Como era o vinho nos tempos bíblicos?

Perguntado por: cvasconcelos5 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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O vinho de péssima qualidade era comumente misturado com ervas aromáticas, mel, resina e frutas para lhe conferir mais sabor de frescor e, com certeza, diminuir a percepção da contaminação acética (que transforma o vinho em vinagre) e da oxidação, que também era um problema comum.

Para produzir os tintos, as uvas prensadas eram fermentadas com casca, caule e sementes (esmagadas ou não), e depois filtradas com tiras de linho. Pouco antes de a mistura avinagrar, o vinho era então guardado em ânforas — vasos com duas alças, mais conhecidos em suas versões gregas — e selado com barro.

De um modo geral, o vinho é associado ao sangue de cristo, assim como o pão representa o corpo sagrado de Jesus. Na Eucaristia, por exemplo, a bebida recebe o nome de vinho sacramental ou canônico e só é aceito pela igreja se estiver de acordo com uma série de restrições, incluindo o baixo percentual de álcool.

De acordo com a tradição judaica do casamento, o vinho fermentado era sempre servido em casamentos. Se Jesus tivesse feito apenas suco de uva, o mestre da festa certamente teria reclamado. Em vez disso, ele disse que o vinho era melhor do que o servido anteriormente, estava “muito bem”.

Em outras palavras, o ato de beber em si não é pecado, caso contrário Jesus não teria multiplicado o vinho nas Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-11), mas a maneira com a qual o indivíduo se relaciona com a bebida pode se tornar pecaminosa, principalmente quando se deixa dominar por ela (cf. 1Cor 6,10).

Na França, os mosteiros tornam-se importantes centros produtores pois sendo o vinho símbolo do sangue de Jesus, era imprescindível nas missas e não podia faltar.

Os cristãos acreditam que Noé criou o vinho. Assim que chega ao Monte Ararat (atual Turquia), Noé planta uma videira e com as frutas produz a bebida. Ele gosta tanto do resultado de sua criação que embriaga-se com a bebida e é encontrado caído nu no chão e precisa ser aparado por seus filhos (Gênesis 9:20-25).

Além da adição de resina de pinho (que não era encontrada no Egito, indicando sua possível origem na atual região do Líbano), também foram achadas outras substâncias no vinho. Entre elas, resquícios de frutas frescas (uvas e figos) e ervas (hortelã, coentro e sálvia).

O vocábulo é usado 38 vezes,20 delas junto com "trigo" ou/e "azeite”, para designar o fruto fresco do campo. Pode ser achado num cacho (Is 65.8); os tonéis e lagares transbordam dele (Pv 3.10; Jl 2.24). Em Miqueias 6.15 é dito que yayin, "vinho" (q.v.) é produzido a partir do tirosh.

Arca de Noé: muitos cristãos acreditam que Noé foi quem produziu o primeiro vinho do mundo, embasando tal ideia no Antigo Testamento da Bíblia, já que em Gênesis consta a seguinte passagem “e começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha”.

É possível encontrar diversas passagens bíblicas sobre o consumo de vinho nos tempos antigos, principalmente nas festividades. Isso pode parecerer para muitos que beber não é pecado, desde que a prática seja adotada com autocontrole e de forma comedida.

Para os católicos, o vinho representa o sangue de Jesus Cristo e é consagrado durante a missa.

A cultura do vinho no Cristianismo era representada por alguns símbolos, a videira e o vinho, por exemplo, eram símbolos da ressurreição de Cristo entre os povos antigos, representados principalmente em algumas datas cristãs como a Páscoa.

Primeiro, Jesus transformou água em vinho para satisfazer a sede física. No final, Ele usou o vinho sacramental para representar Seu sangue expiatório, o que tornou a vida eterna possível e fez com que aqueles que Nele cressem nunca mais tivessem sede (ver João 4:13–16; 6:35–58; 3 Néfi 20:8).

Existem muitas igrejas diferentes ao redor do mundo, mas existem poucas como a igreja Gabola, na África do Sul. "Gabola" significa "beber" na língua tswana, também falada na África do Sul.

A declaração: “não vos embriagueis com vinho, onde há contenda” é uma ordem bíblica que não apenas mostra o perigo e o malefício da embriaguez, mas também contrasta o modo de vida terreno com o modo de vida segundo à vontade de Deus.

A Bíblia diz em Provérbios 31:4-5: “Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.”

Você pergunta por que razão teria Paulo mandado Timóteo tomar vinho para sua enfermidade de estômago e se não teria sido mais lógico curá-lo, como o mesmo Paulo fez com tantas outras pessoas enfermas.

1,5 L

Odre para vinho, envelhecido e com costura externa 1,5 L.

O vinho comercial mais antigo é de 1735: o Porto Hunt's, de Portugal. Ele é fortificado – por causa do teor alcoólico maior, tende a durar mais – e sai por US$ 11.743.

Há indícios de que o vinho exista há mais de 7.000 anos, e sua origem mais provável é no Oriente Médio, na região onde hoje se localizam Síria, Líbano e Jordânia.