Como fica o coração de quem teve infarto?

Perguntado por: adias . Última atualização: 22 de janeiro de 2023
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Além disso, depois de um infarto agudo do miocárdio, o paciente pode desenvolver a arritmia cardíaca ou parada cardiorrespiratória. Saiba mais sobre elas: Arritmia cardíaca: é uma alteração no batimento do coração. Se ele bater muito rápido, é chamado de taquicardia.

Uma das consequências mais comuns é a insuficiência cardíaca. Isso porque podem aparecer lesões e cicatrizes na área que ficou sem receber sangue durante o infarto - e a região onde isto acontece não é mais capaz de bombear sangue para o organismo.

Sendo assim, não há um exame que diagnostique o infarto, mas sim as lesões sofridas no tecido cardiovascular. O principal exame solicitado pelo cardiologista é o indicador da Troponina T e I, que dirá se há alguma lesão no músculo cardíaco.

Agora, sabe-se também que a sobrevida média depois do infarto é de apenas 5,5 anos para mulheres. Nos homens, a estatística é de 8,2 anos. O dado foi divulgado no relatório de 2021 da Associação Americana de Cardiologia. A situação brasileira é semelhante.

Nos casos em que todas as áreas do coração são recuperadas, no entanto, a vida pode voltar ao normal gradativamente”. O cardiologista recomenda que o paciente só volte às atividades regulares como trabalhar, por exemplo, um mês depois do ocorrido e inicie atividades físicas moderadas.

Quando está está pressão está acima acima de 140 x 90 ou 14 x 9 milímetros de mercúrio (mmHg), o individuo é considerado hipertenso, podem provocar lesões em órgãos alvos como o coração, as artérias, os rins, o cérebro e os olhos.

O eletrocardiograma (ou ECG) é feito para avaliar a existência de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio ou bloqueios do sistema de condução cardíaco. Geralmente, é um exame realizado como diagnóstico inicial do paciente, pois costuma apresentar a condição cardíaca do(a) paciente em repouso.

6) Troponina T
A troponina T é uma proteína encontrada no músculo cardíaco. Medir essa substância usando um exame de sangue para o coração conhecido como troponina T de alta sensibilidade ajuda a diagnosticar um ataque cardíaco e a determinar seu risco de doença cardíaca, mesmo que ainda não haja sintomas.

Tipo 3 ou infarto fulminante: é o mais temido, pois leva à morte súbita. Geralmente, a falta de oxigênio e nutrientes mata a maioria das células cardíacas.

Segundo a cardiologista Ana Catarina Periotto, o tempo total de recuperação poderia ser estimado, em média, em 30 dias, mas depende do grau de sequela. “O repouso absoluto é indicado de 3 a 5 dias após o infarto, devido ao risco de arritmias e aumento da área infartada.

As mais letais são as arritmias, que podem ocorrer dentro de um prazo de 24 horas após o infarto. Por isso, foram criadas as unidades de tratamento intensivo coronariano, onde o paciente recebe todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias.

Mini-Infarto é o sentimento de extremo desespero e/ou surpresa durante um pequeno momento. Um belo exemplo, é quando você acha que o seu celular foi roubado, porém está em seu bolso. Ou, quando você vê alguém mexendo em algo seu, no caso, em algo que não devia.

Além dos sintomas acima, o infarto silencioso ou pouco óbvio pode provocar:

  1. Queimação no estômago.
  2. Dores nas costas.
  3. Formigamentos no braço esquerdo e no pescoço.
  4. Desconforto no peito durante o exercício que vai embora ao repousar.

“Certamente quem já sofreu um infarto tem mais chances de sofrer outro. O paciente que já sofreu um evento do tipo é considerado de alto risco cardiovascular e possui uma chance de novos eventos em 10 anos superior a 10% para mulheres e a 20% para homens”, explica o cardiologista Gabriel Dotta.

Cuidados após o infarto
Medidas como parar de fumar, perder peso e adotar uma alimentação saudável também são importantes após o infarto. Além disso, é importante lembrar que é permitido ter relações íntimas normalmente, porque o esforço físico desta atividade não aumenta o risco de ter um novo ataque cardíaco.

Para o Dr. César Jardim o tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e estresse são fatores de risco para o infarto. “O infarto é mais frequente em homens, especialmente a partir dos 45 anos, porém, também tem acometido pessoas mais jovens.

Isso se dá porque grandes quantidades de cafeína podem acelerar o coração, o que não é recomendado para pacientes com maior risco de parada cardíaca, como pode ocorrer com arritmias cardíacas.

Rotina após o infarto
Em geral, os pacientes continuam tomando medicamentos para afinar o sangue e tendo que praticar os exercícios de fisioterapia, além de dever cuidar do peso, ter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente para fortalecer o coração.

A verdade é que o infarto pode deixar algumas sequelas sim, principalmente se o tratamento não ocorrer de forma adequada ou for tardio. Nesse sentido, agilidade e qualidade são fatores determinantes quanto às chances do paciente sobreviver.

Todo paciente que infarta vai ser para o resto da vida um paciente de muito alto risco para ter novos eventos de infarto.