Como era o casamento dos judeus?

Perguntado por: abaptista4 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Diferentemente dos casamentos tradicionais, no casamento judaico os pais levam os noivos à Chupá, o altar judaico (que simboliza o passado, presente e futuro, e representa o novo lar do casal), carregando velas acesas. O primeiro a entrar com os pais é o noivo e na sequência a noiva.

Isso porque o Talmud e a Cabalá nos ensinam que o casamento não é apenas uma união entre dois indivíduos. É a reunião de duas metades compatíveis. Um casal compartilha a mesma alma que, no nascimento, se divide em duas metades incompletas. Com o casamento, elas se reúnem e se tornam, mais uma vez, completas.

Os casamentos nos tempos bíblicos nem sempre eram feitos por amor em si, mas para o benefício mútuo de ambas as famílias envolvidas. As uniões eram geralmente arranjadas pelos pais da noiva e do noivo, e começavam com um noivado.

Mas não eram quatro?

Na cerimônia judaica, após as sete bênçãos, recitadas no ritual, que se referem à criação do mundo e do homem, à sobrevivência do povo judeu e da terra de Israel, ao casamento, à felicidade do casal e à criação da família, o noivo tira o véu da noiva e quebra um copo no chão.

Antes da cerimônia e perante duas testemunhas, o casal assinava um documento escrito em aramaico (ketubá), que era lido em voz alta, e estabelecia as obrigações do homem, a partir do enlace matrimonial. Sem essa espécie de contrato (que ficava sob a guarda da noiva) o casal não podia viver junto, debaixo do mesmo teto.

O casamento na Bíblia normalmente era motivo para comemorações animadas e que poderiam durar uma semana, ou mais. O curioso é que o matrimônio acontecia em duas etapas: a primeira era o noivado, celebrado diante de testemunhas. Através dele, a jovem era destinada ao rapaz, sem relação conjugal.

Qual foi o primeiro casamento da Bíblia? Adão e Eva foram casados para o tempo e a eternidade pelo Pai Celestial. (Ver Moisés 3:24–25; Gênesis 2, cabeçalho do capítulo; Eclesiastes 3:14.) O marido e a mulher devem deixar os pais e apegarem-se um ao outro.

Na tradição judaica, o namoro não existe com fins de entretenimento. Ele é reservado para homens e mulheres que estão, verdadeiramente, procurando sua alma gêmea. E estamos falando de um “namoro” bem diferente dos que vemos por aí.

O nome dos cachinhos é peiot, a palavra vem do plural de peá, que significa borda em hebraico. Muitos homens da comunidade ultraortodoxa usam as peiot por interpretarem uma lei da Torá, que proíbe raspar os pelos laterais do rosto, muito ao pé da letra, e por isso, preferem manter os pelos sem cortar.

O divórcio é um dos preceitos positivos da Torá. Em caso de separação, o marido deve escrever um sefer-critut (um documento de rompimento) entre ele e a sua esposa, conforme consta na Torá, no livro Deuteronômio, XXIV.

sete dias

A cerimônia de casamento judaico
Na Chupá, os pais da noiva e a noiva dão sete voltas ao redor do noivo. Esse ritual simboliza os sete dias de criação do mundo.

“Se alguém casar no serviço religioso e, antes de validar esse casamento civilmente no cartório, vier a casar-se com outra pessoa no civil, o segundo casamento, o civil, será válido, e o primeiro, o religioso, será nulo, como se nunca tivesse existido aos olhos da lei”.

Deus considera o casamento um acordo entre marido e mulher, bem como um compromisso entre o casal e Ele. Ele espera que nos dediquemos ao relacionamento e reconheçamos nossas responsabilidades, nossos deveres e nossa lealdade ao cônjuge e a Deus.

A alta ocorreu entre os judeus seculares, grupo no qual a taxa de fertilidade chegou aos 2,2 filhos por família. Trata-se do índice mais alto de todos os países considerados desenvolvidos.

As duas formas podem estar corretas, em função do contexto.
Judia é a forma feminina de judeu e refere-se a «pessoa proveniente da Judeia ou que segue o judaísmo». Regra geral, as palavras masculinas terminadas em -eu fazem o feminino em -eia.

De acordo com a tradição mística judaica, a pessoa quando morre encontra-se com o Criador. E seria indecoroso contemplar a Presença Divina ao mesmo tempo em que se observa as coisas mundanas. Fechando os olhos do falecido para o mundo físico, permitimos que ele os abra para a paz do mundo espiritual.

Em algumas regiões brasileiras, certos costumes judaicos podem ser identificados, tais como: o descanso no sábado (shabat), a circuncisão de filho; fazer a higiene da casa na sexta-feira; banhar e amortalhar um defunto; e celebrar as datas judaicas.