Como está o desmatamento na Amazonas em 2023?

Perguntado por: axavier . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira 6 pelo Ministério do Meio Ambiente.

O Brasil mede oficialmente o desmatamento anual de agosto a julho, para limitar a influência da cobertura de nuvens que obscurece as imagens de satélite durante os meses chuvosos. Nos primeiros oito meses desse período, de agosto de 2022 a março de 2023, o desmatamento aumentou 39% ano a ano.

Nos 3 primeiros meses deste ano, foram derrubados 867 km² da floresta, equivalente a quase 1.000 campos de futebol por dia de mata nativa. A destruição só não foi maior do que a registrada de janeiro a março de 2021, quando foram postos abaixo 1.185 km² de floresta.

Os modelos sugerem que, até o ano 2050, as temperaturas na Amazônia aumentarão em 2º C a 3°C. Ao mesmo tempo, a diminuição das chuvas nos meses de seca provocará a ampliação da seca. Essas mudanças terão graves consequências.

Esses fatores juntos mostraram que há dois limites que não podem ser superados para garantir o equilíbrio da floresta: chegar a 4°C de aquecimento ou 40% de desmatamento. Se uma dessas condições for superada, os cientistas acreditam que se chegará a um ponto de ruptura. Em 2050, metade da floresta pode virar savana.

Mato Grosso

Em 2023, até o dia 17 de fevereiro, o estado que mais registrou desmatamento foi o Mato Grosso. Dos 375,33 km² afetados neste ano, 198,85 km² – ou seja, 52,98%, mais da metade – foram registrados no estado. Em seguida, está o Pará, com 65,47 km² – com 17,4% do acumulado anual até o momento.

Desmatamento na Amazônia em 2023 pode passar dos 11 mil km² se seguir o ritmo atual, estima PrevisIA - Imazon.

Até agora, cerca de 729 mil km² já foram desmatados no bioma Amazônia, o que corresponde a 17% do referido bioma. Desse total, 300.000 Km2 foram desmatados nos últimos 20 anos!

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Alguns dos fatores são a falta de avanços em demarcar novas unidades de conservação, falta de medidas punitivas e pouco investimento na produtividade da pecuária.

Assim como outros países tropicais que sofrem com um grande desmatamento, no Brasil tem como causas principais: Atividades agropecuárias, responsáveis por 80% do desmatamento em todo o mundo; Avanço da urbanização; Exploração comercial de madeira.

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2023 foram identificados pelo sistema DETER 489 km2 de área com indícios de desmatamento na Amazônia Legal. Trata-se da segunda maior área desmatada nesses dois meses desde 2016, início da série histórica - o recorde ocorreu no mesmo período do ano passado (629 km2).

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou em fevereiro um recorde de desmatamento na Amazônia Legal desde o início da série histórica –em 2015. Em duas semanas do mês, já foram desmatados quase 209 km² de floresta. A taxa é vista como alta ao considerar que fevereiro ainda não acabou.

Assim, nota-se o aumento das queimadas, das áreas desmatadas e dos conflitos por áreas na região, além das poluições dos rios e do solo decorrentes da atividade mineradora. O Inpe estima que 17% da área total do bioma Amazônia foram desmatados até o ano de 2020, o que equivale a 729 mil km².

Florestas do futuro terão árvores menores e absorverão menos carbono, sugere estudo.

CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
O acúmulo de maiores quantidades de CO2 na atmosfera contribui para as mudanças climáticas, aumentando a temperatura do planeta em função do efeito estufa.

Conheça quatro ações que podem ajudar a salvar a Amazônia.

  1. Consumo consciente.
  2. Fortaleça as redes de apoio.
  3. Aprenda com os povos da floresta.
  4. Incentive o reflorestamento.

Compromisso com o futuro
A floresta garante as chuvas para boa parte da América do Sul e tem papel central no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas. Abriga imensa biodiversidade, com milhares de espécies de plantas e animais, algumas ainda desconhecidas ou pouco estudadas.

A região Amazônica, detentora do maior estoque de recursos estratégicos – água, minerais, biodiversidade – do planeta, passa a constituir o espaço vital do século xxi.

A história de ocupação da Amazônia começa quando levas de imigrantes asiáticos chegaram ao vale do Amazonas há mais de 14 mil anos. No momento em que essas populações passaram a desenvolver a agricultura e viver numa mesma área de terra, sociedades indígenas diversas e mais complexas emergiram nessa região.