Como era chamada a cerimônia de casamento na Idade Média?

Perguntado por: rribeiro . Última atualização: 18 de maio de 2023
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O elo formalizado entre nobres em uma importante instituição feudal.

O casamento na Bíblia normalmente era motivo para comemorações animadas e que poderiam durar uma semana, ou mais. O curioso é que o matrimônio acontecia em duas etapas: a primeira era o noivado, celebrado diante de testemunhas. Através dele, a jovem era destinada ao rapaz, sem relação conjugal.

Para os casais de mesmo sexo, a idade média foi 35 anos para os homens e 34 anos para as mulheres. Quando os cônjuges homens eram solteiros, a idade média na data do casamento correspondeu a 31 anos, enquanto entre as mulheres essa idade foi 30 anos.

Da forma como a gente conhece hoje, o casamento teve sua origem na Roma Antiga. Na época, surgiram as primeiras cerimônias religiosas com a presença formal... de uma noiva. Uma cerimônia de casamento naquela época trazia elementos similares aos que a gente encontra num casamento hoje em dia.

Burgos foram um modelo de cidade pequena que surgiu na Europa na transição para a Idade Moderna, existindo fora da estrutura feudal. Estas cidades eram algo entre um espaço urbano e um rural. Havia muita movimentação, produção de bens e recursos — os quais eram a base para manutenção de vários vilarejos próximos.

Os grandes banquetes incluíam vários serviços, normalmente três ou quatro, embora se conheçam casos em Itália que tinham dez. Por seu turno, cada serviço compunha-se de vários pratos que se colocavam na mesa de forma a que cada comensal pudesse retirar o que lhe apetecia.

Durante a Idade Média, a Europa viu a estruturação do feudalismo, o surgimento do Império Carolíngio, a expansão do cristianismo e o fortalecimento da Igreja Católica. Fora do contexto europeu, surge do Islamismo e a expansão dos muçulmanos pelo norte da África e pela Península Ibérica.

- Muitas vezes, para oficializar o compromisso, realizava-se uma cerimônia, seguida de um banquete e troca de presentes. Era bem comum o noivo e a noiva trocarem presentes. Essa prática durou por muito tempo. - O casamento era motivo para celebrações alegres e animadas, que poderiam durar até uma semana ou mais.

Para a comunidade judaica, o dia do casamento é considerado o dia do perdão. É um meio de Deus perdoar os noivos e os purificarem para uma nova vida juntos, limpos de qualquer pecado. Essa purificação ocorre por meio do jejum e orações que ocorrem nas horas que antecedem o casamento.

Antes da cerimônia e perante duas testemunhas, o casal assinava um documento escrito em aramaico (ketubá), que era lido em voz alta, e estabelecia as obrigações do homem, a partir do enlace matrimonial. Sem essa espécie de contrato (que ficava sob a guarda da noiva) o casal não podia viver junto, debaixo do mesmo teto.

Como era comum na época, Jacó fez um acordo com o pai de Raquel para que pudesse se casar com ela. Por isso, o homem trabalhou sete anos pela amada, que “lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gn 29, 20).

O pai da noiva paga as despesas do casamento
Antigamente o dote era uma tradição no qual a família da noiva doava à família do noivo uma quantia de bens e dinheiro como uma espécie de adiantamento da herança.

A saúde era precária, mas as pessoas medievais não gostavam de sujeira. Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal comparada com hoje. As ruas das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse esterco levava à reprodução de parasitas.

Meação é o termo que designa a metade ideal do patrimônio comum do casal, a que faz jus cada um dos cônjuges. No regime da comunhão universal de bens, todos os bens se comunicam, tanto os adquiridos anteriormente como os posteriormente ao casamento, salvo cláusulas restritivas.

Tipos de Casamento no Civil
Os regimes existentes são: Comunhão Universal de Bens. Comunhão Parcial de Bens. Separação de Bens.

Os principais regimes de bens utilizados pelos casais são: comunhão parcial de bens, comunhão universal de bens e separação total de bens. Além destes, existem o de separação obrigatória de bens – decorrente da lei -, o de participação final nos aquestos e o regime misto.

O casamento não consagrava um relacionamento amoroso. Era um negócio de família, um contrato que dois indivíduos faziam não para o prazer, mas a conselho de suas famílias e para o bem delas. O principal papel do casamento era servir de base a alianças cuja importância se sobrepunha ao amor e à sexualidade.

Adão e Eva foram casados para o tempo e a eternidade pelo Pai Celestial. (Ver Moisés 3:24–25; Gênesis 2, cabeçalho do capítulo; Eclesiastes 3:14.) O marido e a mulher devem deixar os pais e apegarem-se um ao outro.

O casamento é o "vínculo estabelecido entre duas pessoas", já o matrimônio é um dos Sacramentos da Igreja.