Como é a vida de um nordestino?

Perguntado por: ipadilha . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Normalmente, os nordestinos são bem amigáveis e solícitos, promovendo um bom acolhimento para quem conhece ou passa a morar na região. Você provavelmente vai fazer ótimos amigos na faculdade e no local de trabalho.

Já parou para se perguntar como é a realidade do Sertão Nordestino? As famílias sertanejas vivem em situação de extrema miséria e vulnerabilidade social. Para se ter uma dimensão, o acesso à alimentação básica, escola, saúde e saneamento básico é escasso ou, muitas vezes, nem existe.

As manifestações culturais que mais se destacam na região nordeste do Brasil são: festas juninas, Reisado, poesia popular, artesanato, capoeira, frevo, culinária e muitas manifestações religiosas cristãs e afro-brasileiras.

O dialeto nordestino, também chamado simplesmente de “sotaque nordestino”, é a variante da língua portuguesa mais usada nos estados do Nordeste brasileiro, sendo o dialeto com maior número de falantes dessa região, com mais de 53 milhões de habitantes, sofrendo variações.

Além de forte, o “macho nordestino” é viril. O desejo masculino é físico e violento, enquanto o feminino deve ser negado, silenciado ou transferido para um plano espiritual ou maternal.

Um dos fatores determinantes no surgimento dos estigmas ao povo nordestino se deve ao pensamento intolerante de parte da população do Sul/Sudeste do país, a qual teve um comportamento negativo em relação a estes, porém, foram sempre dóceis e amistosos com imigrantes estrangeiros, salvo casos de atritos isolados.

O sotaque nordestino se originou dessa influência portuguesa, juntamente com a influência francesa depois de alguns anos. Com o tamanho e pluralidade do Brasil, é natural que pessoas das regiões sul e sudeste desconheçam esses termos.

o sotaque nordestino é tido como uma marca da identidade e cultura da região Nordeste. Os comunicadores suavizam características do falar nordestino durante o exercício profissional para se adequar ao padrão preconizado pelo mercado de trabalho sem perder a sua identidade.

Dos 92% vivendo em casa no Nordeste, 84% delas ficam em ruas abertas e 8% em condomínios ou vilas. Para 95% dos entrevistados, a casa é o lugar favorito, com o quarto como o cômodo predileto. A idade média das residências é de 24 anos, com 53% possuindo dois quartos.

A região Nordeste do Brasil é uma das maiores do país, apresentando a terceira maior economia nacional. Porém, a falta de políticas públicas eficientes e descaso com a população dessa região, aliados ao clima árido, a tornam pobre. O indicador é conhecido como linha de pobreza.

Mais de 75% dos brasilienses “nordestinos” são oriundos de quatro estados: Bahia (21,7%), Piauí (21,2%), Maranhão (18,2%) e Ceará (14,7%). Na sequência, aparecem os oriundos da Paraíba (10,3%), Pernambuco (7,2%), Rio Grande do Norte (4,7%), Alagoas (1,0%) e Sergipe (0,9%).

Outro ícone da cultura do nordeste é o vestuário tradicional das baianas. Essa roupa é vista entre as vendedoras de acarajés e também nos terreiros de candomblé. Essas roupas apresentam bordados, detalhes coloridos, saias sem roda ou saias de brocado, batas, ojás na cabeça e fio-de-contas como acessórios.

Os pobres ficaram ainda mais miseráveis. Na região Nordeste, metade da população sobrevivia com apenas R$ 261 mensais. Os 10% mais pobres contavam com R$ 57 por mês para sobreviver, menos de R$ 2 por dia, uma queda de 5,0% em relação ao dinheiro disponível no ano anterior.

Mais do que um lugar geográfico, 9 estados, 53 milhões de pessoas, o Nordeste é um lugar cultural, afetivo, histórico. É essa mistura bonita de passado, futuro, cultura e resistência. O Nordeste não é o cacto, o brega, o São João, a arte, a tecnologia, a culinária, a natureza… o Nordeste é tudo isso e muito mais.

Arretado é daquelas gírias que conseguem reunir vários significados em uma só palavra. Pode ser usado para se referir algo que considera muito bom, legal ou bonito.

“Vou chegando”: expressão utilizada para se despedir, significando “vou embora”; “Abestalhado” ou “abestado”: palavras utilizadas para chamar alguém de tonto, de trouxa ou de bobo; “Arre égua” ou “arriégua”: equivalente ao “uai” dos mineiros.