Como eram os rituais de antropofagia?

Perguntado por: lzaganelli . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Antropofagia é um ato ritual de comer uma ou várias partes de um ser humano. Os povos que praticavam esse ritual o faziam pensando que, assim, iriam ter a vingança do seu povo morto pelo bando do prisioneiro.

A utilização do termo “antropofágico” está relacionado a “antropofagia”, que refere-se ao ato de comer ou devorar a carne de outra pessoa. Dentro da história, ela é usada para apontar atos ritualísticos, no qual acredita-se que, ao comer a carne de um outro homem, a pessoa estaria adquirindo também as suas habilidades.

Entre as tribos indígenas que viviam no Brasil na época do início da colonização portuguesa, no século XVI, os tupinambás ficaram conhecidos amplamente por uma característica peculiar: a antropofagia, isto é, o ato de comer carne humana, também denominado canibalismo.

O regime antropofágico
É a maturação, sair do status de criança e ascender para o status de homem-adulto. A partir disso, era mantida a continuidade dos povos: a reprodução está ligada diretamente ao sacrifício e, se não há ritual antropofágico, não há casamento e muito menos herdeiros gerados.

A preparação para sua degustação podia levar dias, até meses. Na chegada, o inimigo era levado para uma cabana só com mulheres e crianças. Elas o agrediam e cantavam canções de vingança. Depois, penas cinzentas eram coladas ao seu corpo e suas sobrancelhas eram raspadas.

astecas

Sabemos pelos escritos de Hans Staden e Hernán Cortez que grupos como os tupinambás e os astecas praticavam a antropofagia, mas muitas outras comunidades historicamente associadas à prática podem muito bem nunca ter consumido carne humana.

Pela tradição oral repassavam os costumes e as orientações para os rituais de vida e de morte. Entre os rituais de vida marcantes estão as celebrações de passagem, que marcavam a transição para a vida adulta. A característica comum dos povos indígenas brasileiros no que tange à religião é o xamanismo.

O movimento antropofágico foi uma vertente da primeira fase do modernismo brasileiro. Seus fundadores foram a pintora Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp. A ideia surgiu quando Tarsila pintou o quadro Abaporu, que serviu de inspiração para o marido, Oswald, idealizar o movimento.

Como diz Oswald, socialmente, economicamente e filosoficamente só a Antropofagia nos une. E como única lei do mundo, ela é a expressão mascarada de todos os individualismos e de todos os coletivismos.

O Manifesto Antropofágico propunha basicamente 'devorar' a cultura e as técnicas importadas e provocar sua reelaboração com autonomia, transformando o produto importado em exportável.

No Brasil, o canibalismo ritual era prática comum pelo menos entre os indígenas do litoral brasileiro, que o interpretavam o de um modo bastante peculiar, pois, para o guerreiro, terminar como alimento do inimigo representava a mais alta honra; vergonha seria mostrar medo diante da morte e recusar-se a ser devorado.

O canibalismo é um termo usado para definir a prática de indivíduos se alimentarem de outros indivíduos da mesma espécie. O canibalismo pode ser praticado por seres humanos, embora seja frequentemente associado com a antropofagia. A antropofagia se refere ao consumo de carne humana dentro de um ritual religioso.

Os rituais são as sínteses dos valores em evidência numa determinada cultura, e que vão sendo transferidos de geração a geração.

O ritual antropofágico é um dos costumes indígenas, que mais causaram espanto e perturbação entre os colonizadores portugueses. Ele era praticado amplamente pelos chamados tupinambás e outros grupos tupis-guaranis; e, consistia basicamente em consumir carne humana.

Tradições e rituais indígenas

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