Como era tratada a lepra no tempo de Jesus?

Perguntado por: ogil . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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Como não havia cura para a doença, o enclausuramento e a exclusão dos doentes do convívio social eram a única alternativa. No Brasil, a doença chegou junto com a colonização e instituições como a igreja mantinham os leprosários com o intuito de amparar os doentes, já que não existia uma política de saúde pública.

São Lázaro, o padroeiro dos leprosos.

Levítico 14 descreve o que um homem precisava fazer para se tornar cerimonial ou religiosamente limpo depois de ter sido curado da lepra. Podemos ver paralelos entre o processo de purificação da lepra com o modo pelo qual vencemos os efeitos do pecado.

Para os hebreus a lepra, como era chamada, era considerada uma maldição, um castigo divino, citada inclusive pela bíblia. O estigma, a discriminação com a doença e com quem sofre a ação em seu corpo, foram construídos pela associação do termo lepra às deformidades causadas ao paciente.

De acordo com a Bíblia, Naamã foi um importante e respeitado general sírio que foi contagiado por lepra, uma doença terrível que se alastrava na região.

Cafarnaum

A Cura de um Leproso
No dia seguinte àquele memorável sábado, em Cafarnaum, nosso Senhor levantou-se “de manhã muito cedo” e procurou um lugar fora da cidade para ficar a sós.

O leproso quer recobrar a sua dignidade humana. Mas, há outra coisa: o evangelho de Marcos nos diz que Jesus também transgride a lei: “tocou nele e disse: 'Eu quero, fique purificado'” (Mc 1, 41). É a purificação instantânea, e assim, a inclusão na comunidade.

Naamã deu os sete mergulhos no rio Jordão porque acreditou na possibilidade de ficar curado, mesmo sendo um ato simples; o homem sírio ficou livre da lepra. Ele simplesmente obedeceu e obteve sua cura.

Os leprosos não podiam aproximar-se das cidades e os lugares onde eles moravam; eram considerados impuros, como os cemitérios. Alguns afirmavam que, se cruzassem com um leproso, atirariam pedras nele e gritariam para ele: "Volta ao teu lugar e não contamines outras pessoas".

Miriã é punida com lepra ao questionar a liderança dada a Moisés - A Bíblia - RecordTV - R7 A Bíblia.

Leprosário ou leprosaria, ou ainda lazareto (do italiano, lazzaretto, em referência a São Lázaro), e também chamado de hospital-colônia, era historicamente um local usado para isolar pessoas com lepra (hanseníase).

Caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”.

Transmissão da lepra
A lepra pode ser transmitida de pessoa a pessoa através de gotículas expelidas do nariz e da boca de uma pessoa infectada e inspiradas ou tocadas por uma pessoa não infectada.

Acredita-se que a doença tenha surgido no Oriente e se espalhado pelo mundo por tribos nômades ou por navegadores, como os fenícios. Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, antigamente a enfermidade era associada ao pecado, à impureza, à desonra.

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa.

Alice Augusta Ball desenvolveu uma forma injetável de óleo de hidnocarpo, que foi utilizada durante 20 anos para tratar a doença de Hansen, também conhecida como lepra. Em 1916, Harry T. Hollman, cirurgião-assistente no Hospital de Kalihi no Havai, tinha um problema para resolver.

representava, além do risco do sofrimento e da morte, a existência de preconceitos sociais e a crença de que a doença era uma manifestação da vontade e do castigo divinos. foi mais devastadora que a peste negra, que era disseminada pelas pulgas dos ratos e que atingia principalmente os moradores das áreas rurais.

Jesus queria que eles ficassem bem e disse-lhes que procurassem os sacerdotes. No caminho, os leprosos ficaram curados. As feridas sumiram. Um dos leprosos sabia que Jesus os havia curado e voltou para agradecer-Lhe.

passou a ser afligido com feridas terríveis que iam da sola dos pés até o alto da cabeça, então ele lançava mão de um caco de cerâmica e com ele se coçava, raspando suas feridas, sentado sobre cinzas.”( 2, 7).

A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2 tipos são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos).