Como era o mercado de trabalho em 2010?

Perguntado por: alopes . Última atualização: 26 de abril de 2023
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Em 2010, na média, os trabalhadores com carteira assinada no setor privado representaram 46,3% da população ocupada nas seis regiões metropolitanas da PME. No total, esse contingente somou 10,191 milhões de pessoas, uma alta de 7,2% frente a 2009 e um crescimento de 38,7% na comparação com a média de 2003.

- Em 2010, eu vou dar o balanço, nós vamos passar de 2,5 milhões (de vagas), 2,550 milhões de empregos formais gerados em um ano. É recorde na história do Brasil - afirmou.

No acumulado do ano, foram 21,6 milhões de contratações e 20,3 milhões de demissões no mercado formal. Praticamente metade dos empregos criados foi do setor de serviços, com saldo de 666.160, crescimento de 4,32%. O comércio abriu 372.368, expansão de 4,38%, e a construção civil criou 149.290, com alta de 5,17%.

Com Lula, Brasil gerou 15,4 milhões de empregos
Em 2010, último ano do ex-presidente, era de 44 milhões. Os números indicam que cerca de 15,4 milhões de empregos foram criados no período, e não 22 milhões.

A geração de 15 milhões de empregos formais é, sem dúvida, o principal legado que o governo do Presidente Lula deixa para o Brasil.

Aplicativos, novas formas de hierarquia, flexibilidade nos horários e diferentes ambientes de trabalho são alguns do itens que compõem o pacote de novidades do mercado de trabalho atual. Acompanhe abaixo mais detalhes sobre como cada uma dessas particularidades está reconfigurando o mercado e as relações de trabalho.

No ano 2000, dos 38,1 milhões de trabalhadores que eram empregados de estabelecimento 27,6 tinham contrato formal (72,4%). Dos 4,9 milhões que trabalhavam no serviço doméstico, apenas 1,5 milhão tinham carteira de trabalho assinada pelo empregador (30,6%).

A divisão do trabalho se dava a partir do sexo, ou seja, mulheres ficam em casa, cuidam dos filhos e do marido. Já o homem trabalhava fora de casa e pagava as contas.

Para o economista e professor da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda, um dos fatores que contribuíram para o bom resultado no ano passado foi o conjunto de medidas adotadas pelo governo em 2009, quando houve aumento de gastos públicos, redução de impostos e expansão do crédito, o que contribuiu para um aumento do consumo.

O investimento de empresas foi apenas um dos pontos que ajudaram a alavancar o PIB brasileiro em 2010. A soma de todos os bens e serviços produzidos no país cresceu 7,5% em comparação ao ano anterior.

O crescimento de 7,5% do produto interno bruto (PIB) em 2010 com relação a 2009 - a maior alta desde 1986 - colocou o Brasil em terceiro lugar entre os países que mais cresceram no ano passado, ficando atrás apenas da China e da Índia, que alcançaram 10,3% e 8,6% de crescimento nesse período.

O surgimento das fábricas e os avanços tecnológicos do período geraram a necessidade de se contratar mão de obra. Com isso, muitas pessoas passaram, gradativamente, a trabalhar nas cidades, e não mais no campo. Antes da Revolução Industrial, o trabalho era manual e os trabalhadores não recebiam um salário fixo.

O resultado é inferior ao registrado em 2012, ano que foram gerados 1.301.842 empregos. No ano passado, a criação de postos de trabalho no setor de serviços aumentou 3,37% (+546.917 vagas) na comparação com o ano anterior.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados pelo ministro Brizola Neto nesta sexta-feira (25), o Brasil criou 1.301.842 postos de trabalho com carteira assinada em 2012.

Assim, o governo Bolsonaro tem as duas maiores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua: 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, período de pandemia e flexibilização crescente das modalidades de contratação. A menor continua sendo a registrada em 2014 (6,9%).

Outras medidas relevantes implementadas pelo governo nos 100 primeiros dias foram o reajuste de 39% da merenda escolar e o conjunto de ações para promover a igualdade salarial entre homens e mulheres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (2) a Medida Provisória que mantém o benefício de R$ 600 do Auxílio Brasil (MP 1.155/2023).

A inflação mais baixa do período ocorreu no primeiro governo Lula, 5,51%, segundo cálculos do Banco Brasil Plural. O primeiro mandato de Lula teve IPCA médio de 6,43%. Nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, a inflação foi de 9,71% e 8,78%, respectivamente.

Desde 2003 houve crescente geração de empregos com carteira assinada, tendência que atinge o ápice em 2010, quando foram gerados mais de 2,5 milhões de empregos formais. Mesmo em 2013 e 2014, a geração líquida de postos de trabalho formal foi positiva, em 1,1 milhão e 391 mil, respectivamente.

A inflação oficial do país observada entre 2019 e 2022 ficou em 26,93%, no maior patamar para um mandato desde o primeiro governo de Dilma Rousseff, que aconteceu entre 2011 e 2014 (27,03%).

Estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real em abril de 2023 (R$ 2.909) foi 0,5% menor que o observado no mês anterior (R$ 2.923) e 0,6% menor que o registrado em dezembro de 2022 (R$ 2.928). A renda efetiva também cresceu 7,1% na comparação interanual.

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