Como fica o corpo de um leproso?

Perguntado por: ajordao . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; Alteração da musculatura esquelética, principalmente a das mãos, o que resulta nas chamadas “mãos de garra”; Infiltrações e edemas na face que caracterizam a face leonina, característica da forma virchowiana da doença.

A hanseníase é uma doença contagiosa curável causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e o tecido nervoso (nervos periféricos). Caso não seja tratada, pode evoluir para deformidades e mutilações, alterações que estigmatizam os pacientes.

Os leprosos não podiam aproximar-se das cidades e os lugares onde eles moravam; eram considerados impuros, como os cemitérios. Alguns afirmavam que, se cruzassem com um leproso, atirariam pedras nele e gritariam para ele: "Volta ao teu lugar e não contamines outras pessoas".

Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos. O período de incubação pode durar de 6 meses a 6 anos.

A lepra varia de leve (com uma ou algumas áreas da pele afetadas) até grave (com muitas áreas da pele afetadas e danos a muitos órgãos). Erupções cutâneas e caroços aparecem, as áreas afetadas ficam dormentes e os músculos enfraquecem.

A lepra é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A bactéria é transmitida por contato de longo prazo com pessoas que têm lepra. Não se contrai lepra apenas por tocar casualmente ou passar perto de uma pessoa com a doença. Além disso, os tatus podem transportar a lepra.

O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase, são as principais formas de prevenção.

A lepra pode ser curada com um tratamento multidrogas. O tratamento da lepra paucibacilar consiste na administração de dapsona e rifampicina durante seis meses. O tratamento de lepra multibacilar consiste na administração de rifampicina, dapsona e clofazimina durante doze meses.

Historicamente, os danos provocados pela doença transformavam seus portadores em alvos de um estigma social - os leprosos. Pacientes de hanseníase eram desprezados por comunidades e até médicos e as próprias famílias.

Nos tempos de Jesus a lepra era a mesma coisa que a morte. Curar um leproso era tão difícil como ressuscitar um morto. Os sacerdotes tinham a função de "declarar puro" um leproso que tivesse sarado, mas não tinham o poder de "torná-lo puro", isto é, de curá-lo.

O fluxo menstrual, como qualquer secreção do corpo humano (à exceção da lágrima e, em alguns casos, do suor) é visto como impuro. Por se tratar de sangue, símbolo da própria vida, são muito mais intensas as regras que recaem sobre ele.

Certo dia, um homem com uma doença de pele dolorosa chamada lepra foi até Jesus. Ele sabia que Jesus tinha o poder de curar todos os doentes. Acreditava que Jesus poderia curá-lo. Jesus tocou o leproso e disse: “Sê limpo” (Marcos 1:41).

Ou seja, a doença ou acidente impede que você trabalhe apenas por algum tempo. Por isso, hoje o auxílio-doença tem o nome de benefício por incapacidade temporária. Mas isso não significa que você esteja incapaz para todas as atividades do dia a dia, mas sim para o seu trabalho ou atividade atual.

O bacilo Mycobacterium leprae tem andado pelo mundo há muito tempo. Já no século 6 a.C., havia referências à temida doença por ele causada: a hanseníase. Acredita-se que a doença tenha surgido no Oriente e se espalhado pelo mundo por tribos nômades ou por navegadores, como os fenícios.

O primeiro registro que se tem sobre uma doença data de 1350 antes de Cristo. É a lepra! No Brasil, também é chamada de hanseníase.

“A bactéria que causa hanseníase [Mycobacterium leprae] gosta do nervo periférico. Não do sistema nervoso central. Não leva à convulsão, nem à dor de cabeça, nem ao acidente vascular cerebral (AVC), que as pessoas chamam de derrame.

A extraordinária história de Alice Ball, a cientista que desenvolveu 1º tratamento para a hanseníase - 02/04/2022 - UOL VivaBem.

Foi o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873, este bacilo como o causador da lepra, a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu descobridor (Foss, 1999 e Gomes, 2000).

O diagnóstico da hanseníase é feito através de exames clínicos, e exigem que o médico teste a reação da mancha na pele do paciente quando exposta ao calor e ao frio, e ainda são examinados olhos, nariz, boca, e os nervos do rosto, dos braços e das pernas.