Como é bom ter boas lembranças?

Perguntado por: amartins . Última atualização: 30 de abril de 2023
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As lembranças são capazes de trazer de volta o estado de espírito experimentado anteriormente. Dessa forma, manter vivas as recordações que nos deixaram felizes no passado é um caminho para que a felicidade também se faça presente no momento atual.

Recordar é viver porque, como dito, as memórias afetivas podem ser recordadas ao longo da vida, pois formam-se, primeiramente, na infância. Logo, lembrar das coisas de maneira positiva pode ser uma estratégia eficaz de regulação emocional.

As lembranças boas podem ser especialmente positivas para aqueles que estão passando por uma fase de luto. Muitas vezes, o fato de que a pessoa nunca mais voltará fisicamente pode assustar. Mas isso não significa que ela não pode estar junto de nós, em nossos pensamentos e em nosso coração.

1. Acto mental pelo qual a memória reproduz um facto passado. 2. Recordação.

O hipocampo é uma pequena estrutura que gerencia as memórias. Mas as memórias em si ficam armazenadas em diferentes áreas do cérebro, incluindo o córtex (camada externa) e regiões mais profundas (subcórtex), dependendo do tipo de lembrança.

O resgate histórico contribui para aproximar as pessoas e proporcionar interações, traz uma sensação de conforto e segurança – sentimentos muito importantes em uma sociedade que se torna cada vez mais individualista como a que vivemos.

Nesse aspecto, a memória permite um envolvimento que estimula o sentimento e alimenta a necessidade do ser humano saber sobre si, sobre seu passado, sobre seu presente, sobre suas conquistas. Por isso a memória pode ser definida como um combustível da história humana.

As memórias são construídas a partir das próprias experiências, que ficam registradas na consciência. No futuro, essas lembranças aparecem como memórias afetivas. Essas vivências também são importantes no presente, já que a criança pode reconhecer diferentes sensações e emoções.

Uma memória afetiva é aquela que traz uma pulsão, uma sensação e altera nosso comportamento. Ou seja, com elas podemos sorrir, chorar, sentir saudade ou até mesmo deitar no sofá, viajar no tempo e reviver mentalmente uma parte do passado que nos fez bem.

A vida é feita de momentos, momentos pelos quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso aprendizado. Nada é por acaso. Precisamos fazer a nossa parte, desempenhar o nosso papel no palco da vida, lembrando de que a vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser.

“Recordar é viver” é título de uma velha canção e é também uma frase que costumamos dizer e algumas vezes, até soa meio 'clichê'. Sendo assim, a vida é composta por recordações que fazem de cada pessoa um ser único.

“A memória é uma fonte de mistérios científicos, mas também de mistérios pessoais. Todo dia, vemos e presenciamos coisas das quais vamos nos esquecer. O que se mantém, de certa forma, vira parte da nossa consciência, e nos ajuda a contar a história da nossa vida”, diz a neurocientista Wilma Bainbridge.

Nossas memórias ficam guardadas em uma região do cérebro chamada hipocampo, e são nada além de relações de afinidade entre os neurônios. Quando você memoriza alguma coisa – como a data de aniversário de sua mãe, por exemplo –, o cérebro forma conexões entre as células cerebrais que respondem por aquela informação.

A diferença entre a lembrança e a memória é que enquanto o primeiro termo relaciona-se a capacidade afetiva de armazenar um evento ou informação geralmente com muita carga emocional, ou seja, lembranças boas ou ruins, a memória seria então um processo natural do corpo humano em reter informações e fatos.

Basicamente existem três tipos de lembrancinhas mais utilizadas: as comestíveis (bolo de pote, brigadeiro, geleias e antepastos) as funcionais (chaveiro, bloquinho de anotações, canecas) e as decorativas (vasinhos, porta retratos, imãs).