Como era o voto durante a Primeira República?

Perguntado por: aferreira . Última atualização: 19 de maio de 2023
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O eleitor apanhava as cédulas com os cabos eleitorais antes de entrar no recinto da assembléia eleitoral. Apesar de ser proibido, muitas vezes elas eram distribuidas por membros da mesa eleitoral. Havia, por fim, um ponto de destaque na forma de votação exercida durante a República Velha: o voto não era secreto.

A Primeira República é marcada pelo predomínio das oligarquias na política brasileira. O coronelismo, o clientelismo e o mandonismo são características essenciais do funcionamento do sistema político da Primeira República.

Aprovada pela comunidade
De acordo com a constituição de 1891, votam homens maiores de 21 anos alfabetizados e são excluídos mulheres, analfabetos, religiosos e soldados.

De acordo com a Constituição de 1891 que vigorou durante toda a República Velha (1889-1930), o direito ao voto foi determinado a todos os homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares.

No Brasil, o voto direto para todos os cargos eletivos foi introduzido com a chamada Lei Saraiva, em 1881.

A obrigatoriedade do voto secreto teve o efeito de reduzir a influência da aristocracia romana, que era capaz de influenciar as eleições por meio de uma combinação de subornos e ameaças.

A eleição presidencial de 1989 no Brasil foi realizada em dois turnos. O primeiro aconteceu em uma quarta-feira, 15 de novembro de 1989, e o segundo em um domingo, 17 de dezembro de 1989. Foi a primeira eleição presidencial do país após a promulgação da Constituição Federal de 1988.

A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. A posse de Getúlio Vargas como presidente, após a Revolução de 1930, marcou o fim desse período. A política dos governadores e a política do café com leite eram práticas importantes desse período.

Foi introduzido o sistema de governo presidencialista, exercido pelo presidente da República, chefe do Poder Executivo, que passou a ser eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, sem direito à reeleição. Tinham direito a voto todos os homens alfabetizados maiores de 21 anos.

A República Brasileira pode ser dividida da seguinte forma:

  • República Velha (1889-1930);
  • Era Vargas (1930-1945);
  • Nova República (1945 até nossos dias).

Assim, não era mais necessário comprovar uma renda mínima para poder votar. Além disso, determinou o sufrágio universal masculino para todos os homens maiores de 21 anos, mas impedia que mendigos, analfabetos, militares de patente baixa e religiosos que faziam voto de obediência, tivessem direito ao voto.

Resposta verificada por especialistas
Durante a primeira república estavam excluídos do processo eleitoral, as mulheres e analfabetos, sendo uma situação que só mudaria na constituição de 1934 que garante o direito ao voto para as mulheres e a constituição de 1988 que garante aos analfabetos.

O voto censitário, isto é, aquele baseado na renda do eleitor, foi extinto, e instaurou-se o voto universal para homens a partir dos 21 anos. No entanto, ainda havia exceções para o voto, como mulheres, analfabetos, mendigos, religiosos que faziam votos de obediência e militares de baixa patente.

Resumo da Primeira República
A Primeira República no Brasil foi um período que durou de 1889 a 1930, quando o país passou de uma monarquia para uma república federal presidencialista.

A existência das fraudes nas eleições desse período pode ser percebida nas votações presidenciais, em que o candidato do vencedor, por diversas vezes, teve mais de 90% dos votos. Assim, como podemos identificar, o voto de cabresto é uma prática de repressão contra um direito (de voto).

Denominada "política dos governadores", significou, na prática, que o governo central deveria respeitar as decisões dos partidos que mantinham o poder em cada estado, desde que estes elegessem bancadas no Congresso absolutamente fiéis ao presidente da República.

1998 (1º turno):
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - 53.06% Lula (PT) - 31,71%

Nesta quarta-feira (28/7), há 20 anos, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que deu fim ao voto secreto nas sessões públicas na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Com isso, o voto dos parlamentares tornou-se público, garantindo maior transparência e participação da população.

Art. 46. O sufrágio é universal e direto; o voto, obrigatório e secreto. § 1º A eleição para a Câmara dos Deputados, as assembléias legislativas, e as câmaras municipais obedecerá ao sistema de representação proporcional.

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