Como era a cozinha dos escravos?

Perguntado por: rbarros . Última atualização: 30 de abril de 2023
4.3 / 5 2 votos

Os escravos não tinham uma alimentação farta. Comiam os restos que os seus senhores lhes destinavam. Os ingredientes nobres, o preparo requintado e as maneiras europeias à mesa aconteciam na casa grande. Enquanto isso, a cozinha negra se desenvolvia na senzala, em tachos de ferro.

A refeição deles era realizada na senzala, e havia momentos também em que os escravos se reuniam na senzala e cozinhavam a própria refeição.

A culinária afro-brasileira é adaptação de pratos de origem africana aos alimentos cultivados no Brasil. Acarajé, angu, feijoada, vatapá e muitos outros são alguns exemplos de comidas afro-brasileiras.

A base da alimentação dos escravos nas senzalas dos engenhos consista em farinha de mandioca e o angu de milho. Em alguns, eram alimentados exclusivamente com angu de milho. Agradava-lhes mais o pirão do que a farofa. No Império, a comida do escravo era igualmente a mesma das classes mais humildes e pobres.

Comia-se então peixe com farinha; carne com farinha; toucinho com farinha; açaí com farinha; café com farinha; ou tão somente a farinha, além de bolachas e bijus feitos à base de farinha. Portanto, a farinha era o alimento básico e indispensável no comer da Amazônia, como ainda o é hoje.

No regime alimentar brasileiro, a contribuição africana afirmou-se principalmente pela introdução do azeite de dendê e da pimenta malagueta, tão característicos da cozinha baiana; pela introdução do quiabo; pelo maior uso da banana; pela grande variedade na maneira de preparar a galinha e o peixe.

Os pratos afro-brasileiros
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.

O tratamento recebido pelos escravos era desumano. A alimentação, muitas vezes, era insuficiente e os escravos precisavam complementá-la com os alimentos obtidos de uma pequena lavoura que cultivavam aos domingos. Além disso, eles dormiam no chão da senzala e eram monitorados constantemente para evitar que fugissem.

São os dois pilares principais. Desejo de comer terra e morrer, durante a escravidão. E a necessidade nutricional, pela sobrevivência.” Com mesma intensidade, há também o desejo de retorno.

Com eles descobrimos o feijão preto, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu, pamonha e muito mais! Os portugueses traziam da Europa os ingredientes para fazerem suas comidas. A comida reservada para os escravos era pouca. Eles se alimentavam dos restos que sobravam dos senhores.

A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.

Vieram da África, entre outros, o coco, a banana, o café, a pimenta malagueta e o azeite-de-dendê. Sobre este, dizia Camara Cascudo: “O azeite-de-dendê acompanhou o negro como o arroz ao asiático e o doce ao árabe”. No Nordeste, são também populares o inhame, o quiabo, o gengibre, o amendoim, a melancia e o jiló.

A influência africana no Brasil ocorre através de diversos aspectos hoje comuns à nossa cultura, tais como: a língua, a culinária, as danças , as músicas, algumas religiões e demais costumes dos diversos grupos vindos do continente africano.

Além de exercerem importante papel como agregadoras da vida comunitária, mantenedoras e divulgadoras de costumes culturais advindos da África, as escravas mais velhas atuavam também como feiticeiras e curandeiras. Lançavam mão de ervas para diversos fins, entre eles o de invocar os deuses.