Como era a gravidez das escravas?

Perguntado por: emorais8 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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“A gestação para as escravas era um problema, pois, uma vez grávidas, elas não recebiam tratamento adequado e as condições eram as mais severas possíveis. Eram obrigadas a trabalhar e o esforço físico muitas vezes levava ao aborto natural, ou as crianças morriam depois de nascidas.

Mulheres escravizadas grávidas ou que tinham parido recentemente eram muito valorizadas no mercado de escravos, o que fazia com que a reprodução fosse estimulada por ser rentável para o tráfico. Mas ser “escrava reprodutora” não significava que essas mulheres eram mães.

No passado, elas viviam submetidas ao trabalho duro, castigos e grande violência. Com o fim da escravidão, elas tornaram-se livres dos jugos impostos pelo senhor, mas não conseguiu livrar das péssimas condições de trabalho e baixa remuneração pelas quais passaram.

Mucamas eram escravas negras de estimação que auxiliavam nas tarefas domésticas ou acompanhavam pessoas da família, principalmente as sinhás-donas (as donas de casa) e sinhás-moças (as filhas moças da família), na época da escravidão no Brasil.

Descrevendo a vida doméstica dos senhores de escravos em Barbados, ele notou que as escravas mais bonitas e limpas eram empregadas no serviço doméstico, a fim de que pudessem satisfazer seus senhores em modos diferenciados (OLDNMIXON, 1708).

Secretamente, proprietários de escravos estupravam as mulheres escravizadas e quando a criança nascida crescia e alcançava uma determinada idade onde já pudesse trabalhar nos campos, eles tomavam seus própri... os filhos e transformavam em escravos.

Até a alguns anos atrás, os filhos estavam sob a responsabilidade, proteção e cuidados dos pais. Por eles, eram educados, socializados, aprendiam como “viver a vida” com dignidade, honestidade e conduzir-se de forma inteligente pelos seus caminhos vindouros.

Podem-se distinguir dois tipos de trabalho escravo com características próprias: o produtivo, nas lavouras ou nas minas, e o doméstico.

Descendentes afirmam que Roque Florêncio viveu por volta de 130 anos e teve mais de 200 filhos biológicos. Os relatos e documentos sobre a vida do ex-escravo nascido em Sorocaba (SP) e criado em fazendas e vilarejos na região de São Carlos está sendo documentada por duas universidades.

Familiares e um estudo afirmam que ele teve mais de 200 filhos e, segundo a certidão de óbito, morreu com 130 anos. O documento, lavrado em 17 de fevereiro de 1958, aponta que Roque morreu por insuficiência cardíaca, miocardite, esclerose e senilidade.

Senzala era o nome dado aos alojamentos que encarceravam os escravizados no Brasil durante o período colonial. Não existiu um padrão para essas construções, sendo cada uma delas adaptada à realidade de cada engenho, mas grande parte delas era feita de taipa, isto é, de barro, com telhados de palha.

As escravas negras ficaram conhecidas como mulheres que devido ao seu porte físico e características raciais, poderiam dar o peito para os filhos dos senhores. Elas eram obrigadas a rejeitarem do leite materno sua própria prole, o que aumentava os índices de mortalidade entre as crianças escravas.

Após a chegada ao local de trabalho, os escravos tinham seus corpos marcados com ferro em brasa, para identificação dos seus proprietários. Ou seja, eram marcados da mesma forma que os animais. A escravidão negra no Brasil perdurou até 1888, quando foi decretada a abolição da escravatura.

A condição da vida escrava era desumana. Os escravos se alimentavam de forma precária, vestiam trapos e trabalhavam em excesso. Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala.

As primeiras eram contratadas como criadas para trabalharem na casa de uma família com posses, onde exerciam a tarefa específica de amamentar e cuidar de crianças, por vezes também como amas secas, ou seja, continuando a cuidar dessas crianças já numa idade em que não eram amamentadas.