Como era a maquiagem na Grécia antiga?

Perguntado por: eteixeira . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Por isto a maquiagem deveria sempre ser discreta e não destruir “as harmonias criadas pela natureza”. A tez deveria ser branca (muitas vezes maquiada com gesso e cal, as bochechas rosadas, os olhos maquiados com cinzas ou açafrão e os cílios escurecidos).

A depilação não começou nos anos modernos, as mulheres da Grécia clássica costumavam remover os cabelos do corpo. Elas usavam lâmpadas de óleo para queimar os cabelos mais longos, enquanto os pelos mais finos eram removidos com lâminas de barbear feitas de cobre ou com pinças e cremes especiais.

As mulheres gregas usavam uma túnica folgada de lã ou de linho, que se prendia nos ombros ou se abotoava. Na Grécia Antiga, não havia nada parecido com o costume actual de comprar nas lojas o último modelo de vestuário.

Desde a Grécia Antiga, o corpo é encarado como um santuário. Os Jogos Olímpicos representavam essa visão, com toda a beleza de corpos atléticos e vigorosos. Ficava clara a concepção de que um corpo bonito e saudável era sinônimo de beleza e virilidade.

Pele branca, seios fartos, coxas grossas e cintura larga configuravam o padrão da época. A sociedade esperava que as mulheres tivessem olhos grandes, pés pequenos, cintura fina, cabelo longo e bem escuro, dentes brancos e pele pálida. Um corpo arredondado, com quadris largos e seios grandes, era sinônimo de beleza.

Como dissemos no começo, um dos primeiros registros do uso de maquiagem são dos tempos egípcios, mais especificamente por volta de 3.100 a.C, onde homens e mulheres usavam minérios para pigmentar os 'produtos'.

Maurice Levy

Em 1915, o inventor americano Maurice Levy apresentou o primeiro batom em um tubo de metal deslizante. Esse momento pode ser considerado o nascimento desse cosmético como o conhecemos hoje.

O contorno de suas pálpebras era feito com khol, um pó preto condensado que dá origem ao kajal, produzido pelos próprios egípcios.

Atribui-se à Grécia Antiga a origem da musculação. Nos primórdios da prática, os antigos provavelmente usavam pedras como peso na cidade de Olímpia. Relatos de 1896 a.C., por exemplo, indicam que pessoas já praticavam arremesso de pesos, também com pedras, em competições.

O culto ao corpo era uma das principais características dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga, onde o aspecto físico do homem era glorificado e exaltado.

Apesar dos estereótipos que retratam os homens gregos como geralmente baixos, graças à dieta mediterrânea saudável e ao clima ameno, a população masculina da Grécia tem uma altura média de mais de 172,5 cm.

Acredita-se que os antigos já sabiam que a mistura de corantes azuis, vermelhos e amarelos produzia novas cores. Por dezenas de séculos os processos de tingimentos eram feitos com corantes naturais. Três corantes orgânicos vegetais foram os principais corantes durante a maior parte deste tempo.

As mulheres de bumbum grande claramente tinham uma ligação com a deusa do amor e da beleza. Assim, cintura larga e braços brancos, algumas vezes esbranquiçados pela aplicação de uma espécie de maquiagem na cor branca, eram características apreciadas pelos gregos. As ruivas também tinham certa vantagem.

Na Antiguidade, a beleza estava mais ligada aos conceitos de saúde. Na Grécia Antiga, o corpo belo era aquele que mostrasse harmonia e proporção. Nas mulheres, as curvas eram o ideal: seios volumosos e quadril largo eram sinais da capacidade física feminina de procriar.

Eles consideravam os deuses semelhantes aos homens em virtudes e defeitos, sujeitos às mesmas paixões e impulsos, embora dotados de imortalidade e de força, velocidade e beleza superiores. Assim, desejar um corpo belo, forte e rápido era um meio de se aproximar dos deuses e, com isso, da perfeição.

Porém, a história da beleza mostra que nem sempre foi assim. Na Pré-História, o ideal de beleza feminina eram justamente as mulheres voluptuosas, cheias de curvas generosas nos seios, barriga, bumbum e coxas. Você já deve ter visto uma imagem da famosa Vênus de Milo, que corresponde exatamente a essa descrição.

Acreditava-se que a beleza era uma consequência da sua obediência, devoção, pureza e castidade, assim como a Virgem Maria. Para o sexo masculino, essas questões estavam ligadas ao poder, tanto que a maior referência para os homens era o rei.

O papel da mídia como grande responsável por propagar os conceitos de padrão de beleza, também é muito discutido. A televisão e o cinema, por exemplo, ajudaram a construir a ideia de um determinado padrão ideal associado à beleza. Atualmente, as redes sociais também têm grande influência na difusão deste padrões..

Max Factor

Muito mais que a história da indústria moderna dos cosméticos, o que emerge da leitura de “Max Factor – O homem que mudou as faces do mundo”, lançado pela Matrix Editora, é a própria história do cinema hollywoodiano.