Como entender a morte repentina?

Perguntado por: amoura . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Seja uma morte repentina ou esperada, é fundamental permitir-se vivenciar todas as fases do luto, buscando entender os sentimentos. Chorar, desabafar, conversar com pessoas próximas são ações que nos ajudam a passar pelo processo de aceitação da perda.

O que é morte prematura? O ciclo da vida abrange o nascimento, o crescimento, o envelhecimento e a morte. Mas nem sempre esse ciclo se completa: a morte prematura é aquela que acontece antes que a pessoa envelheça, principalmente em situações inesperadas.

Falar de morte não é algo comum. Costumamos pensar na vida somente como planos, sonhos, conquistas, perspectivas, chegadas, etc., e anulamos o fato da finitude, da partida, das perdas do fim, ou seja, da morte que também é parte do ciclo da vida.

Entretanto, falar sobre o luto e todas as suas fases, negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, é importante para que se tenha consciência desse processo quando ele acontecer com você, a fim de mitigar o sofrimento quando houver uma perda e ele esses sentimentos vierem.

É importante, por mais que seja difícil, buscar o apoio de familiares e amigos. O isolamento após a perda tende a ser negativo, uma vez que os pensamentos invasivos podem sugerir um quadro de solidão (mesmo quando a pessoa possui uma rede de apoio). Dar vazão aos sentimentos é uma boa forma de deixar o luto acontecer.

Na verdade, não existe um tempo certo para superar a perda de alguém, isso depende de cada pessoa, do modo como ela enfrenta e aceita a situação. Para alguns pode demorar meses, para outros, anos.

Somos seres sensíveis e, como tal, sentimos bastante quando perdemos algum ente querido. Não é fácil lidar com a dor da perda porque envolve muitos fatores emocionais. Temos saudades, tristeza, abandono, frustração e, às vezes, até uma certa culpa e desespero.

Na verdade, sobretudo nos primeiros dias depois de perdermos alguém importante na nossa vida, podemos até não sentir nada. Pode ser tão difícil acreditar e aceitar o que aconteceu que nem conseguimos perceber o que sentimos. Esta sensação é muito confusa, mas normalmente acaba por passar.

“No estudo, foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte desse paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações gama. Então acaba sendo um ritmo de funcionamento eletroencefalográfico bastante alto, com mais de 32 hertz de frequência”, afirma Gomes.

Parece que o paciente melhora, e seria o cérebro bombardeado de substâncias que fazem parte do processo do organismo de combater uma infecção. São alterações neurológicas, que acontecem próximo à hora da morte, conclui o médico.

O luto antecipatório ainda pode ser entendido como o tipo de luto que ocorre antes da perda real e tem as mesmas características e sintomatologia das primeiras fases de luto normal, como torpor e aturdimento, anseio e protesto, desespero, como define Worden (1998).

A morte é caracterizada pelo mistério, pela incerteza e, conseqüentemente, pelo medo daquilo que não se conhece, pois os que a experimentaram não tiveram chances de relatá-la aos que aqui ficaram.

O que é morte súbita? A morte súbita é caracterizada por um evento que leva uma pessoa a óbito subitamente, isto é, de maneira inesperada, repentina. Nesse sentido, o quadro se caracteriza pela ausência de qualquer sinal prévio ou sintomas anteriores.

Sete dias também é o tempo de luto dos familiares. Isso significa que a família fica esse tempo de luto a fim de eliminar as interferências da morte na vida dos que ficam e, com isso, diluir um pouco da dor. Mas é claro, o luto pode continuar (e geralmente segue fazendo parte da rotina) ao longo da vida de quem fica.

A psicóloga Juliana acrescenta que uma das piores fases do luto é o primeiro ano após a perda, pois será o primeiro ano em que a pessoa enlutada passará os primeiros aniversários e as primeiras datas comemorativas sem a presença da outra. Essa pode ser a fase mais difícil.

“Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram”. Podemos esclarecer essa passagem como quem crê em Deus terá uma despedida tranquila, sem dor e sem sofrimento.

É comum depois do falecimento de uma mãe, pai, irmão ou mesmo marido, a pessoa entrar em alguns estados, como por exemplo, de 'não cair a ficha', de achar que é um pesadelo, de não querer conviver com essa realidade. Sendo isso alimentado, desencadeia quadros como de depressão, ansiedade, perda de peso entre outros.

Quem morre sente saudades de quem ficou, de maneira muito parecida com o sofrimento terreno. Há os mais conformados e esclarecidos. Porém a saudade é inevitável e o desejo de estar junto ao seio familiar é latente, principalmente ao se deparar com a dor provocada nos que ficaram.

Sendo assim, mesmo que esteja o coração a bater, o sangue a circular, estará o cidadão morto, uma vez tenha cessado a atividade cerebral ou encefálica. Então, a morte cerebral é a morte verdadeira, por conseguinte o cérebro é o último órgão a parar de funcionar.