Como é feita a tinta dos índios?

Perguntado por: mmeireles . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Os indígenas carregam no corpo e no rosto a identidade cultural de seu povo. As pinturas são as marcas de muitas etnias e são diferentes para cada ocasião. As tintas são feitas de elementos naturais, como urucum e jenipapo, e podem manter-se na pele por um período de 15 a 20 dias.

Para realizar a pintura, os índios utilizam tintas naturais feitas à base de plantas e frutos. A cor branca é alcançada com o uso da tabatinga, a tonalidade vermelha, por sua vez, é obtida com o urucum. Outros frutos como o jenipapo também são bastante usados.

As tintas utilizadas nas pinturas pelos povos indígenas são produzidas a partir de frutos, como é o caso do fruto do urucuzeiro (uru- cum) e do fruto do jenipapeiro (jenipapo) e de outros elementos naturais como o carvão, a argila, e outros.

Geralmente, as sementes do urucum são colocadas de molho por algum tempo, para depois serem passadas numa peneira e levadas ao fogo por um ou dois dias, até a mistura adquirir certa consistência. Se as sementes não estiverem suficientemente maduras, podem ser socadas no pilão e, posteriormente, cozidas.

Diferente das pinturas antigas ou medievais européias e asiáticas, que usavam corantes à base de lápis-lazúli ou cobre, as dos maias levavam anil, extraído de uma planta chamada índigo, natural das regiões de clima quente.

O Urucum é muito usado pelos índios para pintar o corpo, no combate aos raios ultravioletas do sol. Esse fruto ainda é usado como repelente de insetos e seu nome é uma adaptação do tupi, que significa “vermelho”.

Cor Verde – Erva-mate: foram colocadas dez colheres de erva mate em um recipiente com água fervida e fria, após doze horas ela deve ser coada e adicionada à cola ou clara de ovo para aglutinar e ao bicarbonato para a cor fixar. Esquema: Extração de pigmento + aglutinante + fixador = tinta natural.

Na obtenção do corante com a extração direta com óleo vegetal, as sementes de urucum e o óleo vegetal são adicionados em um extrator com aquecimento. A mistura é aquecida e agitada para a transferência dos pigmentos das sementes para o óleo.

No OCA-2, o mais comum entre os africanos, a pessoa apresenta cabelo loiro, ruivo, ou vermelho-vivo, como pode ser o caso de Vanessa, Orlando e Eleiana, segundo o especialista, que analisou os indígenas por foto. Nesse tipo de albinismo, os indivíduos têm olhos azuis ou castanhos bem claros.

— No Brasil, temos uma variação de pele índigena: na região Centro-Oeste, há um predomínio do mameluco, isso é, de um tom de pele meio amarelado, para quem são indicados tons de rosa e bronze. Já os índios do Norte têm a pele mais escura ou avermelhada, que fica melhor com tons de vermelho escuros e dourados.

Eles usavam sangue, argila, terra, plantas, pedras e ossos moídos para pintar o corpo e as paredes das cavernas. Logo eles perceberam que era necessário um elemento “ligante” para fixar a pintura no local onde era feita e torná-la mais durável. Com gordura de animais e seiva de plantas, esse problema foi resolvido.

Para os indígenas a cor vermelha representa o fogo, a cor amarela representa o sol e o verde, a natureza.

As cores utilizadas na pintura corporal do povo indígena expressam significações que fazem conexões com os elementos naturais:

  • A cor vermelha é relativa ao fogo;
  • O amarelo faz menção ao sol;
  • O azul ilustra as águas;
  • O verde se refere ao meio natural;
  • Já o marrom é relacionado à terra.

Na tradição indígena, a tinta extraída da semente do urucum cobre o corpo como forma de agradecer pela saúde dos membros da tribo e pela fartura obtida na pesca e na colheita.

A arte plumária é uma arte muito colorida. Várias etnias, além de utilizarem as penas nas cores do próprio pássaro, utilizam técnicas de tingimento, conhecida como “tapiragem”. Ou seja, a transformação da cor da pena.

Segundo ela, a tinta é extraída do jenipapo verde coado para retirar a massa. Depois disso, o líquido é misturado com o carvão. O procedimento leva aproximadamente uma hora. O desenho é colocado no corpo com um espinho.

Nas obras de Homero, por exemplo, o céu tem “cor de bronze” e o mar apresenta uma coloração de “vinho escuro”. Além dos gregos, algumas civilizações passadas, como os chineses e os hebreus, também não descreviam o azul em seus textos clássicos.

Cores e seus significados

AzulVerdeAmarelo
RoxoRosaVermelho
LaranjaMarromCinza
BrancoPreto

Os egípcios foram os primeiros a saber como fazer a cor azul. Na época, o pigmento azul era usado nas artes decorativas. Assim, eles costumavam pintar as peças de cerâmica, as estátuas e as tumbas nesse tom. Aliás, o azul egípcio foi o primeiro pigmento sintético da história, produzido a partir de 2200 A.C.

Os índios brasileiros usam semente de urucum para colorir o corpo, cabelos e outros artefatos de vermelho. Do fruto do jenipapo, extraem o azul, também usam carvão e terra para pintar de preto, branco e amarelo.