Como é chamado o vinagrete em São Paulo?

Perguntado por: afrutuoso . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Poucos sabem diferenciar o molho vinagrete e o molho campanha, mas há uma diferença entre eles. Alguns até falam que, em São Paulo, é vinagrete e, no Rio de Janeiro, é molho a campanha…

A miscigenação entre diferentes culturas e regionalismos misturou o conceito do clássico “vinaigrette” francês ao molho à campanha do Brasil – muitos brasileiros acreditam que ambos sejam a mesma coisa.

Muito comum em almoços típicos brasileiros e aquele churrasquinho de domingo, o molho especial feito de tomate com cebola até pode ter o mesmo nome na maioria dos lugares, mas no Rio de Janeiro, por exemplo, se chama “molho à campanha”.

São tantas expressões diferentes que alguns objetos, por exemplo, têm um nome diferente em cada lugar: em São Paulo, é lombada; em Londrina, é quebra-molas. Salsicha no Paraná, por exemplo, é popularmente chamada de vina.

No Rio de Janeiro e algumas regiões do Nordeste, também é chamada de "Aipim". Outros apelidos: "Castelinha", "Uaipi" e "Macaxeira".

Mas a verdade é que a palavra “vinagrete” diz respeito à preparação francesa, apenas com os líquidos. Essa nossa versão brasileira é o “molho à campanha”, uma invenção culinária que pode ter agregado elementos da cozinha mexicana, como o pico de gallo, e da chilena, como o pebre chileno.

No Nordeste o molho campanha é conhecido como vinagrete, mas em outros estados o nome é assim também!

Linda, moranga, brasileirinha, tortei, japonesa (cabutiá), paulista, de Butternut, e de pescoço são algumas dessas espécies. A abóbora moranga é um dos tipos mais populares e uma das mais vistosas. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, também é chamada de jerimum.

“Encontramos o uso da palavra aipim, principalmente, no feixe leste do território nacional. Mandioca é falado mais em Minas Gerais, São Paulo, no norte do Paraná, regiões Norte e Centro-oeste”, adianta. No Nordeste sobressai o uso da expressão macaxeira.

E ainda tem mais: em Minas Gerais, é chamado de pão de sal; em Sergipe, jacó; no Ceará, carioquinha; no Pará, careca; no Piauí e em Manaus, massa grossa. Ufa! Mas convenhamos: não importa o nome, o fato é que o cacetinho, pão de trigo, pão francês é o mais amado do brasileiro.

No Sudeste, no norte do Paraná e no Centro-Oeste, a palavra mais utilizada para designar as tangerinas é “mexerica”. Já no Nordeste, além de “mexerica” e “tangerina”, pode-se encontrar o termo “laranja-cravo”.

A palavra vinagrete vem do francês vinaigrette, que nada mais é que uma emulsão composta por um ácido que pode ser vinagre ou suco de limão, azeite, sal e pimenta. Também é possível acrescentar a mostarda em algumas variações. Para essa emulsão, utiliza-se 3 partes de azeite para 1 de vinagre.

Vina é uma expressão muito utilizada em Curitiba e quer dizer salsicha. Muitos Curitibanos já pediram “Vina” em outras cidades/estados e não foram compreendidos.

“Bergamota” ou “vergamota” são as denominações dadas à tangerina na Região Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. “Mexerica” é um termo mais comum nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, especialmente em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e norte do Paraná.

Cucurbita maxima
Além disso, são tidas como um dos primeiros vegetais cultivados pelo homem, através de Maias, Astecas e Incas. Contudo, nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil este tipo de abóbora é popularmente conhecido como Moranga, mas, recebe a denominação de “jerimum ou jerimum caboclo”, na Região Nordeste.