Como identificar uma pessoa niilista?

Perguntado por: ajesus . Última atualização: 3 de maio de 2023
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O niilista é o indivíduo que encara a vida com indiferença. Crítica o que há a sua volta, afirmando que tudo é falso porque é tudo artificial. Desta forma, para Nietzsche, o niilismo é o sintoma do adoecimento do homem.

O Niilismo é uma concepção filosófica baseada na ideia de não haver nada ou nenhuma certeza que possa servir como base o conhecimento. Ou seja, nada existe de fato. Assim, em sua extensão para o existencialismo, o niilismo é a compreensão de que a vida não possui nenhum sentido ou finalidade.

Para isso é necessário criar novos valores!

  • Niilismo Negativo – Platonismo e Cristianismo. 11 de novembro de 2015. ...
  • Niilismo Reativo: a falsa morte de Deus. 25 de novembro de 2015. ...
  • Niilismo Passivo: Nada de Vontade. 17 de fevereiro de 2016. ...
  • Niilismo Ativo – Transvaloração de Todos os Valores. 2 de março de 2016.

O niilismo, de acordo com a perspectiva de Gianni Vattimo, filósofo niilista italiano, pode ser considerado como um movimento “positivo” – quando pela crítica e pelo desmascaramento nos revela a abissal ausência de cada fundamento, verdade, critério absoluto e universal e, portanto, convoca-nos diante da nossa própria ...

- Delírio Niilista: a pessoa acredita que o mundo deixou de existir ou que ela está morta. Outra crença que pode estar presente é a de não possuir alguma parte do seu corpo, como membros e órgãos.

Niilismo ativo
O homem está doente de si mesmo, padeceu de esperança, de sentido, de limitações. O niilismo passivo é uma febre. O homem deve recuperar sua força vital, destruir a moral e qualquer concepção metafísica de existência. A vida não tem sentido, não tem motivo, não tem ordem.

Nietzsche poderia ser categorizado como um niilista no sentido descritivo porque ele acreditava que não havia mais nenhuma substância real para os valores tradicionais sociais, políticos, morais e religiosos.

Nietzsche se afasta do niilismo porque não estava simplesmente interessado em derrubar crenças tradicionais baseadas em valores tradicionais; em vez disso, ele também queria ajudar a construir novos valores.

O niilismo é definido como a rejeição dos princípios da civilização enquanto tal. VI. O niilismo alemão rejeita os princípios da civilização enquanto tal, em favor da guerra e de ideais bélicos.

Ou seja, trata-se de mostrar como a superação do niilismo só é possível mediante um ato produtivo do homem, ou ainda através de uma ação artística. Se o mundo em si já não tem sentido, deve-se dar-lhe um novo por meio de um ato criador.

Clademir Araldi - O fenômeno do niilismo tem a grave consequência de nos retirar o solo comum, sobre o qual até um certo momento nos sentíamos bem e confortados. Ou seja, o solo firme da comunidade, da tradição, da religião, da cultura, com seus valores válidos e firmes.

Ao longo do tempo, diversos filósofos teorizaram sobre o niilismo, o existencialismo e o absurdo da vida, entre eles destacam-se Friedrich Nietzsche - considerado o pai do niilismo -, Albert Camus e Thomas Nagel.

Niilismo significa, pois, a experiência da perda de sentido e de valor por parte de nossos supremos valores. Como tais valo- res são aqueles que dão coesão e organicidade a uma cultura, o niilismo sinaliza um período de declínio de uma força ou unicidade cultural, isto é, é um sintoma de decadência de uma cultura.

A morte é um fato que nada encerra, além de uma escuridão absoluta. Ela reduz o homem ao nada absoluto, o último suspiro será o fim de tudo. A morte significa a aniquilação absoluta do princípio vital humano. Mais do que na vida, é na morte que o ser humano se revela.

Nega o desperdício da força vital na vã esperança de ser contemplado ou então, de encontrar um sentido para a vida e isso se opõe à moral cristã. Niilismo Ativo – A evolução humana é responsável pela transformação dos valores, apesar da concepção dos novos.

Para Nietzsche, existem dois tipos de niilismo: o passivo (ou incompleto) e o ativo (ou completo). No passivo, existe um desenvolvimento do indivíduo, mas não é o suficiente para destruir os valores e a moral.

O niilista passivo é a terceira das 4 formas de niilismo. Ele segue como um coveiro em um cemitério abandonado, cuida de um museu que ninguém mais visita e a poeira assenta sobre as obras esquecidas. “Todo o trabalho foi em vão“, lamenta-se o último dos homens, “tudo é vão, tudo é por nada“.

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