Como eram tratadas as escravas no Brasil?

Perguntado por: earagao . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A grande maioria desses escravos rebeldes era castigados violentamente. Assim para fugir desses sofrimentos, alguns escravos se suicidavam, outras matavam seus futuros e ainda os que fugiram para os quilombos. Os escravos viviam em senzalas, galpões escuros, sujos e – úmidos e ficavam acorrentados para evitar fugas.

Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.

As escravas negras ficaram conhecidas como mulheres que devido ao seu porte físico e características raciais, poderiam dar o peito para os filhos dos senhores. Elas eram obrigadas a rejeitarem do leite materno sua própria prole, o que aumentava os índices de mortalidade entre as crianças escravas.

Vivendo em propriedades escravistas, os filhos livres das escravas foram mantidos em quase sua totalidade na mesma condição servil dos cativos de fato. Nas primeiras horas da manhã, mulheres e homens escravizados saem com suas peneiras para a colheita de café, levando suas crianças.

As mucamas ou mocambas, normalmente jovens e bonitas, não tinham uma função muito definida. Podiam fazer diversos serviços domésticos, tomar conta de crianças, fazer companhia às senhoras da casa ou acompanhá-las quando saíam, o que era mais raro.

Mucama era o nome dado à criada negra (ou escrava) que prestava serviços domésticos para seus senhores. Costumavam ser jovens e belas e, em alguns casos, também serviam como ama de leite para os filhos de seus patrões.

Duas formas de punição eram mais comuns: o açoitamento público, para quem havia sido julgado e condenado, e o chicoteamento no calabouço, que substituiu o castigo privado. “Os senhores tinham que pagar pelo serviço – não apenas pelos açoites e pelo tratamento médico subsequente, mas também por acomodação e alimentação.

Além de exercerem importante papel como agregadoras da vida comunitária, mantenedoras e divulgadoras de costumes culturais advindos da África, as escravas mais velhas atuavam também como feiticeiras e curandeiras. Lançavam mão de ervas para diversos fins, entre eles o de invocar os deuses.

As principais observações que os compradores queriam verificar nas “peças” eram a rigidez dos músculos (por isso apalpavam os escravos). Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde.

A Igreja pregava que a escravidão era necessária, pois para o funcionamento da sociedade ocorrer de forma natural, o criador havia feito os Page 11 Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.7.n.9. set. 2021. ISSN - 2675 ...

O Candomblé uma religião regionalizado no Brasil, porém com características trazidas pelos negros da África.

Em muitos dos países de origem das mulheres escravizadas — em Angola, por exemplo —, a experiência de dar à luz envolvia posições e movimentos diferentes. As mulheres não costumavam cobrir o corpo e os bebês passavam por uma série de ritos depois do nascimento.

Ama de leite é a mulher que amamenta criança alheia quando a mãe natural está impossibilitada de fazê-lo. Geralmente esse encargo era dado às escravas que já tinham filhos.

As primeiras eram contratadas como criadas para trabalharem na casa de uma família com posses, onde exerciam a tarefa específica de amamentar e cuidar de crianças, por vezes também como amas secas, ou seja, continuando a cuidar dessas crianças já numa idade em que não eram amamentadas.

Podem-se distinguir dois tipos de trabalho escravo com características próprias: o produtivo, nas lavouras ou nas minas, e o doméstico.

Neste mês, a Lei do Ventre Livre completa 150 anos. Uma das precursoras da Lei Áurea, a norma determinou que, de 28 de setembro de 1871 em diante, as mulheres escravizadas dariam à luz apenas bebês livres. De acordo com a lei, não nasceria mais nenhum escravizado em solo brasileiro.

A Lei Áurea garantiu a liberdade para os escravos de maneira imediata, e os donos de escravos não receberam nenhum tipo de indenização. Com essa lei, os libertos agora estavam livres para buscarem uma vida melhor.