Como era o corpo físico na Idade Média?

Perguntado por: edias8 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Durante a Idade Média, o corpo foi reprimido e censurado pelo dogmatismo religioso, nesse período, a Igreja era detentora do saber, controlando, assim, as concepções criadas sobre o mesmo. A sociedade desta época se preocupava mais com a salvação da alma do que com os cuidados que se deviam dar ao corpo.

O corpo na Idade Média ficava entre duas polaridades: ora glorificado como o corpo de Cristo, ora desprezado como fonte de desejos. Segundo Le Goff e Truong (2014): As manifestações sociais mais ostensivas, assim como as exultações mais íntimas do corpo, são amplamente reprimidas.

Na sociedade moderna, o corpo virou destaque, era objeto de uso, contemplação, personalização, exploração individual refletida nas telas de TV. E cada dia mais se tem informações sobre ele.

Idade Média Recebendo influências da cultura judaica e cristã, a partir da Idade Média, as representações de nu e culto ao corpo dão lugar ao recato. Especialmente o corpo feminino era considerado como "tentador" e o conceito de belo estava conectado ao divino, ao plano espiritual, às virtudes morais.

Grécia antiga (500 a.C. a 300 a.C.)
Pele branca, seios fartos, coxas grossas e cintura larga configuravam o padrão da época.

Atribui-se à Grécia Antiga a origem da musculação. Nos primórdios da prática, os antigos provavelmente usavam pedras como peso na cidade de Olímpia. Relatos de 1896 a.C., por exemplo, indicam que pessoas já praticavam arremesso de pesos, também com pedras, em competições.

Além da supervalorização da juventude com um bem em si mesmo, acrescentou-se a ideologia de um corpo não só jovem, mas também portador de medidas ideais. Um corpo magro, belo e jovem virou um mandamento ligado à idéia de sucesso e felicidade de nossa época.

Uma mudança de paradigma muito interessante acontece: devido ao surgimento do espartilho e da disseminação de seu uso, as cinturas finas começam a fazer parte do imaginário de beleza. Assim, podemos ver como a moda, uma questão totalmente cultural, foi capaz de afetar a percepção do que era um corpo bonito.

O corpo era valorizado pela sua capacidade atlética, sua saúde e fertilidade. Em Esparta, atividades corporais recebiam um lugar de destaque na educação de jovens, que buscavam um corpo saudável e fértil. Já em Atenas, no modo de educação corporal, prevalecia o ideal de ser humano belo e bom.

A concepção de corpo do Renascimento é totalmente diferente das anteriores. É nesse período que o homem passa a se redescobrir através das artes, principalmente. Existe uma preocupação com a liberdade do ser humano, onde o mesmo é o centro do Universo (Antropocentrismo).

Nosso corpo, como um lugar sagrado, é o espaço onde Deus habita seu próprio povo e, segundo o apóstolo Paulo, é o corpo individual do cristão que o Espírito Santo de Deus fixa sua residência.

Na Grécia Antiga, berço da civilização ocidental, surgiu a idéia do corpo perfeito conquistado por meio da atividade física. Os homens helênicos não se envergonhavam de exibir-se despidos em jogos e danças. Mais do que isso, gostavam de se admirar.

Durante a Pré-História, o corpo era considerado a arma de sobrevivência dos indivíduos, tanto para a caça quanto para a fuga dos predadores. Mesmo assim, os padrões de beleza já tinham notoriedade quando o homem começou a viver em grupos.

Ao longo do tempo os padrões de beleza se modificam conforme as tendências de cada época. Mas no Brasil, o padrão se consolidou pela sensualidade, seios fartos e quadris largos, muito influenciado pela cultura indígena, carnavalesca e liberdade de exposição de corpos.