Como está a Amazônia em 2022?

Perguntado por: lgeraldes . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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A Amazônia brasileira atingiu o 5º recorde anual consecutivo de desmatamento em 2022, segundo indica o monitoramento por satélites do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Relatório divulgado nesta 4ª feira (18.

A expectativa é que, se o desmatamento continuar no ritmo que está, a cifra para este ano chegue a 15 mil km² de destruição na Amazônia. Em relação ao mesmo periodo do ano passado (janeiro a maio de 2021), a área desmatada no acumulado de 2022 é 8% maior.

Se comparado com o ano anterior, 2022 teve uma alta de 93% nas áreas queimadas em florestas. Desse contingente, 85% dos incêndios florestais aconteceram na Amazônia. Quando se considera a área atingida pelo fogo em todos os biomas, 70% estava coberta por vegetação nativa, como as encontradas no Cerrado.

Em 2050, metade da floresta pode virar savana. Os pesquisadores envolvidos com o estudo não acreditam na primeira via de desenvolvimento da Amazônia. Foi o debate de décadas atrás, de tentar preservar tudo com unidades de conservação. “A ideia de colocar uma cerca na Amazônia era impossível”, diz Nobre.

5.214 km²

A área degradada passou de 1.137 km² em setembro de 2021 para 5.214 km² em setembro de 2022, uma alta de 359%.

Um dos eixos do programa prevê a geração de créditos de carbono por meio da conservação e recuperação da vegetação nativa, além de gerar alternativas de renda para os brasileiros que vivem na Amazônia e outros biomas. Outra iniciativa é melhorar a qualidade ambiental das cidades da região.

Uma tripla crise de mudança climática, perda da natureza e da biodiversidade, e poluição e desperdício, ameaça debilitar toda a vida no planeta, alertam os especialistas. Aqui estão alguns dos marcos ambientais de 2022.

O desmatamento na Amazônia se tornou o principal problema ambiental desse bioma, que abriga a maior floresta equatorial do mundo e possui a maior biodiversidade do planeta, com milhões de espécies de plantas e animais, algumas delas ainda não catalogadas.

Hoje, restam apenas 24% da floresta que existia originalmente, sendo que apenas 12,4% são florestas maduras e bem preservadas.

Segundo o relatório da RAISG, a agropecuária é a causa de 84% do desmatamento da Amazônia. Cerca de 20% da floresta original já foi colocada abaixo sem que benefícios significativos para os brasileiros e para o desenvolvimento da região fossem gerados. Pelo contrário, os prejuízos são vários.

A pior marca para um ano inteiro foi em 2004, quando 218.637 foram registrados em 12 meses.

O número de queimadas registradas na Amazônia até terça-feira (19) já superou o total registrado em todo o ano de 2021. Em nove meses incompletos (261 dias), foram 76.587 focos de incêndio na região. No ano passado inteiro, foram 75.090, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Todos os estados recordistas em queimadas ficam em fronteiras agropecuárias, sendo que Mato Grosso foi o estado que mais queimou nos primeiros 9 meses de 2022, concentrando quase ¼ do que foi queimado no Brasil nesse período. Pará e Tocantins ocupam o segundo e o terceiro da posição no ranking.

Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips sumiram no trajeto entre a comunidade de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. Uma força-tarefa com militares do Exército e da Marinha trabalha na região. Funai informou que 15 servidores da Fundação e da Força Nacional de Segurança Pública também estão na operação.