Como eram os manicômios antigamente?

Perguntado por: eneves . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Os manicômios eram espécies de depósitos humanos, em que as pessoas ficavam em condições sub-humanas, sem nenhum respeito aos direitos humanos, sem nenhuma liberdade para poder questionar e mudar. Foi por muito tempo a única opção terapêutica e de cuidado com as pessoas que estavam em sofrimento psiquiátrico grave.

Inicialmente privados da liberdade, eram isolados de tudo e de todos. Não tinham alimentação, roupas, água, higiene, enfim não viviam em situações compatíveis com a vida.

Como muitas doenças mentais não tem cura e apenas tratamento, os pacientes eram levados para os manicômios e permaneciam a vida inteira sem um tratamento digno, deixados à mercê de cuidados desumanos.

Como os transtornos mentais foram vistos ao longo da humanidade. Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.

Os tratamentos utilizados nos manicômios do século XIX incluíam o coma induzido e a lobotomia, por exemplo. Foi somente na primeira metade do século XXque essa situação começou a mudar, com o advento da psicofarmacologia.

Foi a reforma psiquiátrica (Lei 10.216, de 2001), que teve como marca registrada o fechamento gradual de manicômios e hospícios que proliferavam país afora. A Lei Antimanicomial, que promoveu a reforma, tem como diretriz principal a internação do paciente somente se o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.

'O fim dos manicômios entrou no bojo da reivindicação de que a liberdade tinha que ser extensiva a todos' Foi há exatos 20 anos. Depois de tramitar por mais de uma década, finalmente em abril de 2001, a lei 10.216 foi aprovada e sancionada.

Hospitais psiquiátricos (também denominados hospícios, manicômios ou manicómios) são hospitais especializados no tratamento de doenças mentais e/ou de "transtornos mentais" (termo médico-especializado).

Os doentes mentais eram tratados como animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda as tinham.

O psiquiatra Raphael Boechat Barros, de 48 anos, estava no início da carreira quando, em 2001, foi sancionada a lei que determinou o fim dos manicômios e sanatórios no Brasil.

Eram alcoólatras, sifilíticos, prostitutas, homossexuais, epiléticos, mães solteiras, esposas substituídas por uma amante, inconformistas...

O que é um Manicômio:
Manicômio é o nome dado ao estabelecimento ou hospital psiquiátrico especializado em tratar de pessoas com problemas mentais. O manicômio, também conhecido como hospício, alberga pessoas com diferentes tipos de transtornos mentais, por norma aquelas que apresentam patologias mais severas.

No entanto, desde a Idade Média, os loucos são confinados em grandes asilos e hospitais destinados a toda sorte de indesejáveis – inválidos, portadores de doenças venéreas, mendigos e libertinos. Nessas instituições, os mais violentos eram acorrentados; a alguns era permitido sair para mendigar.

Grécia Antiga: o “louco” era considerado uma pessoa com poderes diversos. A loucura era tida como uma manifestação dos deuses, reconhecida e valorizada socialmente.