Como era a família na sociedade patriarcal?

Perguntado por: ameireles . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Chamamos de patriarcal a família chefiada por um homem (o patriarca, ou seja, o pai), que tem por responsabilidade adquirir alimentos e cuidar da segurança de seus filhos e de sua esposa. Nesse modelo, no início, os homens caçavam para alimentar a esposa e os filhos, que ficavam sob os cuidados da mãe.

De fato, ela é fundamental para a defesa do território e à organização da economia colonial além dos muros casa grande e senzala. Sem dúvida a família patriarcal foi um modelo de suma importância na sociedade colonial deixando raízes em nosso cotidiano.

Antigamente, o modelo familiar predominante era o patriarcal, patrimonial e matrimonial. Em tal modelo tínhamos a figura do “chefe de família”, era o líder, o centro do grupo familiar e responsável pela tomada das decisões. Era tido como o provedor e suas decisões deveriam ser seguidas por todos.

Algumas características de uma sociedade patriarcal
Os homens são considerados os únicos sujeitos aptos para conduzir a vida política, econômica, moral e social. Somente eles teriam capacidade suficiente para tomar decisões importantes. As mulheres são consideradas mais fracas, tanto física quanto mentalmente.

A sociedade colonial brasileira foi constituída em um modelo patriarcal, onde o homem não era somente o chefe de família, mas também o dono de tudo. A princípio toda fonte de subsistência da sociedade estava ligada à agricultura e ao latifúndio.

É a família em que a autoridade e os direitos sobre os bens e as pessoas concentram-se nas mãos do pai. Seu sentido, além de uma patrilinearidade, é um sistema social político e jurídico que vigorou no mundo ocidental até o século XX.

Em uma cultura patriarcal, o homem assume a responsabilidade e a autoridade política, moral e religiosa sobre as mulheres e os filhos confiados à sua proteção. Historicamente, o termo “patriarcado” significava o governo autocrático do chefe de uma família.

Mesmo com toda essa diversidade podemos citar algumas características que as famílias atuais vem apresentando em comum como, a diminuição do número de membros, de casamentos religiosos, aumento na participação feminina no mercado de trabalho, participação de vários membros da família em sua econômia, o chefe da família ...

A principal mudança que separa, que diferencia a família moderna da antiga família está no crescimento da violência. Infelizmente, crianças e idosos são obrigados a conviver com o duro cenário em que mortes, assaltos e o medo são os principais protagonistas.

Todo convívio familiar pressupõe uma relação de afeto, sendo extremamente importante porque gera laços duradouros onde cada um é uma extensão do outro. Quando não há uma relação, esse convívio fica defasado, afetando a forma como os filhos aprendem relações sociais, regras e condutas.

O patriarcado depende da formatação da construção social do gênero. A mulher se torna frágil, doméstica, quieta, passiva. O homem, portanto, deve criar uma masculinidade violenta, agressiva, poderosa, imperante. Isso está no seio da constituição da família patriarcal.

Até a alguns anos atrás, os filhos estavam sob a responsabilidade, proteção e cuidados dos pais. Por eles, eram educados, socializados, aprendiam como “viver a vida” com dignidade, honestidade e conduzir-se de forma inteligente pelos seus caminhos vindouros.

Redução do trabalho familiar: essa era uma prática comum no meio rural, consistia em ter muitos filhos para exercer atividades nas propriedades rurais, assim a família não precisava pagar um trabalhador assalariado.

As famílias são responsáveis por garantir a saúde, segurança, educação e bem-estar geral das crianças e por ensinar-lhes valores e comportamentos sociais apropriados.

Logo, a influência da sociedade patriarcal na identidade feminina atualmente está incluída no impacto na imagem da mulher em nível social, profissional e familiar e nas próprias relações de violência de gênero, como por exemplo, o Feminicídio (homicídios devido ao gênero).

O grande agregado familiar patriarcal incluía mulheres, crianças, escravos e servos domésticos, todos sob o domínio de um ou mais homens. Atualmente o termo também é usado para se referir à dominação masculina e ao poder dos homens sobre as mulheres não apenas no âmbito doméstico.

Os homens usavam sua riqueza para atrair mulheres jovens para os recursos que eles tinham a oferecer. Os homens concorriam pagando o "preço da noiva" para a família dela. Com isso, os homens ricos podiam ter várias esposas, enquanto alguns pobres acabavam solteiros.