princípios microcirúrgicos, incluindo manuseio suave dos tecidos, hemostasia meticulosa, excisão de tecido necrótico, minimização de isquemia e dissecção, uso de materiais finos de sutura não ...

Dor crônica pós histerectomia: se desenvolve após remoção cirúrgica do útero ou anexos. Geralmente, trata-se de uma dor visceral pélvica, mas também pode ter características neuropáticas. A incidência vai de 5 a 32%.

A única condição que pode ser considerada uma exceção, para mulheres que realizaram histerectomia total, é quando a cirurgia foi realizada para retirada de câncer de útero ou de colo do útero. Nestes casos a realização de CPs periódicos tem o fim de avaliar a recorrência do câncer e deve ser mantida.

A distenção abdominal (“barriga inchada”) pode ocorrer nos primeiros dias após a cirurgia. O intestino geralmente demora 12 a 24 horas a restabelecer o seu normal funcionamento, podendo acumular alguns gases. Com o início da hidratação, alimentação e a deambulação (andar) este tipo de sintomas diminui.

A queda da bexiga é mais comum durante ou após a menopausa, depois da gravidez, em casos de prisão de ventre, após a cirurgia para retirada do útero, em caso de excesso de peso ou obesidade, após os 50 anos de idade, e em mulheres que fumam.

MULHERES QUE FIZERAM A HISTERECTOMIA (RETIRADA TOTAL OU PARCIAL DO ÚTERO) SÃO MAIS SUSCETÍVEIS A TER INCONTINÊNCIA URINÁRIA.

Além das dores após histerectomia, a distensão abdominal (“barriga inchada”) também é comum nos primeiros dias depois da cirurgia. Isso porque o intestino geralmente demora 12 a 24 horas para se restabelecer e voltar ao funcionamento normal, por isso pode acumular gases.

Se você identificar vermelhidão, calor e inchaço no local da cirurgia, saída de secreção vermelho viva ou purulenta, tiver febre ou dor forte no local da cirurgia, que não melhora com os medicamentos prescritos e por fim rompimento de algum ponto, comunique imediatamente seu médico.

Quais as consequências da retirada do útero? Com a remoção do útero, o corpo da mulher sofre alterações que influenciam sua saúde física e mental. A recuperação cirúrgica leva em torno de oito semanas, mas o procedimento pode deixar sequelas por mais tempo.

Uma das formas de saber se a cicatrização não está indo tão bem como esperado é observando uma possível presença de secreção cerosa, como um líquido rosado-amarelado, na gaze.

Os tecidos internos também passam por esse processo de cicatrização. Portanto, o corpo pode levar até 2 anos e meio para recuperá-los totalmente. Porém, mesmo antes de completar esse processo de forma definitiva, o paciente já pode se sentir relativamente seguro.