Como fazer o cálculo de juros e correção monetária?

Perguntado por: gcurado . Última atualização: 24 de abril de 2023
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De forma geral, a fórmula para descobrir a atualização monetária é: multiplicar o acumulado do índice em determinado período para encontrar o novo valor. Por exemplo: se a correção foi de 20%, precisamos calcular quanto dá esse percentual diante do montante inicial e somar para ter o valor final.

Atualmente alguns julgados adotam a taxa de 1% ao mês (12% ao ano), somada à correção monetária, outras decisões acolhem a taxa Selic, que fica em torno de 2% ao ano. SELIC é a sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia: um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais.

Como calcular juros de 1% ao mês
No caso do juro simples, significa que o cliente a cada mês pagará a parcela (R$400) mais 1% do total do empréstimo (R$20) a cada mês. Ficaria assim: 1º mês: R$400 + R$20.

Para se atualizar um valor histórico deve-se multiplicá-lo pelo fator correspondente ao mês/ano de origem e se obterá o valor atualizado para a data da tabela que se estiver utilizando.

taxa Selic

A taxa Selic é o índice utilizado na atualização monetária do imposto de renda.

Por exemplo, você contraiu um empréstimo que tem taxa de juros ao mês de 2%, quanto é a taxa anual? Primeiro passo é transformar o juros em decimal ao dividir por 100. Portanto, 2/100 = 0,02. Para transformar em porcentagem novamente, multiplicamos por 100.

Quanto rendeu a quantia de R$ 1200,00, aplicado a juros simples, com a taxa de 2% ao mês, no final de 1 ano e 3 meses? t = 1 ano e 3 meses = 15 meses (tem que transformar em meses para ficar na mesma unidade de tempo da taxa de juros. Assim, o rendimento no final do período será de R$ 360,00.

Calcular juros simples no Excel é muito fácil. Para isso, basta inserir em uma coluna os dados referentes ao capital inicial, à taxa e ao tempo. Em uma célula à parte, inclua a fórmula “=B1*B2*B3” e está feito.

Em uma análise sistemática, percebe-se que o Art. 354 do Código Civil prevê que o pagamento se imputa primeiro aos juros vencidos (analogamente a correção monetária) e só depois ao capital principal.

Qual a diferença entre correção monetária e juros? Os juros são os acréscimos embutidos em uma dívida com parcelamento e/ou atraso. Já a correção monetária incide não somente no valor da dívida original, mas também nos juros aplicados a ela.

A relatora, ministra Nancy Andrighi explicou que, enquanto a correção monetária serve para recompor o poder da moeda diante da inflação, os juros podem ter tanto a finalidade de recompensar o credor (remuneratórios ou compensatórios) quanto a de indenizar pelo atraso no pagamento da dívida (moratórios).

Para calcular os juros simples, basta multiplicar o capital inicial pela taxa de juros e pelo tempo de de aplicação. Já para calcular os juros compostos, o montante final é dado pelo capital inicial que deve ser multiplicado por (1 mais a taxa) elevado ao tempo de investimento.

Imagine que você pegou R$ 2.000,00 emprestados a uma taxa de juros de 3% ao mês. O crescimento exponencial da dívida será da seguinte forma: 1º mês: R$ 2.000,00 a 3% = R$ 2.060,00 (R$60,00 de juros) 2º mês: R$ 2.060,00 a 3% = R$ 2.121,80 (61,80 de juros)

A Taxa Selic hoje está em 13,75% ao ano. Ela foi decidida no dia 21 de junho de 2023 pelo Copom, que decidiu manter a taxa novamente. Veja na tabela abaixo o histórico mensal da Selic desde 2013 (arraste as colunas para o lado para ver a tabela completa).

Por exemplo, digamos que você ganhava um salário de R$ 1000,00 em abril de 2000. Usando a nossa calculadora e corrigindo esse valor pelo IPCA, em abril de 2021, os mesmos mil reais valem R$ 3.537,88.

A expressão pro rata die, também em latim, significa “proporcional ao dia” e, por isso, tem uso na cobrança de juros exprimida em valores diários, como 0,5% ao dia, por exemplo. Esse termo, inclusive, auxilia a priorizar quais contas pagar, quando você não consegue colocar todos os valores em dia.

O valor corrigido é obtido a partir do produto entre o valor inicial e o resultado da divisão do número-índice do mês final pelo número-índice do mês anterior ao mês inicial. O resultado desta divisão é o fator que corresponde à variação acumulada do IPCA no período desejado.