Como evolui a sepse?

Perguntado por: lfogaca9 . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Sepse tem cura? As 5 etapas da evolução da Sepse

  1. 1 – Infecção. Tudo começa com a infecção causada seja por um micro-organismo. ...
  2. 2 – Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) É uma resposta clínica resultante de uma agressão ao organismo não especificada. ...
  3. 3 – Sepse. ...
  4. 4 – Sepse grave. ...
  5. 5 – Choque séptico.

A sepse ocorre devido a uma resposta desregulada a uma infecção, causando danos a outros órgãos e sistemas. Assim, inicialmente, há uma infecção não complicada que, com a resposta inflamatória exacerbada, evolui para uma sepse.

Por que a sepse se desenvolve? As infecções relacionadas à sepse são normalmente derivadas de pneumonias, infecções urinárias, infecções abdominais (apendicites, infecções hepáticas e etc.), além das iniciadas por infecções hospitalares.

Uma das possíveis sequelas da sepse – também chamada de septicemia ou infecção generalizada – é bem conhecida de médicos e cientistas: o sistema imunológico fica comprometido por até cinco anos depois que a pessoa teve a doença. As consequências são estatisticamente perceptíveis.

O choque séptico é um subconjunto da sepse e é definido como a evolução do quadro do paciente com SEPSE para uma hipotensão persistente que requer o uso de drogas vasoativas para manter uma pressão arterial média (PAM) acima de 65 mmHg e um lactato sérico acima de 2 mmoL/L a despeito de ressuscitação volêmica.

A mortalidade por Sepse ou Infecção Generalizada no Brasil é especialmente alta. Enquanto a média de mortalidade mundial é de 30-40%, aqui é de 65%.

Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.

Saúde Sem Complicações #36: Sepse pode ser revertida, mas depende da saúde do paciente e de tratamento precoce.

- Administração de antimicrobiano empírico: Devem-se administrar antimicrobianos intravenosos de largo espectro na primeira hora após o diagnóstico da sepse. Durante todo o tratamento, principalmente nas primeiras 24 horas, reavaliar seu uso conforme o resultado da coloração de Gram, das culturas e da evolução clínica.

Sintomas da Sepse
Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, baixa produção de urina, respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, agitação e confusão mental.

Mudança no choro. Uma das reações do corpo à sepse é causar dor e febre — em crianças sensíveis, os sintomas podem causar o choro. Porém, ao invés de ser estridente e vigoroso, o pranto passa a ser fraco, porque faltam forças para manifestar o desconforto.

Se os órgãos vitais deixam de funcionar, mas o coração continua batendo, através de manobras mecânicas, ocorre a chamada morte encefálica . Neste caso, o óbito é questão de horas ou dias.

Vancomicina* 30mg/kg/dose (após 15 - 20mg/kg/ 12/12h) + Piperacilina Tazobactam 4,5g 6/6h ou Meropenem ou Cefepime.

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.

Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos.

Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada. Os estafilococos são comuns, mas quando afetam pessoas com baixa imunidade podem ser letais. Febre, mal-estar, dores no corpo, cansaço excessivo e vômitos são sinais de alerta.

4 – Sepse grave
Este é um estágio delicado, em que o organismo já apresentou uma resposta exagerada a infecção atacando até mesmo órgãos que antes estavam saudáveis. O paciente pode começar a apresentar falência de órgãos como fígado, rins, pulmão ou do sistema nervoso central.

Sinais como febre muito alta, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada ou sintomas como confusão, agitação, alteração do nível de consciência, dificuldades para respirar, diminuição da quantidade de urina e pressão baixa são indicativos de que um paciente pode apresentar um quadro de infecção generalizada.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
A observação de parâmetros hemodinâmicos como a frequência cardíaca, PVC, saturação venosa de oxigênio deve ser destacada. A coleta de gasometria arterial também é prioridade e uma das suas funções, depois de avaliar aplicar os bundles para sepse.

A sepse pode ser considerada uma infecção grave por ser de difícil diagnóstico, uma vez que é muito confundida com uma infecção comum. A falência dos órgãos e o óbito podem ser consequências quando a doença não é tratada adequadamente.