Como era o casamento tupi?

Perguntado por: ebrito . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
4.6 / 5 16 votos

Geralmente, a cerimônia do casamento acontece ao ar livre e é celebrada pelos anciãos da tribo. Possuem duração bem maior do que casamentos da cultura do homem branco. Apesar dos rituais serem diversificados entre as tribos, as cerimônias aborígenes têm em comum o alto nível de espiritualidade e misticismo no evento.

Segundo a tradição Deni, os índios geralmente se casam perto dos 15 anos de idade e as índias aos 11 ou 12 anos. Durante a gravidez, os pais devem manter relações sexuais até momentos antes do nascimento.

Originalmente, os tupis praticavam a poligamia. Quanto mais mulheres tivesse um homem, maior era seu status dentro da tribo. Com a chegada dos missionários jesuítas, no entanto, este costume foi combatido e substituído pela monogamia.

A primeira é a caçada do guerreiro para o noivo mostrar para a comunidade que já está pronto para sustentar a sua família e a segunda é a corrida do tronco com o peso da noiva, para mostrar que está pronto para defender a sua mulher e a sua família.

A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas podia atingir até 600. Viviam da caça, coleta, pesca, além de praticarem a agricultura, sobretudo de tubérculos, como a mandioca e a horticultura.

Acreditavam nas forças da natureza, na divindade de animais, de plantas e do próprio homem interagindo com todos os elementos. Pela tradição oral repassavam os costumes e as orientações para os rituais de vida e de morte.

A base da alimentação dos índios brasileiros são as frutas, raízes, ervas e peixes. Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza.

Costumes dos Índios Guarani
Os cânticos guaranis são entoados como uma forma de demonstrar aos deuses que existem sobre à terra. Sua música também é utilizada para o controle das forças da natureza, como falta ou excesso de chuva. Os cantos são entoados ao som de cabaças, transformadas em instrumentos musicais.

Elas são celebradas por meio do oferecimento de comida e bebida, e, às vezes, de cantos e objetos. Um exemplo de objeto presente nos rituais indígenas é o chocalho, utilizado para cura e purificação. Hoje em dia, artefatos ritualísticos também são vendidos como artesanato.

Cada maloca é dividida internamente em espaços menores, de mais ou menos 36 metros quadrados, onde reside uma família. Esse pequeno espaço recebe o nome de oca. Na tradição indígena, cabe aos homens construir e erguer a estrutura das malocas enquanto as mulheres socam o barro a ser assentado no chão da habitação.

As formas de organização das aldeias indígenas são distintas de um povo para outro. Algumas tribos preferem construir suas aldeias em forma de ferradura; já outras optam pela forma circular; outros, ainda, constroem uma única habitação coletiva.

Indígena significa "originário, aquele que está ali antes dos outros" e valoriza a diversidade de cada povo. Para se referir ao dia 19 de abril, a Secom adota o termo Dia dos Povos Indígenas (com iniciais maiúsculas), em vez de Dia do Índio.

Só para se ter ideia, as índias não tinham pelos pubianos. De início, imaginava-se que elas teriam nascido sem esses pelos, mas, tempos mais tarde, descobriu-se que na verdade elas os rapavam com artefatos feitos com espinha de peixe.

Não existe um casamento indígena, mas multiplicidade de costumes indígenas que variam conforme o povo, portanto diferentes casamentos indígenas, cada qual com suas peculiaridades. Um exemplo emblemáticos surge para o jurista na questão da poligamia/poliandria.

Todos se depilavam, cortavam e lavavam os cabelos. Para isso, usavam produtos vegetais como o óleo de andiroba e extrato de pitanga, que ainda hoje são usados na indústria de higiene pessoal. Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam.