Como era a economia durante a ditadura militar?

Perguntado por: uresende . Última atualização: 30 de abril de 2023
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É verdade que a economia brasileira nunca cresceu tanto como nos primeiros anos do regime militar. A taxa média anual de crescimento do PIB naquele período girava em torno de 10% —grande parte dessa expansão foi possível graças a empréstimos tomados de instituições internacionais.

Além da concentração de renda, ficou claro o enfraquecimento dos sindicatos nesse período. A economia se tornou refém do crédito e do preço baixo dos produtos de importação (por isso, com a crise do petróleo, a euforia do regime deixou de ser milagrosa). Além disso, não havia qualquer rede de proteção ao trabalhador.

O aumento da desigualdade que ocorreu durante o regime militar foi fruto de políticas para conter a inflação que, entre 1964 e 1984, foi em média de 64,5% ao ano. Não à toa, em 1965, a fração recebida pelo 1% mais rico era cerca de 10% do bolo total.

Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda. O principal motivo era a defasagem dos salários mais baixos.

Nos últimos 20 anos, de 2002 a 2022, o Brasil teve uma média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% ao ano, de acordo com cálculos da consultoria MB Associados. O segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010) foi o que teve a maior média de crescimento desde os anos 1990, com 4,6% ao ano.

O crescimento econômico durante a ditadura começou a ser alavancado durante o Governo de Castelo Branco, que adotou um ambicioso programa de reformas para equilibrar as contas públicas, controlar a inflação e desenvolver o mercado de créditos.

Criação da caderneta de poupança e do FGTS. Construção de estradas, portos e hidrelétricas. Abertura ao capital estrangeiro. Todas essas medidas — instituídas ou aprofundadas durante a ditadura militar — continuam influenciando a vida econômica dos brasileiros.

O chamado milagre econômico possibilitou a internacionalização da economia brasileira, já no cenário interno, ele gerou um mercado consumidor e a criação de alguns slogans de defesa do regime como “Ninguém segura este país”, “Pra frente Brasil”, ou mesmo o que dava um ultimato aos opositores do regime, “Brasil: ame-o ...

Na economia, o principal símbolo do governo Figueiredo foi o aumento da inflação, que chegou a 225,9% ao ano em fevereiro de 1985 (estava em 46,1% ao ano no primeiro mês de seu governo). A dívida externa chegou a US$ 100,2 bilhões em 1984, representando um crescimento de US$ 50,3 bilhões em relação a 1979.

A crise de 2014/2017 da economia brasileira teve como origem uma série de choques de oferta e demanda, na maior parte ocasionados por erros de políticas públicas que reduziram a capacidade de crescimento da economia brasileira e geraram um custo fiscal elevado.

A Ditadura Militar ficou marcada por ser um período de exceção, no qual todo tipo de arbitrariedade foi cometido pelo governo em nome da “segurança nacional”. A ditadura ficou marcada pelas prisões arbitrárias, cassações, expurgos, tortura, execuções, desaparecimento de cadáveres e até mesmo por atentados com bombas.

"Você tinha uma segurança muito forte para andar na rua. Os índices de criminalidade eram infinitamente menores do que os de hoje. O nível das escolas estaduais eram excelentes e os professores ganhavam bem", comenta.

O golpe militar de 31 de março de 1964 tinha como objetivo evitar o avanço das organizações populares do Governo de João Goulart, acusado de comunista. O ponto de partida foi a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961.

Em 1985, a eleição indireta para presidente aconteceu: o candidato dos militares era Paulo Maluf e o candidato da oposição era Tancredo Neves. A eleição de Tancredo Neves e seu vice, José Sarney, colocou fim à ditadura militar e deu início a um novo período democrático na história brasileira.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o primeiro PIB da nova era Lula cresceu 4% e também ficou bem acima das expectativas, que estavam em 3,1%. Mas nem todos os atores da economia brilharam nesse espetáculo.

Durante os anos do governo Lula, o PIB brasileiro teve um crescimento médio de 4% ao ano |3|. Esse cenário de crescimento econômico, conforme citado, ancorou-se, sobretudo, no crescimento das exportações de matérias-primas e commodities do Brasil para nações em vertiginoso crescimento, como a China.

Conhecido por “milagre econômico”, o período marcou também o auge da ditadura militar, então sob comando do Presidente-general Emilio Garrastazu Médici. Apontado para o cargo máximo do Executivo nacional por uma junta militar, tomou posse em 1969 e exerceu o cargo até 1974.

O resultado do primeiro trimestre é o primeiro apurado após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu em sua campanha fazer a economia crescer. Segundo o IBGE, na comparação entre entre o primeiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre deste ano, o PIB cresceu 4%.

Em pouco mais de seis meses do terceiro mandato do petista, veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República e de ministérios, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões.

Às vésperas da posse presidencial, a nova pesquisa divulgada pelo Datafolha apontou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou o país de 2003 a 2010, é considerado o melhor governante da história do país para 37% dos entrevistados.

A política econômica executada em 1967 e a delineada para 1968 são calcadas nos objetivos de redução das taxas de inflação, estabilização do nível de atividade em torno de sua tendência de longo prazo e retomada do desenvolvimento acelerado.”