Como era visto amor no Naturalismo?

Perguntado por: acordoba . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Ao lado do Realismo, o Naturalismo negava diversos aspectos da Escola anterior, o Romantismo. Essa escola era caracterizada pelo subjetivismo, idealização da mulher, o amor sublime, o herói íntegro, etc.

A proposta do romance publicado por Gustave Flaubert, que deu início ao Realismo no mundo, explanava sobre o amor de uma maneira completamente diferente do Romantismo, pois, no Realismo, o amor era mostrado sem subjetivismos, sendo feita uma análise psicológica do personagem.

Os romances naturalistas, portanto, apresentam como principal característica o determinismo, conceito científico que afirma que o meio, a raça e o período histórico influenciam o caráter dos indivíduos. Isso era o que defendiam romancistas como o português Eça de Queiroz e o brasileiro Aluísio Azevedo.

Fortemente ligado ao pensamento científico da época e influenciado por Darwin, o Naturalismo procurava estudar o indivíduo enquanto produto da sua hereditariedade (herança genética) e também do meio onde cresceu. O movimento se manifestou através de várias expressões artísticas como a literatura, a pintura e o teatro.

Ele surgiu na França, em meados do século XIX, e se espalhou rapidamente para outros países da Europa e do mundo. Oposto ao Romantismo, que apresentava uma face sonhadora, com idealizações, subjetivismos e fuga da realidade, o naturalismo prezou pelo objetivismo científico.

As obras naturalistas são também chamadas de romances de tese: apresentam um ponto de vista e tentam demonstrá-lo através dos fatos narrados. Em geral, focalizam o lado patológico dos indivíduos ou da sociedade, ou seja, as piores situações sociais, como: traição, atentado ao pudor, exploração sexual etc.

O estilo possuiu características como o determinismo e a zoomorfização. Os escritores naturalistas usavam a ciência como base de composição de seus personagens, nesse ponto diferenciavam-se dos realistas. Na Europa, os principais autores foram Émile Zola (1840-1902) e Eça de Queirós (1845-1900).

O Naturalismo é uma Escola Literária que vem após o Romantismo. Surgido no século XIX, é considerado uma ramificação do Realismo, pois, além de terem surgido juntos, os dois têm o mesmo objetivo: retratar a realidade como ela é.

O Romantismo acredita que o verdadeiro amor deve envolver se deliciar em um amante em cada aspecto dele. O verdadeiro amor é sinônimo de aceitar tudo em alguém.

Idealização: com a exaltação de temas sentimentais, os românticos apresentam descrições idealizadas do amor, do herói e da mulher, exagerando suas características. A mulher é tida como símbolo de pureza, o amor é retratado como o ideal maior e única possibilidade de realização do sujeito.

A existência humana é abordada pelos naturalistas de uma forma bastante objetiva e materialista. O homem é, portanto, visto como um produto biológico que age de acordo com os instintos, sendo, pelo naturalismo, comparado com os animais.

No geral, os principais temas abordados na literatura naturalista são: miséria, violência, crimes, patologias humanas, sexualidade, adultério, dentre outros. No Brasil, o naturalismo começa em fins do século XIX e tem como marco inicial a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo.

O naturalismo é um sistema filosófico que destaca a natureza como sendo o primeiro princípio da realidade. A corrente naturalista sustenta que a natureza é formada pela totalidade das realidades físicas existentes e, por conseguinte, é o princípio único e absoluto do real.

O naturalismo no Brasil é marcado pelo determinismo e pela zoomorfização. A primeira obra naturalista brasileira é O mulato, de Aluísio Azevedo, publicado em 1881. Aluísio Azevedo é o principal autor do naturalismo no Brasil.

Se o realismo propõe retratar o homem em interação com seu meio, o naturalismo vai ainda um pouco além: expõe o indivíduo como um produto biológico, cujo comportamento é determinado a partir dessas relações com o meio e de acordo com suas características hereditárias.

O mulato

Seu destaque no meio literário deu-se em 1881 com a publicação do polêmico romance O mulato, considerado o primeiro romance naturalista da literatura brasileira.

Suas principais características são o determinismo e a zoomorfização, elementos que o diferenciam do Realismo. Porém, ambos os estilos apresentam linguagem objetiva, crítica social e falta de idealizações. No Brasil, os principais autores naturalistas são Aluísio Azevedo, Adolfo Caminha e Raul Pompeia.

Ou seja, era o oposto do Romantismo, que produzia histórias ambientadas em mundos idealizados, com personagens heroicos e inspiradores. Portanto, Realismo e Naturalismo se caracterizam por personagens realistas, com problemas do cotidiano e também pela busca de uma representação fiel da sociedade.

Contexto histórico do Naturalismo. Com pensamento influenciado por Charles Darwin, o Naturalismo estudava o indivíduo e acreditava que suas ações estavam diretamente relacionadas a sua herança genética e pelo ambiente em que viveu e cresceu.