Como é ser indígena no ambiente urbano?

Perguntado por: ecruz3 . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Grande parte da população indígena em meios urbanos vive nas periferias, e sofre todos os tipos de desafios de quem vive as severas desigualdades socio-territoriais: quase não têm acesso a bens e serviços (quando tem é precário) e a políticas sociais, e tem pouco poder aquisitivo.

Nas montanhas, os sistemas de manejo da paisagem dos povos indígenas preservam o solo, reduzem a erosão, conservam a água e diminuem o risco de desastres. Nas pastagens, as comunidades pastoris indígenas gerenciam o gado pastando e cultivando de forma sustentável, preservando a biodiversidade das pastagens.

“O que é ser indígena no Brasil hoje, me perguntaram. A resposta é simples: ser indígena no Brasil hoje é viver sob constante ataque. Estamos sob ataque do vírus mais perigoso do último século.

817,9 mil pessoas que se autodeclaram indígenas, dentre as quais 63,8% encontram-se em áreas rurais, enquanto 36,2% estão localizadas em zonas urbanas. Esta realidade é marcante na Amazônia brasileira, onde estão 98% das populações indígenas.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (10) apontam que, no Brasil, 324.834 índios vivem na zona urbana. O número equivale a 36,2% do número de indígenas no país, que totalizam 896.917 pessoas.

Muitos dos hábitos, costumes, alimentação e crenças da sociedade brasileira são herança direta dos povos indígenas, como, por exemplo: o hábito de andar descalço, o costume de dormir em rede, o hábito da pesca e caça, alimentação à base de mandioca, farinha, polvilho, beiju, além das crenças na eficácia das plantas ...

Além disto, os índios também contribuem para o país por causa das relações sociais e com o meio ambiente existentes nas comunidades indígenas podem servir como formas de interação social alternativas as nossas, contribuindo para a quebra de paradigmas e a constituição de novas relações socioambientais por nós.

É característica comum das várias etnias indígenas brasileiras a valorização e o contato com a natureza, sendo que o modo de vida tribal, antes da ocupação violenta do homem branco no território brasileiro, permitia a caça, a coleta e a agricultura familiar como modos de subsistência dos povos indígenas.

Com a fragmentação de áreas, portanto, é reduzida a biodiversidade das terras indígenas, e este empobrecimento biológico, além de por si só violar o direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, acarreta consequências para a manutenção dos recursos necessários a sobrevivência das populações indígenas.

Culturalmente, a natureza representa para os indígenas muito mais do que um meio de subsistência. Representa o suporte da vida social e está diretamente ligada aos sistemas de crenças e conhecimentos, além de uma relação histórica.

A divulgação da cultura indígena pode sensibilizar a população para a importância de viver de forma sustentável e, assim, utilizar práticas conservacionistas e transmitir para as futuras gerações o conhecimento adquirido por esses povos. A valorização da cultura indígena é um dever de todos os países do mundo.

A única forma de reconhecimento dos povos indígenas, segundo a organização, é o autorreconhecimento, que é um processo individual e coletivo, pois a comunidade ou povo tem a autoridade de reconhecer os indígenas, independentemente do local onde vivem.

O território para nós, indígenas, simboliza a vida. Se a gente não manter uma relação boa com a natureza, nós, Kayapó, não vamos existir. Essa relação de homem com a natureza é muito forte, somos um só.

Hoje os povos indígenas se encontram ameaçados em seus territórios por falta de demarcação e criação de áreas de proteção, e estão tolhidos cultural e economicamente pela expansão da fronteira agrícola em terras devolutas e toda sorte de exploração predatória do solo e subsolo sobre áreas tradicionalmente ocupadas, o ...

Zona urbana são áreas municipais com elevado adensamento populacional e formação de habitações muito próximas. Enquanto, Zona Rural corresponde a um conjunto de atividades primárias (agricultura, pesca, etc), praticadas em áreas não ocupadas por cidades ou grandes adensamentos populacionais.

População urbana: Povo que vivem na cidade. População rural: Povo que vivem no campo.

Desta maneira, é urbana toda a população residente em aglomerados populacionais com mais de 1.000 habitantes. A população rural é formada pelos moradores dos aglomerados populacionais com menos de 1.000 habitantes e pela população residente fora de aglomerados populacionais.

região Norte

O censo demográfico também permitiu averiguar as áreas de maior concentração indígena. A região Norte do país é a que possui maior contingente, com mais de 300.000 indígenas.