Como eram tratados os filhos de escravos?

Perguntado por: lpereira . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Até sete anos, os filhos de escravos ajudavam os pais fazendo pequenos serviços à volta da senzala ou da casa em que moravam: catavam ervas daninhas que cresciam na plantação, semeavam ou colhiam frutas ou se possuíam algum animal de estimação cuidavam dele.

Após setembro de 1871, as crianças que nasceram de ventres escravos ganharam a condição de livres, mas, apesar dessa condição, continuaram a viver dentro das escravarias junto com seus familiares cativos.

O trabalho das crianças escravizadas e alforriadas
Após setembro de 1871, as crianças alforriadas pela lei, continuaram a viver dentro das senzalas, junto aos seus familiares cativos. Esses saíam para o trabalho na lavoura ou na rua, como escravos de ganho, em uma jornada extenuante de 12-14 horas contínuas.

Neste mês, a Lei do Ventre Livre completa 150 anos. Uma das precursoras da Lei Áurea, a norma determinou que, de 28 de setembro de 1871 em diante, as mulheres escravizadas dariam à luz apenas bebês livres. De acordo com a lei, não nasceria mais nenhum escravizado em solo brasileiro.

Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

Apesar dos obstáculos à constituição da família escrava, ela existiu de fato e gozou de vínculos estáveis, sendo importante para os escravos e também para seus proprietários. Casamentos longos, de 10 anos ou mais, e estáveis eram bastante comuns entre cativos.

No passado, elas viviam submetidas ao trabalho duro, castigos e grande violência. Com o fim da escravidão, elas tornaram-se livres dos jugos impostos pelo senhor, mas não conseguiu livrar das péssimas condições de trabalho e baixa remuneração pelas quais passaram.

Os laços de parentesco entre senhor e escravo se dão por meio da consangüinidade, aonde senhores de escravos desposaram suas cativas as quais engravidaram, estes assumiram os filhos de ventre cativo como seus filhos legítimos.

19 anos

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

Os quilombolas são descendentes dos escravos africanos no Brasil, e, segundo o Instituto Marquês de Valle Flor, estão entre as comunidades mais vulneráveis e marginalizadas da sociedade brasileira.

As diferenças geracionais, os maus-tratos na infância e que deixam marcas profundas nos filhos, problemas com heranças, mau relacionamento familiar desde cedo, entre outras, são as principais causas desta tomada de posição de muitos filhos que optam por seguir a sua vida distantes dos pais.

Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde. Além dessas observações, os compradores examinavam as partes íntimas dos escravos a fim de constatar alguma doença.

Os donos de escravos eram chamados de senhores de engenho .

Quem foi Barão de Cotegipe e por que ele votou contra a abolição - 21/11/2020 - UOL TAB.

Críticas à Lei do Ventre Livre
A lei desagradou tanto os senhores de escravos como vários setores do movimento abolicionista. Afirmavam que a lei prolongaria a escravidão por mais uma geração, deixava os menores de idade a mercê do senhor e não dizia nada a respeito dos escravos nascidos antes desta data.

Por outro lado, vários estudiosos da Bíblia apontam como referência o livro do Êxodo, onde 30 moedas de prata eram o equivalente ao preço de um escravo. De acordo com o Freedom Project da CNN, site dedicado ao fim da escravidão moderna, “no valores de 2009, o preço médio de um escravo seria o equivalente a 90 dólares”.

O Trabalho Escravo no Brasil (1500 – 1888) - TST.

Zé Alfaiate, o maior traficante de escravos do Brasil.

Até sete anos, os filhos de escravos ajudavam os pais fazendo pequenos serviços à volta da senzala ou da casa em que moravam: catavam ervas daninhas que cresciam na plantação, semeavam ou colhiam frutas ou se possuíam algum animal de estimação cuidavam dele.