Como está Chernobyl em 2022?

Perguntado por: edamasio9 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Última atualização em 26 de abril de 2022 às, 13h12. O nível de radioatividade na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, é normal no momento, embora tenha chegado a subir depois que as tropas russas ocuparam a área.

Até hoje, mais de sete mil pessoas vivem e trabalham dentro e ao redor da usina, e um número muito menor voltou para as aldeias vizinhas, apesar dos riscos.

É possível "visitar" a usina de Chernobyl, na Ucrânia, pelo Google Maps, aplicativo disponível para Android e iPhone (iOS).

Sobrevivente de Chernobyl
Nascida em 1989, apenas 3 anos depois do acidente nuclear de Chernobyl, que ocorreu em 1986 e até hoje é lembrado como a maior tragédia nuclear acidental do mundo, Masters foi abandonada por sua mãe biológica ainda quando era um bebê, e até ser adotada, passou por 3 abrigos diferentes.

Os níveis de radiação ionizante nas áreas mais afetadas no prédio do reator foram estimadas em 5,6 roentgens por segundo (R/s), o equivalente a 20 mil roentgens por hora. Uma dose letal de radiação é equivalente a 500 roentgens (ou ~5 Gray (Gy) em unidades modernas) por um período de cinco horas.

Esse acidente aconteceu no reator 4 da usina de Chernobyl e foi resultado de falha humana, uma vez que os operadores do reator descumpriram diversos itens dos protocolos de segurança.

15 minutos

A radiação permanece no corpo apenas durante o tempo em que o paciente fica no aparelho (de 7 a 15 minutos).

No caso de Chernobyl, a explosão da usina nuclear espalhou diversos isótopos, como o 60Co (cobalto 60) e o 90Sr (estrôncio 90), sendo que a meia-vida radioativa do 60Co é de 5,3 anos e a do 90Sr é de 29 anos.

Chernobyl

Eis os piores acidentes nucleares da história, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA): Chernobyl (1986) – Ucrânia (ex-URSS) Fukushima Daiichi (2011) – Japão. Kyshtym (1957) – Rússia.

O que explica isso? Um dos motivos é a diferença de radioatividade emitida em cada um dos casos. Quando o reator de Chernobyl explodiu, estima-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.

É seguro visitar Chernobyl hoje em dia? Acredite, é sim! Atualmente o local do maior acidente nuclear da história é aberto à visitação de turistas, com níveis de exposição à radiação controlados. Em 2019 a HBO lançou uma série sobre Chernobyl, na Ucrânia.

Foi assim que tudo permaneceu até 2011, quando o governo ucraniano abriu oficialmente partes da zona de exclusão ao turismo. Finalmente, mais de 30 anos após o pior desastre nuclear do mundo, visitar Chernobyl se tornou possível. Então, mais de 10 mil visitantes passam por aqui anualmente.

Para chegar ao local do desastre nuclear, os turistas precisam entrar em contato com empresas registradas pelo governo ucraniano e agendar suas visitas com antecedência. Os valores para um dia custam em média US$ 100, cerca de R$ 386.

Com diferentes motivações para a participação na missão, Alexey, Boris e Valery têm desfechos divergentes na produção ficcional, que termina com a mensagem “Dedicado aos voluntários de Chernobyl”. Na vida real, Borys Baronov faleceu em 2005, mas Valerii Bespalov e Oleksiy Ananenko seguem vivos até hoje.

A tragédia poderia ter sido exponencialmente maior não fosse a ação heroica do técnico operacional Alexei Ananenko, do engenheiro Valeriy Bezpalov e do jovem operador Boris Baranov, que contiveram outras explosões e derramamentos que colocariam a existência de toda a Europa em risco.

Foi estimado que ao menos 28 pessoas morreram de imediato e mais de 100 ficaram feridas no momento do acidente. Segundo o Comitê Cientifico da ONU sobre Efeitos da Radiação Atômica, mais de seis mil crianças e adolescentes desenvolveram câncer com a exposição à radiação de Chernobyl.

Um ano depois do desastre de Chernobyl, em 1987 houve um acidente radioativo no Brasil, na cidade de Goiânia (GO), onde catadores que buscavam sucata em uma clínica abandonada encontraram uma placa de chumbo com césio-137, utilizada em tratamentos radiológicos.

Desastre de Chernobyl
Logo após a explosão, 237 pessoas foram diagnosticadas por contaminação por Iodo radioativo, sendo confirmados 134 casos. A população da Bielorrússia, Ucrânia e Rússia ficou exposta à radiação e houve centenas de registros de casos de câncer de tireoide.

Há 36 anos, o acidente inicial com o reator 4 em Chernobyl ocorria na madrugada de 26 de abril de 1986, durante testes de segurança. O acidente contaminou grande parte da Europa, mas especialmente Ucrânia, Rússia e Belarus.

A vida média dos cães da zona de exclusão de Chernobyl é de apenas cinco anos, segundo o Fundo Clean Futures, organização não governamental que monitora e fornece assistência aos cães que vivem na Zona de Exclusão. O fato de que cães habitam esse lugar abandonado é bem conhecido.

cemitério de Mitinskoe

O corpo do bombeiro foi enterrado no cemitério de Mitinskoe, em Moscou. O local também abrigava outras pessoas que foram vítimas do acidente de Chernobyl.