Como está a situação no Iêmen hoje?

Perguntado por: amoraes . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Com 70% da população do Iêmen dependendo de ajuda humanitária para sobreviver e mais de 80% dos iemenitas vivendo abaixo da linha da pobreza, a situação humanitária está piorando. O CICV está no Iêmen desde 1962, prestando ajuda em colaboração com o Crescente Vermelho do Iêmen.

Nos últimos 8 anos, o Iêmen é cenário de uma guerra civil que destruiu a economia, levou milhões à fome e já causou mais de 150 mil mortes.

O lugar do Iêmen no Oriente Médio
É ali que se localiza o estreito de Bab al-Mandab, conexão entre o Mar Vermelho e o Golfo de Áden, uma das mais movimentadas rotas de navios petroleiros do mundo todo.

O Iêmen é um país com receitas reduzidas, que é altamente dependente da exportação de reduzidas jazidas de petróleo, o qual é responsável por 25% do produto interno bruto e 70% das rendas governamentais. É, no entanto, o país mais pobre do Médio Oriente.

A guerra do Iêmen começou quando os houthis saíram do norte do Iêmen e tomaram a capital, Sanaa, em 2014, forçando o governo reconhecido internacionalmente a fugir para o sul e depois para o exílio.

Atualmente, o Iêmen um destino muito perigoso para viajantes em potencial. Os governos de vários países chegaram a emitir avisos contra viajar para este país, por razões como terrorismo, sequestros e outros tipos de crimes violentos. Visitar o Iêmen pode resultar em consequências graves, com você sendo ferido ou morto.

Indicadores da economia no Iêmen
Em todo o mundo, o produto interno bruto 2021 foi de 10.301 dólares per capita. Em contraste, o PIB do Iêmen atingiu 540 euros por habitante, ou 17,81 bilhões de dólares para o país como um todo. O Iêmen é, portanto, uma das economias menores e ocupa atualmente a 114ª posição.

Governo do Iêmen - Abdu Rabbu Mansour Hadi, que foi vice-presidente do ditador deposto Ali Abdullah Saleh, é o atual presidente do Iêmen e comanda um governo de transição fraco, com pouco apoio popular, apesar de contar com o apoio estrangeiro da Arábia Saudita e países do Golfo.

A crise no Iêmen, onde sete anos de guerra faz com que a fome ameace milhões, foi tema de um evento paralelo à semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU. Na reunião, chefes de agências da ONU apresentaram a líderes mundiais um relato da situação da "maior crise humanitária do mundo".

Além da guerra na Ucrânia: conheça outros conflitos do mundo

  • Síria.
  • Iêmen.
  • República Democrática do Congo.
  • Afeganistão.
  • Mianmar.
  • Haiti.

O Iêmen é um país com uma população de 27,58 milhões de habitantes e um produto interno bruto de 27,32 bilhões de dólares (dados de 2016 do Banco Mundial). A religião predominante é o islamismo.

Sanaã

Saná, Sanaa ou Sanaá é, desde 1990, a capital e a maior cidade do Iémen. Localiza-se no norte do Iêmen, a cerca de 2 210 metros de altitude, no interior do país, no centro de um vasto altiplano. A parte antiga da cidade é circundada por muros e dividida por muros internos em três bairros.

Antes mesmo da Guerra civil 90% dos alimentos do país eram importados e hoje, com os bloqueios marítimos 5 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome. Além disso, dois terços da população está dependente, exclusivamente, de assistência humanitária (NAÇÕES UNIDAS, 2021).

Uma quantidade de militares estadunidenses estão mobilizados no Iêmen”, disse o presidente Biden, ao passo que detalhou que o objetivo é “levar adiante operações contra a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e o ISIS, assim como proporcionar assessoria e informação militar à coalizão liderada pela Arábia Saudita”.

Atualmente, 17,4 milhões de pessoas no país estão dependendo de assistência alimentar, mas a situação poderá piorar entre junho e dezembro. Para o segundo semestre deste ano, a expectativa é de que um recorde de 19 milhões de pessoas no Iêmen não tenham o mínimo para comer.

O Iémen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia. A capital do país é Sanaa e a sua língua oficial é o árabe.

Controlado pelo Partido Comunista Iemenita durante toda sua existência, o Iêmen do Sul (ou República Democrática Popular do Iêmen) se alinhou ao Bloco Socialista, estreitando relações com China, Cuba e União Soviética. Em 22 de maio de 1990, as duas partes chegaram, enfim, a um acordo de reunificação.