Como era o Rio de Janeiro antes da urbanização?

Perguntado por: rnunes2 . Última atualização: 2 de junho de 2023
4.6 / 5 13 votos

O Rio era uma cidade de casas térreas simples, de ruas estreitas, boa parte delas carecendo de calçamento, ocupadas por escravos, libertos, brancos pobres, comerciantes, artesãos e uma pequena presença de senhoras brancas.

Nessa época, foram construídos chafarizes para o abastecimento de água, pontes e calçadas; abriram-se ruas e estradas; foi instalada a iluminação pública; passaram a ser fiscalizados os mercados e matadouros; organizadas as festas públicas, etc.

Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural.

Antes de 1808, o Rio de Janeiro - embora já capital da colônia do Brasil desde 1763 - era uma cidade colonial de proporções moderadas. A cidade ocupava o espaço desde o mar até as franjas dos morros e a região central não ia além do Campo de Santana.

A Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundada a 01-03-1565, teve logo alguns cargos essenciais providos pelo governador-geral Mem de Sá, como seja, o alcaide-mor, ouvidor, juiz de órgãos e feitor da fazenda.

Na década de 1870, Paris passou por uma reformulação urbana com a criação de grandes bulevares, praças e jardins, sob a liderança do barão Haussmann, então prefeito da cidade. No Rio de Janeiro tal iniciativa coube ao engenheiro Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906.

Possuía rica elite de comerciantes e uma indústria naval capaz de construir grandes navios. Era dotada de razoável sistema de defesa, abrigava o maior contingente militar das diversas capitanias e era uma das sedes da esquadra da Marinha de Guerra portuguesa no Brasil”.

Rio de Janeiro - História da Cidade - As transformações do Rio no século XVIII. Após a transferência da sede do vice-reinado, as administrações se empenharam em transformar o cenário urbano do Rio de Janeiro.

Nessa época foram construídos chafarizes para o abastecimento de água, pontes e calçadas; abriram-se ruas e estradas; foi instalada a iluminação pública; passaram a ser fiscalizados os mercados e matadouros; organizadas as festas públicas, etc.

A verticalização é um fator que mudou radicalmente a paisagem, e mudou também a hierarquia dos elementos que compunham a paisagem: a igreja, antes em posição de destaque, passou a ficar “intimidada” entre os prédios em altura.

O Rio de Janeiro antes da Corte
Enquanto a família real portuguesa não colocava os pés no Brasil, o Rio de Janeiro era uma cidade muito simples, com casas térreas e ruas estreitas.

A constituição das cidades na Antiguidade tinha por objetivo ser centro de comércio eou também como fortificações de guerra contra inimigos. Percebe-se nas cidades do período o início da divisão do trabalho e a utilização de meios de troca, como conchas e pedras semipreciososas, no comércio.

Tendo uma economia fundada na agroexportação, o Brasil dessa época contava com poucas cidades. Além de escassas, tais cidades não tinham uma integração eficiente, o que impedia com que um grande número de pessoas e mercadorias circulasse de forma eficaz.

Os estados menos urbanizados do Brasil são Pará, Maranhão e Piauí, enquanto outros apresentam números pouco maiores, mas com índices populacionais baixos, o que torna suas cidades menores em termos demográficos, a exemplo do Acre e de Roraima.

No começo do século XX, o Rio de Janeiro era a capital do país e vivia um período de transformações. A nova imagem do Rio era planejada por Pereira Passos, prefeito da cidade, que queria dar ao Brasil características mais modernas, fugindo da visão de atraso, de país escravocrata.

O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no chão, com as pernas cruzadas. À mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa à cintura, para se defender de um inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colônia.

Salvador era considerada uma cidade mais moderna e equipada, mas a descoberta do ouro e o consequente risco de contrabando “exigia” uma capital mais perto da mina. No caso, das minas gerais, que ficavam em Minas Gerais. E aí foi isso.

O Rio de Janeiro, por exemplo, era uma cidade heterogênea, com mansões e palacetes ao lado de bairros miseráveis. Na rua do Ouvidor podiam-se encontrar as últimas novidades de Paris, mas a febre amarela e a varíola periodicamente dizimavam a população pobre.

Nas décadas de 1930, 1940 e 1950, a cidade do Rio de Janeiro era ainda a sede da administração federal. Foi, portanto, palco dos inúmeros embates e disputas políticas ocorridas no período, desde a chamada Revolução de 30, o Estado Novo, a deposição de Getúlio Vargas e seu triunfal retorno nas eleições de 1950.

A história da cidade do Rio de Janeiro está atrelada ao processo de colonização brasileira efetivado pelos portugueses. A cidade foi oficialmente fundada em 1565, após um embate entre forças portuguesas e francesas pelo controle da região.